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    Arquivo: Edição de 10-07-2011

    SECÇÃO: Saúde


    Espondilite anquilosante

    Ilustração HTTP://WWW.QUIROPRAXIA.TV.BR
    Ilustração HTTP://WWW.QUIROPRAXIA.TV.BR
    A espondilite anquilosante (EA) é uma doença reumática inflamatória crónica que afeta principalmente as articulações da coluna vertebral incluindo as sacro-ilíacas e em cerca de 25% as articulações periféricas, sobretudo as ancas, os ombros e os pés.

    O termo “anquilosante” vem do grego "Ankylos" e significa soldagem, fusão, e é este processo que acaba por acontecer nas articulações.

    A doença é provocada pela alteração inflamatória nos componentes articulares originando o desenvolvimento de um tecido fibroso cicatricial que, posteriormente, se ossifica e, nas fases avançadas, forma pontos de união entre os extremos ósseos.

    Esta é a consequência mais grave da doença: a deformação e perda progressiva da mobilidade das articulações afetadas.

    A idade habitual dos primeiros sintomas é entre a segunda e a terceira década de vida, sendo a manifestação mais frequente, a dor lombar que piora com o repouso e melhora com a atividade física.

    Embora a causa seja ainda desconhecida, considera--se que existe uma predisposição hereditária para se ser afetado por esta patologia, havendo no entanto outras causas possíveis. As pessoas com o antigénio HLA-B27 (marcador genético) têm uma predisposição maior para a doença. Contudo, o antigénio pode também estar presente em pessoas saudáveis ou que sofrem de outras doenças.

    Normalmente, o início é insidioso e gradual. Caracteriza-se por dor importante mas difícil de definir, sentida mais frequentemente na região lombar ou nas nádegas, podendo irradiar pela face posterior das coxas.

    A espondilite anquilosante tem uma evolução crónica, com períodos em que os sinais e sintomas são muito evidentes alternados com outros em que estes não se manifestam. Apesar de, em alguns casos, a evolução da doença poder ser travada de forma espontânea, regra geral, a sua evolução prolonga-se durante décadas.

    A doença pode atingir a parte inferior ou superior do tronco, e para além de poder causar a rigidez e imobilização permanente de toda a coluna vertebral (anquilose), provoca também a curvatura (cifose) desta, e enfraquecimento dos músculos das regiões dorsal e lombar.

    Não existe um tratamento que cure a espondilite anquilosante. De qualquer forma existem várias medidas que podem ajudar a aliviar os sintomas e a prevenir as graves deformações originadas pela doença nas suas fases avançadas.

    A finalidade do tratamento é aliviar a dor e a rigidez, de modo a permitir que as articulações afetadas mantenham a maior mobilidade possível.

    Pode-se recorrer aos anti-inflamatórios e analgésicos, de modo a reduzir a inflamação e aliviar a dor, e aconselha-se a prática diária de exercício físico e treino de postura. Os pacientes devem evitar longos períodos de imobilização.

    O exercício físico e/ou fisioterapia, praticado regularmente, ajuda a manter a mobilidade.

    O prognóstico da doença é muito variável, mas o tratamento fisioterapêutico, associado ao farmacológico, costumam permitir uma melhoria significativa da qualidade de vida dos pacientes com esta patologia.

    Por: Diana Silva / Joana Viterbo (*)

    (*) Fisioterapeutas

     

     

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