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    Arquivo: Edição de 24-10-2012

    SECÇÃO: Saúde


    Porto recebe sessões de aconselhamento sobre disfunção erétil para combater a vergonha

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    A esmagadora maioria dos portugueses continua a ter vergonha de discutir assuntos do foro sexual com o seu médico. Para acabar com o tabu, e sensibilizar os portugueses para a disfunção erétil e problemas como as doenças cardiovasculares, a diabetes e a hipertensão, a Lilly Portugal, a Sociedade Portuguesa de Andrologia e a Associação Portuguesa de Urologia voltaram a unir esforços. Mais uma vez, e de 22 de outubro a 14 de dezembro, dezenas de farmácias de todo o País serão as anfitriãs de sessões de aconselhamento para homens e casais interessados em esclarecer as suas dúvidas.

    O objetivo é acabar com os tabus e alertar para os principais fatores de risco de uma doença que afeta cerca de meio milhão de homens em Portugal. Com início a 22 de outubro, em Braga, a iniciativa continua depois no Porto, seguido de Aveiro, Leiria, Coimbra, Lisboa, Almada e Faro.

    Diariamente, e durante dois meses, equipas de profissionais de saúde compostas por psicólogos e enfermeiros vão estar presentes nas farmácias com o objetivo de informar e aconselhar homens e casais sobre a disfunção erétil e alertar para fatores de risco como as doenças cardiovasculares, a diabetes e a hipertensão.

    «O sucesso deste tipo de iniciativas, em que há interação, é extremamente gratificante. Com estas sessões de aconselhamento, conseguimos chegar a mais homens e casais que precisam de um estímulo para procurar ajuda», explica José Rocha Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia.

    «Ações como estas são fundamentais para incentivar o debate sobre a patologia», acrescenta Tomé Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Urologia. «A disfunção erétil tem tratamento. Saber que é uma situação mais comum do que se imagina e que há outros homens a sofrer do mesmo é essencial para tomar a iniciativa e procurar a resolução do problema», conclui.

    A disfunção erétil é a disfunção sexual masculina com a maior taxa de prevalência em todo o mundo - atinge 52% por cento dos homens entre os 40 e os 70 anos. Entre casos pontuais e permanentes, com origem física ou psicológica, calcula-se que cerca de 500 mil portugueses sofram desta doença. No entanto, Portugal é o país com menor taxa de utilização de medicação para a disfunção erétil (DE): 95% dos homens afirmam nunca terem feito nenhum tratamento, um número muito superior aos 84% registados a nível mundial.

    ACABAR COM A VERGONHA

    De acordo com um estudo internacional patrocinado pela multinacional farmacêutica Eli Lilly e pela SKIM Healthcare, a maioria dos portugueses tem vergonha de discutir assuntos do foro sexual com o seu médico. Não é por isso de estranhar que a internet seja a principal fonte de informação em caso de dúvida e que Portugal se revele, segundo o mesmo estudo, o país com menor taxa de utilização de medicação para o tratamento da disfunção erétil.

    O estudo internacional revelou diferenças culturais bastante marcadas entre a Europa, a Ásia e a América do Norte no que toca à abordagem da saúde sexual com o médico. A República Checa (19%), Reino Unido (18%), Portugal (12%) e Coreia do Sul (9%) são os países onde há menor probabilidade de abordar o profissional de saúde, contrariamente ao que acontece no México (38%), no Canadá (31%) ou nos EUA (32%).

    Para os portugueses, o médico e o terapeuta são mesmo o último recurso. A preferência vai para a internet, com 46%, para os livros, com 28%, para as revistas (18%) e para o cônjuge (14%). Só depois vêm o médico, com 12% de procura, e o terapeuta, com apenas 2%. A faixa etária que mais utiliza a internet é a dos 34 aos 45 anos, com um número de mulheres ligeiramente mais alto do que o dos homens no que toca à pesquisa online (47% vs. 45%).

    «Ações como as sessões de aconselhamento sobre disfunção erétil procuram contrariar esta tendência. Há ainda uma grande percentagem de homens com dificuldade em assumirem e exporem o problema da disfunção erétil», refere Jorge Rocha Mendes. «Não devem ter vergonha. Procurem ajuda junto do médico de família ou de um urologista. Apesar do estigma e da vergonha associados, hoje sabemos que é possível tratar com êxito quase todas as situações de disfunção erétil. Os avanços registados nos últimos anos vieram facilitar o tratamento e, consequentemente, a vida dos homens que sofrem desta doença», acrescenta.

    Para mais informações pode ainda consultar www.saudedehomem.pt, www.spandrologia.pt ou www.apurologia.pt.

    SOBRE O ESTUDO

    Esta sondagem foi realizada online pela SKIM Healthcare para a Lilly, abrangendo 13 063 homens (60%) e mulheres (40%) com um mínimo de 34 anos de idade. Composto por 24 questões, o inquérito incluía temas como o comportamento sexual, a relação dos indivíduos com problemas de índole sexual ou o uso ou aquisição de medicação para a disfunção erétil (DE). Os participantes no inquérito eram provenientes de 13 países, com um mínimo de 1 000 inquiridos por país: Áustria, Bélgica, Canadá, República Checa, Dinamarca, Finlândia, México, Portugal, Roménia, Coreia do Sul, Suíça, Reino Unido e EUA.

    A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade em atingir e/ou manter uma ereção suficiente para manter uma relação sexual satisfatória. Estima-se que aproximadamente 189 milhões de homens em todo o mundo sofrem de DE. Especialistas acreditam que cerca de 80 a 90% dos casos de DE estão relacionados com situações clínicas como a hipertensão, a diabetes, a hiperlipidémia e a depressão, podendo ainda estar associada a outros fatores como lesões neurológicas (prostatectomia radical, lesão da medula espinal, esclerose múltipla), e utilização de fármacos (anti-hipertensivos e anti depressivos). Os restantes 10 a 20% estão associados a fatores psicossociais (tabagismo, stress). Em Portugal a disfunção erétil é uma patologia com alta prevalência, afetando cerca de 500 mil homens.

     

     

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