Justificativo da Candidatura
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Foto URSULA ZANGGER |
Maria José Azevedo distribuiu aos jornalistas um documento intitulado “Breve Registo Histórico Justificativo da Candidatura”. Nele após referir as circunstâncias em que aceitou, em 2005, encabeçar a lista do PS para a Câmara Municipal de Valongo, nas quais fez subir os resultados do partido de 32% para 44,4% e a sua aceitação em assumir o mandato, «a pedido dos eleitores do PS e outros cidadãos», passando assim a liderar o grupo de vereadores do PS, recorda o seu «papel activo na oposição à Câmara, articulando posições com os eleitos do PS na Assembleia Municipal» e o facto de ter evitado «qualquer polémica pública que só poderia prejudicar o PS».
Abordando depois o passado mais recente, a autarca refere que, «em 2008, quando se começou a falar mais insistentemente nas eleições autárquicas, como se previa e sempre se soube, a Comissão Política, sem qualquer contacto com os eleitos do PS na Câmara, anunciou o nome que já todos adivinhavam».
Refere depois o abaixo-assinado interno de apoio a uma sua recandidatura, assinado por mais de 300 militantes, «dez vezes mais dos que têm assento na Comissão Política Concelhia».
Aborda depois os contactos que estabeleceu com o presidente da Federação do PS/Porto, o qual «vem adiando sucessivamente, uma decisão (que nunca disse que não passaria por ele), enquanto o Secretariado do PS ia fazendo propaganda pública do seu candidato, tentando afirmá-lo. O último encontro marcado para 15 de Dezembro acabou por ser adiado, em cima da hora, com o compromisso, do Presidente da Federação, de voltar a ligar, nesse mesmo dia.
Passou mais um mês, sem qualquer sinal, continuando o PS/Valongo a promover, publicamente, o nome do seu candidato.
Em 14 de Janeiro Maria José Azevedo escreve ao Presidente da Federação, a recordar todo este processo, estabelecendo um prazo, até 20 de Janeiro, após o qual se sentiria desobrigada de continuar a manter-se em silêncio, perante as intrigas e as manobras com origem no aparelho partidário».
É assim que decide avançar com o processo de candidatura independente que agora acaba de anunciar.
O documento termina com uma citação do social-democrata Pacheco Pereira: «A degradação dos aparelhos partidários sobe como as heras pelo caminho partidário e destrói tudo o que vive pelo caminho».
Como propósitos da candidatura, entre outros, são apontados: «colaborar na construção de um projecto alternativo (...), de desenvolvimento sustentado, que promova a melhoria da qualidade de vida (...), promover a participação de todos [para] encontrar respostas para os problemas (...), para as dificuldades concretas das pessoas, nos espaços concretos onde vivem e trabalham, (...) criar outra via que encare a política como uma missão e um serviço e que defenda os valores da verdade, da transparência, da fraternidade, da solidariedade e do trabalho».
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