Poesia de Manuel Alegre – um eco de Abril
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Foto MANUEL VALDREZ |
Voltou a acontecer poesia na Sala da Lareira da Vila Beatriz, em Ermesinde e em Abril. A iniciativa, como vem sendo hábito, integrou-se nos “Encontros de Poesia de Ermesinde” organizados pela Ágorarte e contou com o apoio do Município de Valongo, Junta de Freguesia de Ermesinde, Escola Secundária de Ermesinde e do jornal “A Voz de Ermesinde”.
Manuel Alegre, que não esteve presente apesar de convidado, foi o poeta que a associação fez questão de homenagear no serão que decorreu no passado dia onze.
«Não foi por acaso que muito cedo a poesia de Manuel Alegre se encarnou em música e canto. Por instinto, inscreveu tendencialmente os seus poemas no horizonte simbólico e onírico da oralidade», isto escreveu Eduardo Lourenço no prefácio do livro “Obra Poética”.
E sublinhou, mais adiante, aquele ensaísta e filósofo português que «a essência do seu canto é, já em si, acto, grito, apóstrofe, desafio, denúncia, vida jogada como arma na rude e interminável guerra do mundo».
Já para Paula Morão, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, Manuel Alegre emociona e desassossega: «depõe nas nossas mãos frágeis as palavras, rosto do mundo, faz de nós portugueses errantes e deixa-nos o dom maior (...) – os seus poemas».
Amílcar Mendes, António Sousa, Cláudia Almeida, Filomena Martins, Maria Lurdes dos Anjos, convidados pela Ágorarte, encarregaram-se de ilustrar estas opiniões através da leitura de vários textos do autor da “Praça da Canção”, no que foram secundados por elementos do público, para além dos membros da Direcção, Álvaro Mendonça e Carlos Faria, que começou por apresentar algumas notas biográficas do homenageado.
Já no final houve tempo ainda para a leitura de vários textos de outros poetas.
Por:
AVE
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