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    Arquivo: Edição de 17-04-2013

    SECÇÃO: Opinião


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    Secretário-geral da AR demite-se

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    O JN de do dia 16/04 noticiava que o secretário-geral da Assembleia da República se demitiu do cargo, depois da saída ter sido acordada com a presidente do Parlamento que não divulgou os motivos que levaram à demissão do magistrado João Manuel Cabral Tavares, limitando-se a dizer que não existe «ligação ao orçamento de despesas dos partidos, cuja definição, aliás, entra na competência da lei e não na competência do secretário-geral». Pela mesma notícia fica-se a saber que o conflito entre o demissionário e os partidos «chegou a ser debatido em conferência de líderes, onde foi contestado [o] projeto de Cabral Tavares de aplicar uma reforma profunda na gestão do parlamento».

    Este episódio fez-nos lembrar um outro ocorrido há praticamente um ano quando o então secretário de Estado da Energia travou um braço de ferro com o presidente da elétrica portuguesa pretendendo reduzir rendas excessivas arrecadadas pela EDP, acabando António Mexia por se manter em funções, saindo Henrique Gomes do Governo para que tudo ficasse inalterado. As duas situações, com bastantes semelhanças entre si, inculcam uma certeza: quem se meter com os detentores do poder saberá que os superiores interesses do País e das suas finanças públicas serão sempre o elo mais fraco, quando em causa estiverem proveitos dos políticos ou dos seus protegidos.

    Henrique Gomes pretendeu aliviar o orçamento do Estado reduzindo o que todos consideram ser «rendas excessivas». Cabral Tavares tentou atenuar os custos de funcionamento do Parlamento contribuindo para os tão falados cortes na despesa do Estado. Ambos foram “borda fora” com total desrespeito pelos sacrifícios dos contribuintes. Assim vai a nossa democracia! E a tão apregoada equidade na distribuição dos sofrimentos. São exemplos destes que nos fazem rir quando os governantes são acusados de nada fazer a benefício de Portugal e dos Portugueses e perguntar: o que podem eles fazer, olhando para o que aconteceu a quem pensou que poderia trabalhar em prol da res publica?

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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