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    Arquivo: Edição de 15-11-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Foto RUI LAIGINHA
    Foto RUI LAIGINHA
    DEBATE DA CONCELHIA DO PS COM O MINISTRO DA SAÚDE

    Como foi o debate com o ministro

    Depois da comunicação inicial de Correia de Campos, visando enquadrar o debate e responder às principais acusações que lhe têm vindo a ser dirigidas no campo da política de Saúde, seguiu--se um período de questões colocadas por vários dos presentes, entre eles muitos quadros do sector da Saúde, vindos até de outros concelhos, como Gondomar, Santo Tirso, Vila Nova de Gaia.

    Entre eles, por exemplo, Alcino Branco atirava: «O SNS era “tendencialmente gratuito”. Passa agora a ser “tendencialmente pago?”». Questão que irritaria o ministro. O mesmo militante socialista perguntaria ainda: «Qual o critério das taxas moderadoras?». «É que são sempre os mesmos a pagar e há doentes isentos com meios superiores a outros que têm que pagar», comentou ainda.

    Correia de Campos não aceitou a crítica, mas, por exemplo exprimiu dúvidas sobre a isenção das taxas de que beneficiam bombeiros e dadores e sangue. E foi explicando que se o encerramento das maternidades custou votos ao PS, ainda faltavam dois anos para as próximas eleições e o PSD iria explicar tudo.

    António Pais referiu a questão dos cuidados primários de saúde, respondendo o ministro que precisamente as novas unidades de saúde familiares eram uma das prioridades do Ministério. Tal como a prestação de cuidados continuados aos idosos, estando neste momento a ser preparadas 400 camas de convalescença, um número que o ministro considerou, contudo, muito abaixo das necessidades. Em três anos pretendia cobrir um terço do problema, caso tivesse os meios adequados. Se a situação económica melhorasse poderia então começar a aprofundar-se esse esforço.

    José Maria Dias fez o elogio do ministro: «Desde há muitos anos que não tínhamos uma política integrada de Saúde. Mudar organizações é muito difícil».

    Armando Cardoso inquiriu, por sua vez, o ministro, sobre a política do medicamento e a existência de sistemas de apoio sobrepostos.

    Raul Sá fez igualmente o elogio do ministro e corroborou as suas palavras no que diz respeito aos méritos do SNS. Há alguns anos as condições no nosso país eram semelhantes às que se verificavam em África, asseverou. E acrescentou que as pessoas iriam apoiar estas medidas, já que a não serem tomadas, o SNS correria risco de falência.

    Artur Costa questionou o destino dos dinheiros das taxas moderadoras e a gestão dos medicamentos nos hospitais. Por fim, quis saber do andamento do novo Centro de Saúde de Ermesinde.

    O ministro respondeu--lhe francamente neste último assunto: não sabia.

    Quanto a outras questões, assumiu a existência, devidamente detectada, de fraudes antigas no SNS, de hábitos perdulários, de demissão de funções – haveria locais em que eram os próprios fornecedores a repor nas prateleiras os stocks de medicamentos –, e referiu ainda a necessidade de diminuir as despesas do SNS, por exemplo com o pessoal, citando o caso do Hospital de Santa Maria, onde a actual Administração calculou a necessidade de cerca de 4 000 profissionais em vez dos 5 000 existentes. E, pouco a pouco, num prazo curto, estaria a concretizar esse “emagrecimento”.

    Contou depois os despiques com Jorge Coelho, António Vitorino e Carlos César. O presidente do Governo açoriano terá pedido a Correia de Campos que este esquecesse a dívida dos Açores, mas ao mesmo tempo, teria discordado da aplicação das novas taxas moderadoras. Correia de Campos «não compreendia».

    Referiu ainda melhorias na negociação para a aquisição de medicamentos, permitindo com a realização de pagamentos mais atempados, reduzir o seu custo. E outras medidas de racionalização económica.

    Por: LC

     

     

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