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    Arquivo: Edição de 15-03-2007

    SECÇÃO: Desporto


    NO RESCALDO DOS INCIDENTES DE LORDELO...

    Ermesinde mostra as provas da sua inocência

    A Comissão Administrativa do Ermesinde SC levou ontem a efeito, no Fórum Cultural de Ermesinde, uma conferência de imprensa para esclarecer os factos ocorridos no encontro entre a equipa dos Sonhos e o Aliados de Lordelo (no reduto desta última), a 4 de Março passado, a contar para a 19ª jornada do Campeonato Nacional da 3ª Divisão. Uma partida que terminou da pior maneira, isto é, ao “soco e ao pontapé”, como se diz na gíria. A Direcção do clube de Lordelo aponta o presidente do Ermesinde, José Araújo, como o principal culpado por toda a confusão que se instalou no interior do terreno (ver texto em anexo), tendo já apresentado uma queixa em tribunal contra este.

    Por seu turno, o dirigente máximo do Ermesinde diz serem uma grande mentira todas as afirmações proferidas pelo presidente do Aliados. Pelo que decidiu convocar uma conferência de imprensa para, na sua voz, repor toda a verdade dos factos registados, sustentando a sua versão dos acontecimentos com documentos que diz serem a prova de que os grandes responsáveis pelos incidentes foram apenas, e só, elementos ligados ao Aliados.

    Foto RUI LAIGINHA
    Foto RUI LAIGINHA

    O “verniz estalou” ao minuto 97 (e não 89, segundo fontes ligadas ao Ermesinde) do jogo entre Aliados de Lordelo e Ermesinde, altura em que o árbitro Octávio Pereira assinalou uma grande penalidade contra os ermesindistas. Isto numa altura em que o marcador indicava uma vantagem da equipa dos Sonhos de 2-1. «Um penalti inexistente, como toda a gente que assistiu ao jogo pôde constatar», lia-se no comunicado distribuído pelo Ermesinde à imprensa, aos seus associados e demais simpatizantes, antes do encontro entre a equipa verde-e-branca e o Amarante (realizado no passado domingo).

    Após a conversão da grande penalidade geraram-se algumas picardias entre os atletas de ambos os clubes. «As primeiras pessoas a invadirem o terreno de jogo foram o presidente do Aliados e todos os elementos que estavam sentados no banco daquele clube. Mas o primeiro invasor do recinto foi o treinador-adjunto do Aliados, que não constava na ficha de jogo (...). De referir que os elementos do banco de suplentes do Ermesinde foram os últimos a entrar no recinto de jogo. Só muito mais tarde e para tentar acalmar os nossos atletas, o nosso presidente entrou dentro das quatro linhas. E só o fez porque viu pessoas alheias ao jogo a invadirem o recinto».

    Podia ler-se ainda no referido comunicado que, depois de acalmar os jogadores ermesindistas, José Araújo dirigiu-se ao árbitro para lhe dizer apenas que «a culpa de tudo isto é do senhor árbitro, porque aquilo que acabou de fazer aos nossos atletas e ao clube foi tão somente espoliar-nos de dois pontos que tanta falta nos fazem e que tanto os merecemos (...)». Terá sido nessa altura que o adjunto do Aliados, de seu nome Jorge (que na temporada passada integrou a equipa técnica do Ermesinde) apareceu ao lado do presidente do Ermesinde, tendo-lhe dito que desaparecesse dali pois senão que o partia todo.

    Foto LUÍS MACEDO
    Foto LUÍS MACEDO
    «O nosso presidente disse-lhe que não tinha medo dele. Nessa altura o referido adjunto do Aliados começou a socar o presidente do Ermesinde tendo este sido projectado para o chão, onde o tal adjunto começou a pontapeá-lo. O árbitro do jogo, a GNR (Guarda Nacional Republicana), e outras pessoas que se encontravam no relvado observaram estas agressões. (...) O nosso presidente, perante a passividade da GNR, e já nos balneários, exigiu àquele corpo de segurança de serviço no estádio que identificasse o agressor, o tal Jorge.

    O soldado da GNR disse ao presidente que quem identificava as pessoas só poderia ser o sargento de serviço. Este sargento disse-lhe então que para identificar o Jorge, também o teria de identificar. De imediato o nosso presidente identificou-se. Passados alguns minutos chegou a ambulância para transportar José Araújo para o Hospital de Penafiel, motivo pelo qual não nos certificámos se, de facto, a GNR identificou ou não o agressor» (...). Devido às agressões sofridas, o presidente do Ermesinde seria transportado pelos bombeiros até ao referido hospital, onde entrou por volta das 17h50 e saiu cerca da 01h15, tendo-lhe sido efectuados vários exames médicos.

    «Depois de todo o aparato no estádio, o nosso presidente viu o Isidro [jogador do Aliados] no hospital, sentado normalmente numa cadeira. O referido atleta saiu do hospital com alta por volta das 22h30, sem que se lhe tenha diagnosticado qualquer lesão grave (...)».

    De uma forma resumida esta é a versão dos factos, apresentada em comunicado pelos responsáveis do Ermesinde. Factos que, na conferência de imprensa realizada ontem, foram sustentados com um conjunto de 33 fotografias (das quais aqui publicamos duas, em baixo), bem como outros documentos, que, na voz dos dirigentes do Ermesinde, constituem provas irrefutáveis sobre a premeditação e responsabilidade na ocorrência dos incidentes verificados.

    Foto LUÍS MACEDO
    Foto LUÍS MACEDO
    Fotografias que descrevem visualmente, passo a passo, a versão atrás descrita e que, segundo os responsáveis ermesindistas, identificam os elementos do Aliados de Lordelo como sendo os verdadeiros responsáveis pelos incidentes, mais concretamente o seu presidente, por ter sido um dos primeiros invasores do campo e o treinador-adjunto Jorge Rocha, pelas agressões praticadas sobre José Araújo.

    Depois da divulgação pública destas provas, que contradizem todas as acusações proferidas pelo Aliados de Lordelo, o Ermesinde Sport Clube irá accionar todos os meios jurídicos que tem ao seu alcance com o intuito de «virem a ser punidos todos os mentirosos que difamaram toda a família ermesindista».

    Por: Miguel Barros

     

     

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