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    Arquivo: Edição de 28-02-2007

    SECÇÃO: Local


    CARTAS AO DIRECTOR

    Aviso à navegação

    Meus Caros, da leitura que venho fazendo à Voz de Ermesinde quinzenalmente, aproveito também para dizer que já merecia ser semanal, finalmente percebi qual a razão de alguns rotulados militantes do PS, melhor dizendo alguns elementos do executivo da Junta Freguesia Ermesinde darem a entender não só nas reuniões públicas mas também neste quinzenário, que continuam a ser mal amados nos meios socioculturias e intelectuais da cidade e por que são vítimas de tentativas de aniquilamento por parte dos defensores do melhor para a Cidade de Ermesinde e não dos seguidores das modinhas do momento, nem de criadores de aves, sejam elas de correio ou não e, claro, não portadoras de H5N1. Sugiro que se faça uma reflexão sobre o tema que passo a escrever.

    Sob a capa da evolução e da modernidade, está na moda social consumir antidepressivos – o que recomendo a estes ditos Senhores, moda essa obviamente alimentada pela indústria da malvadez. É que a psicanálise é contrária à rapidez e falta de conteúdo, do que, por acaso, nestes Senhores a falta até é demais –, que dominam os dias que correm, infelizmente também ao nível do medicamento e da saúde e claro também da “política”.

    Uma sociedade que se diz moderna e actual assenta na eficácia, prontidão e na rapidez, mesmo que isso seja inimigo da perfeição.E assenta, acima de tudo o resto, na ilusão. Sobretudo na ilusão de bem--estar e de felicidade, quer seja no trabalho, em casa, com a familia, etc, etc.. Por isso, entendo o consumo e a recomendação de antidepressivos como um traço mais social do que médico-científico. Ou seja, com os antidepressivos, não se cura o mal, ou a malvadez, não se percebe qual é, tenta-se não se pensar nisso se se tiver como. Apenas e só se anulam os efeitos desse mal. Não se cura ninguém, o que nasce torto nunca se endireita, mas pode-se tentar, faz-se com que as pessoas deixem de sentir-se mal com a doença se esta realmente existir.

    Ir a um psiconalista, que além de caro é o contrário disto tudo, desde logo, é um método lento. Para se efectuar uma análise completa pode-se demorar anos. E, mais importante de tudo, não se aponta para uma solução imediata e para o bem-estar imediato. Pelo contrário, pode até ser fonte de mais angústia. Da angústia que advém de nos conhecermos melhor e mais profundamente. Com a ida a um psicanalista procura-se conhecer as causas do mal-estar e levar a pessoa analisada a reflectir sobre ela e também é necessária capacidade para tal, a compreender-se melhor e a aceitar-se. Ou seja, na prática, procura-se a diferença individual e a sua aceitação, primeiro do que tudo, pelo próprio e mais uma vez se este for capaz.

    Isto é contrário à ideologia dominante no momento. Essa vive da plastificação marota dos seres humanos, reduzindo-os a bichos de carga prontos para dizer e fazer grandes disparates ou até alguns desenhos animados pelos meios de politização e de entretenimento de massas de vários tipos, sejam elas de cotovelo ou quiçá políticas e, quando isso não é suficiente, que até consumam pílulas milagrosas, sejam elas azuis ou rosa ou até mesmo laranjas. Cada um pense o que lhe apetecer e diga o que lhe vai na alma, desde que não ultrapasse o limite dos limites que, no fundo, acabam por ser limitados devido à limitação de cada um, e citando alguém, VALE A PENA PENSAR NISTO. Meus Caros, este foi um Aviso à Navegação.

    Até Breve.

    OBS- Em caso de dúvidas, por favor leiam o livro de António Damásio, recomendo “Sentimento de Si”.

    Por: Armindo Ramalho

     

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