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    Arquivo: Edição de 30-04-2007

    SECÇÃO: Cultura


    Ágorarte comemorou Abril com poesia e cinema

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    A Ágorarte dedicou um dos seus habituais “Encontros de Poesia” à comemoração do 33º aniversário da Revolução dos Cravos.

    A poesia e alguns dos mais consagrados poetas de Abril, deram o mote à comemoração da efeméride que reuniu na Sala da Lareira da Vila Beatriz um público interessado e participativo.

    José Afonso, Manuel Alegre, Ary dos Santos e José Jorge Letria, alguns dos autores que mais contributos deram à temática poética da Revolução, foram naturalmente os mais lidos pelos intervenientes.

    Também a poesia de António Gedeão, Miguel Torga, Vítor Oliveira Jorge e José Luís Peixoto, foi muito relembrada no serão que, como habitualmente, foi animado por alguns dos elementos que constituem a “Oficina de Letras” da Ágorarte, Carlos Faria, Filomena Martins, Cláudia Almeida e mais algumas caras novas, como Daniela Ramalho e Sara Morgado. Este grupo contou com uma surpreendente resposta de vários espectadores que, de uma forma espontânea, leram textos de alguns poetas seus preferidos.

    Álvaro de Campos, Mário Dionísio, José Régio, Florbela Espanca e até Guerra Junqueiro, o mais distanciado no tempo, foram alguns dos criadores mais citados.

    “Rosas Vermelhas”, uma pungente narrativa de Manuel Alegre em formato de prosa poética, na qual descreve a sua passagem pelas prisões do antigo regime, no dia em que completava 27 anos de idade, foi sentidamente interpretado por Filomena Martins num feliz registo a merecer realce.

    Entre o público, a presença de alguns estudantes da Escola EB 2,3 de S. Lourenço e da Escola Secundária de Ermesinde deverá ser entendida como um sinal de que a poesia está a chegar ao público mais jovem. Isso mesmo se verificara já, por ocasião do Dia Mundial da Poesia cuja data foi condignamente celebrada naquelas escolas com duas magníficas sessões de poesia que envolveram professores e alunos de uma forma muito empenhada.

    CRAVOS DE ABRIL

    EM DOCUMENTÁRIO

    As comemorações do 33º aniversário do 25 de Abril, por iniciativa da Ágorarte, não se ficaram, contudo, pela sessão de poesia. Já na véspera deste novo “Encontro”, aquela associação cultural havia promovido no Auditório da Escola Secundária de Ermesinde a exibição do documentário “Cravos de Abril” integrado na rubrica “Cinema às Quintas”.

    Realizada por Ricardo Costa esta curta-metragem ilustra os acontecimentos do movimento que depôs o antigo regime desde as primeiras horas do dia 25 de Abril de 1974, na Praça do Comércio, até ao 1º de Maio seguinte.

    O estado do país, as guerras coloniais, o desenvolvimento dos acontecimentos durante a ocupação da praça e o arranque das forças militarizadas para o Largo do Carmo são alguns dos factos históricos que documentam este trabalho cinematográfico.

    Por: Álvaro Mendonça

     

     

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