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    Arquivo: Edição de 30-10-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Atelier de reciclagem e reutilização na Biblioteca Municipal de Valongo

    Decorreu no passado dia 26 de Outubro, na Biblioteca Municipal de Valongo, mais um dos ateliers de reciclagem e reutilização de materiais que a Lipor tem vindo a organizar junto de muitas escolas e outras entidades, a partir do seu projecto de Educação Ambiental, dirigido sobretudo às questões do reaproveitamento de resíduos.

    Nesta acção estiveram presentes dois jovens ecoconselheiros da Lipor – Emanuel Monteiro e Maria Barbosa. O atelier decorreu em quatro horários – dois de manhã e dois de tarde – tendo “A Voz de Ermesinde” acompanhado os trabalhos do último deles, que contou com a presença dos meninos da Escola 1º de Maio, em Valongo, que estavam acompanhados da professora Conceição Ramos e das funcionárias da Biblioteca.

    Fotos BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VALONGO
    Fotos BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VALONGO
    No dia em que escrevemos estas linhas, grande parte dos jornais diários de todo o mundo exibe nas suas primeiras páginas notícias de um estudo (britânico) sobre as implicações devastadoras que deverão ter sobre a economia as alterações climáticas previsíveis que decorrem sobretudo da acção humana sobre o globo. De forma que, mais uma vez ganham acuidade todas as acções de educação ambiental, sobretudo aquelas que dirigidas à mais tenra idade, poderão deixar marcas indeléveis e padrões de comportamento bem diferentes daqueles que, vergonhosamente, as nossas gerações protagonizaram, deixando-lhes por isso uma herança envenenada.

    A acção que decorreu na Biblioteca Municipal de Valongo, no passado dia 26 de Outubro, não pretendia salvar o planeta. Era uma simples acção em que os meninos, a partir de caixas de ovos (de cartão) e um pauzinho, faziam flores, que depois pintavam e exibiam (e podiam também, no fim, levar para casa). Era, por isso, uma acção sobretudo simbólica, ou se quisermos mais uma, que somada a outras acaba por fazer todo o sentido – não pudemos deixar de reparar que quase todos os meninos já sabiam muito bem separar os lixos para posterior reciclagem pelos contentores dos ecopontos, conforme fossem plásticos, papel, pilhas ou outros materiais.

    Souberam até, sobretudo a Núria – uma especialista de palmo e meio em matérias de ambiente –, descobrir a diferença entre as caixas de cartão com resíduos de leite, que não podiam ser juntas ao outro cartão, para não afectar o processo de reciclagem, e as outras, as que se devem deitar no contentor azul.

    E por exemplo, a professora Conceição Ramos contava-nos que, na sua escola, os meninos faziam recolha de tampas para enviar para a Lipor. Não pudemos deixar de nos lembrar da sujeira imunda das ruas do Porto, cheias de latas de refrigerantes amassadas por ocasião dos bárbaros festejos das praxes estudantis. Ao menos esperemos que estes meninos, quando lá chegarem, já não o façam (e que, em vez de praxes insensatas, haja formas de acolher os estudantes recém-chegados, mais solidárias e conviviais, mas isto é outra conversa).

    PLANEAR

    A EDUCAÇÃO

    AMBIENTAL

    foto
    Os ecoconselheiros presentes nesta acção explicaram-nos como é que acções como estas são planeadas.

    Há um grupo de Educação Ambiental virado sobretudo para as questões dos resíduos, que todos os anos apresenta um Plano de Acção Ambiental – ver em baixo – dirigido às instituições dos oito participantes da associação de municípios que constitui a Lipor – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, estando constituída uma equipa de oito ou nove ecoconselheiros, com um deles responsável por cada um dos municípios.

    O plano proposto, com um conjunto de acções a desenvolver, é então objecto de apreciação por parte das instituições – escolas, entidades municipais ou outras instituições –, agendando-se as acções para as datas que, entretanto, sempre vão começando a ficar cada vez mais preenchidas, até obrigarem a estabelecer listas de espera – esta é a experiência de Emanuel Monteiro e Maria Barbosa, na sua ainda curta experiência de ecoconselheiros da Lipor. Agendada a acção, os técnicos organizam os seus kits – desta vez traziam as referidas caixas de ovos e pauzinhos – para fazer o caule –, os pincéis, as tintas, cartões, pistolas de colar (que por poderem ficar muito quentes, os meninos não manusearam), tesouras, e umas caixinhas com brilhantes para a decoração final das “flores”.

    Por sua vez, a Biblioteca Municipal de Valongo teve um dia muito movimentado, tendo chegado a acolher, da parte da manhã, cerca de trezentos meninos, pois além dos ateliers de reciclagem também ali decorreu, simultaneamente, mais uma iniciativa de sensibilização para a leitura, com uma das acções da Hora do Conto.

    Por: LC

     

     

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