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    Arquivo: Edição de 15-04-2008

    SECÇÃO: Arte Nona


    Uma pequena história

    Desde o n.º 733 de “A Voz de Ermesinde” (30 de Junho de 2005) que vimos mantendo este espaço dedicado à divulgação de Banda Desenhada. Parece oportuno, agora que o jornal comemora o seu 50º aniversário e atingiu os 800 números publicados, fazer não ainda um pequeno balanço desta rubrica “Arte Nona”, mas, pelo menos, recordar, na história do jornal, algumas iniciativas relacionadas precisamente com a Banda Desenhada.

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    O primeiro exemplo de peças publicadas em “A Voz de Ermesinde” de algum modo relacionadas com a Banda Desenhada – enquanto forma de expressão inserida no grupo das artes sequenciais – surge logo em Junho de 1959, no n.º 18 do nosso jornal, então ainda intitulado “A Sopa dos Pobres”.

    A obra pretendia ser uma recriação da história de Ermesinde e Alfena, sendo publicadas à média de três vinhetas por número.

    Predomínio do traço fino, e com uso dopreto como única cor

    Tinha por título “Tem Ermesinde uma História”, e contava com desenho de C. Abbot e texto (em verso) de M.R.. Mas o projecto não foi duradouro, pois o conjunto das três vinhetas só foi publicado em dois números, aparecendo o segundo e último (a série ficou pois incompleta) no n.º 20, de Setembro de 1959.

    A Banda Desenhada volta a aparecer no n.º 37 de “A Voz de Ermesinde”, então já com o título que ostenta desde o seu n.º 26, datado de Janeiro de 1960.

    Desta vez publicaram-se duas pranchas, em páginas contíguas, contendo vinhetas alusivas a episódios do Velho Testamento, da autoria de Isolino Vaz, com uma relação que poderíamos considerar seuqencial, embora não houvesse a preocupação do autor em construir um texto de continuidade. Por isso mesmo, ao jeito de introdução, referia-se: «(...) Aos pais e aos mais velhos, fica reservada a tarefa de, por palavras simples, explicarem a ligação entre estes diversos episódios (...)».

    Tratava-se aqui de uma sequência de vinhetas mais ou menos independentes, em páginas (par e ímpar) que bemneficiaram do uso da cor, embora esta fosse uma cor única, no caso o salmão, fazendo--se aqui o uso da mancha com recurso a cromatismos a duas cores (salmão – a duas escalas – e preto).

    Tal como no exemplo anterior, a figura humana tende a aproximar--se de uma representação realista, ainda que mais ou menos simplificada.

    Embora a ilustração surja amiúde em “A Voz de Ermesinde”, ao lado da fotografia, como elemento de comunicação acessório da notícia, a Banda Desenhada não vai aparecer outra vez, senão muito mais tarde, corria já o ano de 1991.

    No nº 390, de 15 de Fevereiro do referido ano, é publicada uma tira de Luís, o actualmente famoso cartunista do “Público”, desconhecendo nós a participação do autor na iniciativa. Mas logo no número a seguir, o 391, de 28 de Fevereiro, então sim, da autoria do “nosso” José Soares,surge o “Zé das Iscas”, tira de sátira política local, que irá aparecer continuadamente, com presença nos números 392, 393, 395, 397, 398, 399,..., por isso com um ritmo que embora não permanente foi muito regular, mas que desaparece no ano de 1992, embora a página de humor de José Soares (“O Olho”) se tivesse mantido.

    Mas no ano de 1993 o próprio “O Olho” também desaparece.

    A tira de José Soares é muito interessante por ser de crítica política imediata, inteiramente centrada no plano local e mesmo no plano de pormenor – referem-se situações, locais, edifícios, etc..

    Após esta surtida em 1993, a Banda Desenhada volta a desaparecer das páginas de “A Voz de Ermesinde”, onde de resto nunca teve, como se vê, uma presença muito duradoura.

    A actal sequência ininterrupta, desde 30 de Junho de 2005 tem também uma história que é pertinente divulgar. E nisso “A Voz de Ermesinde” tem o dever de aqui prestar homenagem a Paulo Pinto, quadrinista já consagrado, que tendo vindo radicar-se em Ermesinde, propôs ao nosso jornal, a publicação de peças suas.

    “A Voz de Ermesinde” aceitou o seu desafio, publicando-se então algumas obras em segunda publicação e alguns inéditos.

    Entre estes, chamámos partricularmente a atenção dos nossos leitores, para “O Dia Certo para Morrer”, publicado entre os n.ºs 766, de 30 de Novembro de 2006 e 768, de 20 de Dezembro do mesmo ano (ao todo cinco pranchas), que tem por cenários identificáveis vários locais da cidade de Ermesinde.

    Dada a sobrecarga profissional de Paulo Pinto, que interrompeu, esperremos que por breve lapso a sua colaboração, e após um período, pouco interessante, de divagação, com recurso a pranchas estranhas, “A Voz de Ermesinde” voltou a contar com um autor residente, Rui Sousa, a partir do seu número 785, de 20 de Setembro de 2007. E não esqueçamos também “O Mexilha”, tira duplex de sátira, da autoria de Gui Laginha e Rui Laiginha, sobretudo de incidência local, e publicada sem interrupção desde o n.º 712, de 30 de Agosto de 2004.

    Por: LC

     

     

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