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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-11-2008

    SECÇÃO: Cultura


    As memórias dos sons e das palavras num encontro de poesia da Ágorarte

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    A Ágorarte voltou a realizar um dos seus habituais “Encontros de Poesia” no passado dia 31 de Outubro no auditório do Centro Cultural de Alfena. Tanto a guitarra, como as vozes ou ainda as palavras ditas deram o mote ao espectáculo promovido pelo núcleo “Oficina de Letras” daquela associação cultural de Ermesinde, numa parceria com a Câmara Municipal de Valongo.

    Da parte musical encarregaram-se as vozes de Emídio Portugal e Julião Santos, a guitarra de Rocha Ferreira e a viola de Manuel Valdrez que compõem o grupo de fados e baladas de Coimbra “Sons de Sempre”.

    Algumas das trovas imortalizadas por José Afonso e Adriano Correia de Oliveira ou os acordes de Carlos Paredes soaram no palco como apelos simbólicos à memória contra o esquecimento dos seus legados poéticos e artísticos.

    Num outro momento, António Sousa surpreendeu o público, enquanto descia a plateia em direcção ao palco, declamando o texto “Apresentação” de Manuel Alegre, marcando assim uma outra faceta do espectáculo dedicada à leitura de poemas. Seguiram-se as intervenções de Amílcar Mendes, com dois textos bem humorados, Fernanda Mendonça, que recordou dois poetas alfenenses e Maria de Lourdes Anjos, que leu poemas da sua autoria.

    Finalmente, Aurelino Costa, poeta, “diseur” e advogado, natural da Póvoa de Varzim, empolgou o público com o seu reconhecido talento declamatório.

    Habituado aos palcos televisivos, onde conta com participações em vários programas, Aurelino Costa movimenta-se com total à vontade em espaços menos mediáticos, logo, mais intimistas.

    Aurelino Costa tem sido, aliás, presença quase obrigatória no certame literário "Correntes de Escrita", que vem reunindo na Póvoa de Varzim nomes notáveis da literatura.

    Começando por declamar duas conhecidas composições de Camões e Florbela Espanca, o poeta poveiro concluiu, recitando de forma bem expressiva a famosa “Lusitânia num bairro Latino – parte II”, de António Nobre e o belíssimo “Cântico Negro” de José Régio.

    O espectáculo encerrou com todos os intervenientes no palco, cantando em uníssono o célebre fado da despedida.

    Por: Álvaro Mendonça

     

     

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