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    Arquivo: Edição de 15-01-2007

    SECÇÃO: Destaque


    DEFENDEU ALBERTO CARVALHO NA TOMADA DE POSSE

    Valores afectivos, éticos e estéticos trazem mais qualidade ao CSE

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    No seu discurso proferido na cerimónia de tomada de posse realizada no passado sábado, dia 5 de Janeiro, no Salão Nobre do Centro Social de Ermesinde, o novo presidente da instituição, Alberto Carvalho, salientou a exigência de continuar o trabalho desenvolvido pela anterior Direcção, a qual introduziu novas perspectivas de actuação, redesenhando assim a missão que a tem norteado. Trata-se de prosseguir «o sonho do bem-estar social a todos os níveis, e não apenas na acção social imediata».

    Alberto Carvalho salientou também a importância de actuar sobre os elementos afectivos, éticos e estéticos, trazendo assim para a acção social o contributo de «outros valores que enriquecem o Homem».

    Na Mesa de Honra encontravam--se José Luís Pinto, vereador da Câmara Municipal de Valongo, em representação de Fernando Melo que não terá podido estar presente, Artur Pais, presidente da Junta de Freguesia e Antonino Leite, presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde, o padre Lino Maia, presidente da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade) e Artur Borges, presidente da UDIPSS (União Distrital das Instituição Particulares de Solidariedade Social) do Porto.

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    Foi um discurso pleno de significados e propósitos assumidos, para quem o soubesse ler, o que o novo presidente da Direcção do Centro Social de Ermesinde proferiu na cerimónia da tomada de posse dos novos órgãos sociais. Começando por agradecer as palavras amáveis dos oradores antecedentes para com ele e para com a instituição, Alberto Carvalho salientou a necessidade de colaboração de e para com todas as instituições presentes, certo de que essa colaboração irá continuar, mas atrevendo-se «a pedir mais colaboração».

    Isto será tanto mais uma exigência, referiu o presidente da Direcção da IPSS, quanto também o Estado procura agora aproximar-se mais das populações.

    Reflectindo sobre a necessidade de respostas mais qualificadas, Alberto Carvalho considerou inevitável fazê-lo numa perspectiva inovadora e «gerar novas unidades de intervenção».

    E elencou, entre outros patamares de actuação, a necessidade de um enfoque na formação dos técnicos, no estabelecimento de novas parcerias, na ligação às escolas, na interacção e no reforço dos laços com outras instituições, na colaboração com os órgãos do poder local, na presença activa da instituição nos fóruns de discussão do social, na diversificação da natureza da intervenção junto dos idosos, no apoio às mães, no objectivo de certificação e qualificação do Lar de S. Lourenço, no acompanhamento e qualificação das empresas de inserção, no lançamento de iniciativas transversais, sempre no sentido de unificar, reforçar e dar sentido ao CSE como uma instituição de referência na comunidade.

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    Definiu ainda como princípio orientador fazer do CSE elemento catalizador e promotor de mudanças, e precisou ser este acto de posse não a abertura de um novo caminho, mas o prosseguimento da actividade da instituição.

    Fez, por fim, o elogio do seu antecessor Henrique Queirós Rodrigues, pela capacidade, energia e visão demonstrada durante os seus mandatos à frente do CSE, prometendo todo o apoio à nova estrutura associativa “Ermesinde Cidade Aberta”, que será presidida por ele.

    A INICIATIVA

    DAS PESSOAS

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    José Luís Pinto, que interveio imediatamente antes de Alberto Carvalho começou por lamentar a ausência do presidente da Câmara Fernando Melo e que, dado o facto de ser este quem detém o pelouro da acção social, não poderia abordar com mais precisão essas questões, salientando no entanto, a pedido expresso do próprio Fernando Melo, a disponibilidade para a colaboração com a instituição, salientando aliás a cooperação desta para com a autarquia.

    A Câmara Municipal de Valongo (CMV) tem planos de colaboração para com o CSE, garantiu todavia o vereador que, na sua qualidade de responsável pelos pelouros do urbanismo e do ambiente, se pôs à disposição do Centro Social. Fez finalmente o elogio deste, «instituição única» para Ermesinde e para o concelho, desejando bom trabalho à nova Direcção.

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    O padre Lino Maia começou por recordar as circuns-tâncias em que conheceu Lúcio Barbosa, o novo presidente da Mesa da Assembleia Geral e o primeiro, embora breve, orador da noite. Elogiou a sua competência profissional e o sentido ético que teve ocasião de testemunhar, e teceu então algumas palavras de agradecimento aos órgãos sociais cessantes.

    Lino Maia referiu que se habituou «a olhar o CSE como instituição pioneira, na qualidade e na inovação. E adiantou ter «expectativas óptimas para os novos órgãos sociais».

    Fez então o elogio de Alberto Carvalho, a quem salientou o carácter e a dedicação, referindo não ser por acaso que se encontrava ali a União Distrital do Porto das IPSS em peso.

    Apontou depois que considerava «bonito que em 15 membros dos órgãos sociais estejam seis senhoras». «Não foi preciso aqui aprovar uma lei de quotas», gracejou.

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    E sublinhou, de seguida, «o muito que o CSE tem feito na ordem da cultura, da informação e da comunicação».

    Salientando a presença da CMV e da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), o presidente da CNIS elogiou a cooperação das autarquias com as IPSS, não deixando de apontar que existe, por vezes, uma confusão sobre aquilo que compete às autarquias. E concretizando: «Às vezes há autarquias que querem ser instituições de solidariedade».

    Lino Maia precisou todavia, que nada o movia contra as autarquias, a quem muito respeitava, até por uma muito boa razão: «Sou filho de autarca», revelou, «e os autarcas merecem-me o maior respeito».

    Mas manifestava-se contra a actividade paralela, concorrente, e contra os gastos desnecessários.

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    O presidente da CNIS manifestou depois a sua simpatia por todos aqueles que se movimentam impelidos por perspectivas de solidariedade, fora dos propósitos político-partidários. E defendeu, numa perspectiva civilizacional importante, que «temos exemplos a apresentar no campo das instituições que partem do campo das pessoas e não do poder central ou local».

    «Temos respostas mais baratas, não sendo esta embora a questão central, respostas também de dinâmica e de afectos...».

    Lino Maia terminou o seu discurso apontando que a CMV e a JFE têm cooperado bem com as IPSS, e finalizou com o voto: «Parabéns, felicidades e união!.

    Também Artur Borges teve palavras de agradecimento ao CSE, instituição de que tinha, há muito, apercebido a importância.

    O presidente da UDIPPS/ /Porto fez o elogio do trabalho das IPSS e transmitiu o abraço forte da Direcção a que presidia. Por fim elogiou o perfil humanista de Alberto Carvalho, a sua dimensão intelectual e o seu labor incansável na UDIPPS/Porto. Terminou dando os parabéns ao CSE pela dimensão humana da pessoa do presidente da Direcção.

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    Lúcio Barbosa que, a partir da posse, substituiu na condução dos trabalhos o seu antecessor na presidência da Mesa da Assembleia Geral do CSE. Ferreira dos Santos foi o primeiro a usar, muito brevemente, da palavra, para fazer precisamente o elogio do seu antecessor, a quem já antes, curiosamente, tinha sucedido em responsabilidades de natureza social, e antes de dar a palavra aos outros oradores, revelou ainda ter ficado surpreendido, no mandato anterior, com a qualidade das pessoas que constituíam os corpos sociais da instituição a que tinha agora a honra de presidir na Mesa da Assembleia.

    Por: LC

     

     

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