NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE
Como cuidar de um idoso e a importância de uma boa alimentação
(Conferência inserida na Semana Cultural do Idoso)
|
Foto MANUEL VALDREZ |
O último seminário teve como primeira oradora a enfermeira Assunção, a exercer funções no Hospital de Valongo, que discursou sobre a demência no idoso, as repercussões nos cuidadores e as melhores estratégias para cuidar. Começou por referir que os cuidadores são geralmente familiares ou então recaem sob uma figura feminina. O cuidador tem que possuir condições habitacionais e elementos de referência. Depois há uma série de dificuldades no cuidar, alguns exemplos dizem respeito à sobreposição de funções ou ao desconhecimento no cuidar. A enfermeira declarou ainda que «este tipo de trabalho pode desencadear no cuidador vários reacções emocionais que o cuidador terá que tentar lidar da melhor forma». O cuidador deve ter presente conhecimentos sobre o doente de forma a facilitar o tratamento, como por exemplo estar a par da doença e respectivos sintomas e saber quais as limitações e potencialidades do doente, alertou. No que diz respeito aos cuidados do doente, a enfermeira enumerou alguns dos mais importantes como sendo a higiene pessoal, alimentação, sono, e necessidades relacionais. Outra das questões a ter em conta é o facto de o cuidador também precisar de cuidar de si para se sentir capaz de enfrentar o papel de cuidador de uma pessoas idosa.
«A alimentação do idoso deve ser variada, saudável e completa porque só assim este poderá usufruir de qualidade de vida». Foi este o mote dado por Ceomara Pina, médica no Centro de Saúde de Ermesinde, no início da sua intervenção. Uma alimentação saudável é, por isso, um meio de combater doenças cardiovasculares, ajudando também na manutenção de doenças crónicas, referiu a médica. E deu alguns exemplo: «Há determinandos alertas que indicam a má nutrição no idoso e podem ter consequências drásticas na sua saúde, como sendo o surgimento de problemas psíquicos, carência de alguns micro-nutrientes e obesidade».
Nos cuidados a ter com a alimentação nesta faixa etária a médica destacou os intervalos entre as refeições que nunca devem ser superiores a 3 ou 4 horas e jejum nocturno nunca superior a 10 horas. Ceomara encerrou a sua intervenção salientando a necessidade de praticar exercício físico como forma de aumentar a longevidade.
O último painel contou com um breve depoimento de Nélson Maia, no papel de cuidador. «Sinto falta de conhecimentos para ajudar o meu pai», referiu. Nélson Maia queixou-se das dificuldades que tem enfrentado durante os dois anos em que tem estado a tratar do pai, enfermo de uma doença oncológica. Por outro lado, salientou o apoio que sempre teve de amigos e familiares.
Por:
Teresa Afonso
|