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    Arquivo: Edição de 30-05-2008

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    Uma Ordem de Trabalhos personalizada

    Uma Ordem de Trabalhos estranhamente e curiosamente personalizada foi o motivo de maior interesse da sessão pública da Câmara que teve lugar no passado dia 15 de Maio, conjuntamente com alguns outros momentos de humor a propósito do mecenas – ou melhor, mecena (?) – do concurso do logo para a Comissão Municipal de Juventude.

    Ainda interessantes nesta reunião foram as discussões a propósito dos trabalhos a mais que incumbem à Câmara Municipal, e devidos às Águas de Valongo. A questão da concessão voltou a estar na baila.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Maria José Azevedo abriu as hostilidades, denunciando que enquanto se acumulam os detritos e cresce um aterro às portas de Valongo, com despejos de lixo continuados e manifestamente ilegais, em seis anos os serviços da Câmara apenas registaram trinta e tal ocorrências, quando estas têm lugar todos ou quase todos os dias. A vereadora não percebia o número insignificante de processos de contra-ordenação instaurados.

    A mesma vereadora inquiriu também sobre o andamento do processo de loteamento da Quinta da Bandeirinha, e sobre a proliferação de tabuletas publicitárias do novo hipermercado Pingo Doce.

    Finalmente quis saber o que é que decorria da assinatura de um protocolo sobre a questão da violência doméstica.

    As obras na Rua 1º de Maio em Alfena foram igualmente objecto de pedidos de esclarecimento da líder socialista na Câmara de Valongo.

    Mário Duarte responderia que as soluções adoptadas na 1º de Maio correspondiam à vontade da maioria dos moradores e que será feita uma espécie de cul-de-sac para permitir o retorno das viaturas, havendo que cumprir condicionalismos técnicos e critérios de segurança. De acordo com o parecer das Estradas de Portugal, também não se fará a eliminação do separador central.

    José Luís Pinto anunciou que se deu início aos trabalhos dos últimos troços de requalificação do rio Leça. Neste processo, até agora terão sido já vistoriadas cerca de 9 000 casas, tendo-se detectado problemas em cerca de 3 000 e estando já resolvidos 1 000 destes casos.

    Quanto ao aterro de Valongo, o autarca afirmou que tem sido feito um grande trabalho de fiscalização, mas que é difícil apanhar os infractores em flagrante, pois estes sentindo a fiscalização da Câmara, desaparecem.

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    Maria José Azevedo comentaria isto afirmando que, qualquer dia, por este andar, se teria o entulho às portas da Câmara.

    José Luís Pinto informaria ainda que não tinha até então entrado na Câmara nenhum pedido de licenciamento das placas de sinalização do Pingo Doce.

    Sobre a parceria em relação à questão da violência doméstica (com a APAV), Fernando Melo informou ter--se constituído uma comissão voluntária, na qual a Câmara se tem feito representar através da adjunta do presidente, Eunice Neves.

    Não pondo em causa a capacidade desta, Maria José Azevedo defendeu que a Câmara se deveria fazer representar a mais alto nível, por um dos vereadores, já que agora, com a acumulação de pelouros em Fernando Melo, estes estariam certamente mais livres.

    Fernando Melo defendeu a representação por meio da sua adjunta e acusando a oposição de só estar para ali «a fazer flores», anunciou a entrada na Ordem do Dia com um sonoro: bem, agora «vamos trabalhar», o que motivou a resposta da líder socialista, dizendo que era isso que tinham estado a fazer.

    PERÍODO

    DA ORDEM DO DIA

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    Ao entrar-se no debate das questões agendadas na Ordem do Dia, ocorreu então uma situação bastante insólita, ao verificar-se que a Ordem de Trabalhos era diferente para Fernando Melo e para os vereadores socialistas, o que levou Maria José Azevedo a brincar, de imediato, com a situação: «Tiraram seis pontos ao F.C. do Porto e cinco ao senhor presidente da Câmara!».

    Fernando Melo, desconsolado, lamentava: «Mas como é que estas coisas acontecem?!», acabando a situação por se resolver quando o responsável pelo imbróglio, Rui Marques, esclareceu que tinha sido apenas uma questão de actualização da Ordem de Trabalhos, nada mais!

    O ponto sobre o concurso de ideias para o logo da Comissão Municipal de Juventude também teve o seu lado hilariante, quando Maria José Azevedo detectou no documento, repetidamente, a palavra “mecena”, para designar um patrocinador da iniciativa, como se esta pudesse, alguma vez, ser algum singular de “mecenas”. A vereadora esclareceu a origem da palavra e, perante a honesta confissão de desconhecimento de Fernando Melo, lembrou que Mecenas tinha sido em Roma, precisamente, protector de Horácio (o nome próprio do presidente é Fernando Horácio).

    Ainda sobre o mesmo concurso, a líder socialista apontou algumas disposições que considerou contraditórias, quanto à decisão de questões omissas, tendo-se consensualmente alterado o documento para que estas recaíssem inteiramente sob a alçada do júri do concurso.

    Aprovados alguns subsídios, sobre o concurso de fornecimento de refeições à EBJI de Valongo Maria José Azevedo voltou a comentar tartar-se de uma inacreditável falha a ausência de todas as peças relativas, o que justificou – explicou o vice-presidente João Queirós que o assunto tivesse vindo à reunião da Câmara para sanar precisamente essas anomalias, susceptíveis de provocar recurso. O PS absteve-se neste ponto

    Outra questão que mereceu debate intenso foi a dos trabalhos a mais em reservatório de água das Águas de Valongo, com Maria José Azevedo, mais uma vez, a acusar a Câmara de estar a pagar caro erros anteriores.

    Mário Duarte declarou concordar em parte com a vereadora, tendo de facto havido muitos “trabalhos a mais”, o que terá sido da responsabilidade dos técnicos, estando por isso prevista uma acção judicial contra o Gabinete Técnico das Águas.

    Mário Duarte esclareceu que não se tratava de trabalhos supérfluos, mas de erros de estimativa inicial do projecto. O Partido Socialista votou contra.

    Por: LC

     

     

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