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    Arquivo: Edição de 17-04-2013

    SECÇÃO: Opinião


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    Razões atendíveis

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    A ausência de Paulo Portas na cerimónia de tomada de posse dos dois novos ministros e de secretários de Estado foi notada por toda a gente e motivo de incómodo para o primeiro-ministro. Dado o insólito do acontecimento, não falta quem procure conhecer as verdadeiras razões que levaram o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros a não comparecer no Palácio de Belém para assistir ao ato e cumprimentar os novos colegas de Governo.

    Na ausência de explicações plausíveis e aceitáveis, cada cidadão tem o direito de especular sobre o assunto, principalmente aqueles para quem as “razões atendíveis” avançadas pelo líder da bancada do CDS são entendidas como verdadeiras, faltando apenas identificá-las e enquadrá-las no ambiente dos acontecimentos dos últimos dias. E, para quem nos acompanhar, talvez concorde com a nossa especulação. Que julgamos lógica e legítima.

    Quando na passada quarta-feira no Parlamento os deputados ficaram “mudos e quedos”, apesar das investidas de partidos da oposição convidando-os para o debate, onde o “prato forte” era a desejada remodelação ministerial, percebeu-se que estariam a decorrer negociações entre os líderes dos partidos da coligação e que os resultados não se enquadrariam nos objetivos de Paulo Portas. E, se assim aconteceu, as razões de se ausentar para parte incerta, longe de Lisboa (?), são mais que atendíveis, na medida em que, se a habitual prepotência do PSD esteve em cima da mesa nas negociações, o líder do CDS entre o mais (denúncia da coligação) e o menos (dizer a Passos Coelho que tem de parar de esticar a corda), conversando e negociando séria e transparente os negócios do Estado com o seu parceiro, optou pelo menor dos danos, para não ser acusado de causar uma crise política, algo que os sociais-democratas estarão desejosos que aconteça, desde que possam assacar as culpas a terceiros.

    É por estas e por outras que os portugueses devem perceber o quanto são “estranhos” os apelos do primeiro-ministro e seus colegas de partido quando insistem que o maior partido da oposição se deverá associar às medidas gravosas para a vida dos portugueses que o Governo tenciona impor nos cortes que diariamente anuncia. Até nesta vertente, as posições públicas dos dois líderes dos partidos da maioria faz pensar que as coisas dentro dos partidos PSD/CDS não atravessarão dias de mútua confiança.

    Perante estes factos só falta saber até quando durará o “embuste” do País estar a ser governado por uma coligação sólida e coesa.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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