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    Arquivo: Edição de 15-04-2008

    SECÇÃO: Tecnologias


    Mas afinal o que é o Linux? (2)

    SISTEMA OPERATIVO

    Logo que Linus Torvalds passou a disponibilizar o Linux, ou seja na sua versão 0.01, já havia suporte ao disco rígido, ecrã, teclado e portas de série, o sistema de arquivos adoptava o mesmo layout do Minix (embora não houvesse código do Minix no Linux), havia extensos trechos em assembly, e ela já era capaz de correr o bash e o gcc.

    "the guiding line when implementing linux was: get it working fast. I wanted the kernel simple, yet powerful enough to run most unix software." - Linus Torvalds

    A linha guia quando implementei o Linux foi: fazê-lo funcionar rápido. Eu queria o kernel (núcleo) simples, mas suficientemente poderoso para correr a maioria das aplicações Unix.

    O próprio utilizador deveria procurar os programas que dessem funcionalidade ao seu sistema, compilá-los e configurá-los e, talvez por isso, o Linux tenha carregado consigo a etiqueta de sistema operativo apenas para técnicos. Foi neste ambiente que surgiu a MCC Interim Linux (Manchester Computer Centre), a primeira distribuição Linux, desenvolvida por Owen Le Blanc da Universidade de Manchester, capaz de ser instalada independentemente num computador, e tentando facilitar a instalação do Linux.

    Desde o começo, o núcleo Linux incluía um sistema básico para chamadas do sistema e acesso aos dispositivos do computador. O núcleo de um sistema operativo define, entre várias operações, o gerenciamento da memória, de processos, dos dispositivos físicos no computador e é uma parte essencial de qualquer sistema operativo utilizável, contudo para um sistema operativo adquirir funcionalidade são necessários também várias outras aplicações que determinam funções específicas que aquele sistema será capaz de desenvolver, as aplicações existentes num sistema operativo com a única excepção do núcleo são determinados pelo utilizador do computador, como por exemplo: interpretadores de comandos, gerenciadores de janelas, que oferecem respectivamente uma interface para o utilizador do computador, CLI ou GUI, e outras aplicações como editores de texto, editores de imagem, reprodutores de som, mas não necessariamente compiladores.

    A maioria dos sistemas inclui ferramentas e utilitários baseados no BSD e tipicamente usam XFree86 ou X.Org para oferecer a funcionalidade do sistemas de janelas X — interface gráfica. Assim como também oferecem ferramentas desenvolvidas pelo projecto GNU.

    No momento do desenvolvimento do Linux, várias aplicações já vinham sendo reunidas pelo Projecto GNU da Free Software Foundation (‘Fundação Software Livre’), que embarcara num subprojeto que ainda continua para obter um núcleo, o GNU Hurd. Porém, devido a várias complicações, Stallman, do projecto GNU, pela demora em desenvolver o Hurd, acabou por adoptar o núcleo Linux como base para distribuir os programas do projecto GNU, não obstante diversas pessoas e instituições tivessem a mesma ideia, e assim várias distribuições começaram a surgir baseadas no núcleo desenvolvido inicialmente por Linus.

    DISTRIBUIÇÕES

    Atcualmente, um Sistema Operativo Linux ou GNU/Linux completo (uma "Lista de distribuições de Linux ou GNU/Linux") é uma colecção de software livre (e por vezes não-livre) criada por indivíduos, grupos e organizações de todo o mundo, incluindo o núcleo Linux. Companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva (união da Mandrake com a Conectiva), bem como projetos de comunidades como o Debian ou o Gentoo, compilam o software e fornecem um sistema completo, pronto para instalação e uso. Patrick Volkerding também fornece uma distribuição Linux, o Slackware.

    As distribuições do Linux ou GNU/Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde a segunda metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operativos Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas com o Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de desktops e servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados.

    No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com a sua característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicações e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem numa disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, e existem também versões em DVD. Todas elas têm o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucos disquetes) são usadas para recuperação de sistemas danificados ou em monitoração de redes de computadores.

    De entre as maiores, distribuídas em Cds ou DVDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse, Ubuntu, Sabayon [estas duas acrescento AVE] e Mandriva, entre muitas outras.

    O que faz a diferença é como estão organizadas e pré-configuradas as aplicações. A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as suas aplicações traduzidas em Português, o que facilitou que os utilizadores que falam a Língua Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta distribuição foi incorporada à Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o Português, existem também, entre outras, a distribuição brasileira Kurumin, construída sobre Knoppix e Debian, e a Caixa Mágica, existente nas versões 32 bits, 64 bits, Live CD 32 bits e Live CD 64 bits, e com vários programas open source: OpenOffice.org, Mozilla Firefox, entre outros.

    Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do sistema. As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas dos directórios e na sua biblioteca básica.

    Por mais que a estrutura dos directórios siga o mesmo padrão, o FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as configurações são diferentes entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão FHS (File Hierarchy System), que é o padrão mais novo.

    Quanto à biblioteca, é usada a Biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema Operativo Linux. O problema está no lançamento de uma nova versão da Biblioteca libc, quando algumas das distribuições colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco. Por isso, alguns programas funcionam numa distribuição e noutras não.

    Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização. Auxilia principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código fonte, sem tirar características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado.

    Caixa Mágica, Debian, Dual OS, Fedora, Freedows, Kurumin, Mandriva, Satux, Slackware, SuSE e Ubuntu Linux são algumas das distribuições mais utilizadas actualmente, listadas aqui por ordem alfabética.

    Um exemplo de distribuição que corre num CD é o Kurumin Linux, criado por Carlos E. Morimoto, baseada no Knoppix.

    De entre as distribuições consideradas mais difíceis de gerir (por preferirem assegurar a estabilidade tecnológica em detrimento da interface de utilizador), destacam-se Debian, Gentoo e Slackware.*

    *Wikipedia

     

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