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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-02-2008

    SECÇÃO: Psicologia


    A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL

    Um outro espelho da vida... Mudanças na adolescência

    Este é um espaço de reflexão e diálogo sobre temas do domínio da Psicologia, que procurarei dinamizar com regularidade, trazendo para aqui os principais problemas do foro psicológico que afectam pessoas de todas as idades. Na qualidade de psicóloga estou disponível para os leitores de “A Voz de Ermesinde” me poderem colocar as questões que desejarem ver esclarecidas, através de carta para a redacção deste quinzenário ou para o seguinte “e-mail”: [email protected]

    A adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizado por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas últimas recebem interpretações e significados diferentes consoante a época e a cultura em que o sujeito se insere.

    Está compreendida entre o início da puberdade e o alcance da maturidade física e emocional.

    Às mudanças físicas desde já conhecidas (nas raparigas o alargamento das ancas, crescimento do peito, aparecimento de pelos axilares púbicos, e início da menstruação; nos rapazes a modificação da voz, aparecimento da barba e de pelos axilares, desenvolvimento dos órgãos sexuais), associam-se alterações hormonais, que despertam desejos sexuais. É frequente o namoro começar na adolescência. Estas alterações também estão relacionadas com o mau humor ‘típico’ dos adolescentes. As alterações físicas acentuadas que sofrem podem ser geradoras de um mal-estar emocional, pelo que os jovens podem tornar-se depressivos ou apáticos. Há também situações em que um bem-estar excessivo leva a surtos de entusiasmo.

    São também comuns reacções contra a autoridade, acompanhadas de um desejo de individuação. O jovem quer a todo o custo tornar-se independente, e expressa a sua personalidade. Contudo, o desejo em assumir responsabilidades e tornar-se independente pode surtir dificuldades com o manuseamento do desafio. Por isso, nalguns momentos eles podem agir de forma independente, e mais tarde voltar a sentir o desejo de protecção e dependência.

    As mudanças comportamentais dão origem a angústia, que deve ser reconhecida tanto pelo jovem, como pelos que o rodeiam.

    É importante manter uma comunicação aberta e o mais clara quanto possível, de forma a ajudar o adolescente a ultrapassar as crises emocionais por que vai passando. O papel da família é muito importante nesta fase. Os pais (e demais familiares) devem procurar transmitir compreensão, simpatia, conselhos e discussões sobre todos os problemas fisiológicos e psicológicos que acompanham este período da vida.

    Os adolescentes que levam mais tempo a amadurecer têm tendência para ter uma auto-estima melhor do que aqueles que amadurecem precocemente ou na idade normativa.

    Por: Joana Dias

     

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