SECÇÃO: Local

Debate sobre segurança na EB 2,3 de S.Lourenço levanta velhas questões

Decorreu no passado dia 26 de Março uma acção de sensibilização sobre segurança na EB 2,3 de S.Lourenço, organizada pela Associação de Pais da escola com o apoio da Direcção. Com uma presença maioritária de professores, o debate excedeu o tempo previsto, não pelas intervenções dos pais, mas mais pelas intervenções das entidades convidadas.

A primeira intervenção com maior relevância foi feita Ana Rosa, do Gabinete de Segurança da DREN, salientando que «nem todos os comportamentos são bullying, havendo necessidade de uma acção sem histerismo». Ainda durante a sua intervenção referiu o trabalho que deve ser feito na classe dos observadores, aqueles que não são vítimas nem agressores mas observam sem reagirem.

Numa explicação mais a nível jurídico, Ana Paula Bernardo explicou a fase da intervenção judicial, referindo as medidas tutelares. Ainda a nível processual, Fernanda Varela, da Comissão da Protecção de Jovens de Valongo explicou a intervenção das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), colaborando, através da Internet, com Laura Santos, da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Ambas explicaram a forma de trabalho destas comissões e que estas pretendem intervir o mínimo possível, tendo a família e a comunidade o principal papel interventivo.

Uma outra intervenção importante foi a do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, fazendo referência à necessidade da aposta na educação, na disciplina e no respeito e lamentando a ausência de valores familiares.

Só após estas intervenções se iniciou o debate, com poucas questões por parte dos pais, que fizeram notar um problema existente há muitos anos, o da falta de controlo nas entradas e saídas da escola. A resposta obtida foi de que a segurança é obrigação de todos e não apenas da escola, estando esta a fazer o possível para diminuir o problema. Já no fim, o presidente da FAPEVAL (Federação de Associação de Pais do Concelho de Valongo), alertou para os casos de posse de droga e porte de arma branca por parte dos alunos desta escola, do que a escola, na pessoa do director, Miguel Marques, se defendeu referindo que esta trata os casos legalmente, e que a escola, apesar de confirmar os casos, pretende fazer o possível para reduzi-los.

Por: Sara Amaral