VAMOS FALAR DE ASSOCIATIVISMO (24)
10 de junho, aniversário da ACCV, vamos debater o nosso associativismo
Com sentido de uma pretensa reflexão, sobre o direito em associar, um direito constitucional, (Art.º. 46.º - 1.- Liberdade de Associação) partimos do princípio que a qualquer grupo de cidadãos é permitido por lei, a liberdade em se constituir em associação.
Para que tal seja possível, deve procurar cada um de nós, definir como ponto de partida os objetivos que se propõe desenvolver.
Dita-nos a experiência que as nossas coletividades iniciaram a sua atividade, quando grupos de pessoas se encontravam para a prática de uma atividade a seu gosto, sentindo de imediato a necessidade de se organizarem, definindo como crescer, criando outros envolvimentos, e depois e em crescendo, o ato de gerir e controlar o seu pequeno grupo, para um salto maior, do que o simples facto de se encontrarem casualmente.
Foi assim que angariando associados para preencher o espaço associativo, cresceram mediante os meios conseguidos para tal crescimento.
Cresceram, obedecendo às suas próprias leis estatutárias, melhorando com o tempo, como resposta para os problemas que lhes iam acontecendo, exigindo respostas, para as quais nem sempre se acertava no processo obrigatório para determinados casos.
É certo que nem todas conseguiram as condições necessárias como resposta a tais objetivos. Muitas das vezes, o sonho era mais longo do que a passada, e dava origem a um crescimento defeituoso, criando descontentamentos, o que, mais tarde ou mais cedo, com o aparecimento de dificuldades da sua gestão, os reflexos mais negativos, aconteciam. E porque não dizer, que ainda acontecem na atualidade.
No nosso dia a dia e também no dirigismo popular, é normal dizer-se que se encontram sempre soluções para tudo, menos para a morte. Certo. E a realidade, é a de que apesar das dificuldades, a nível nacional o aparecimento de novas coletividades é uma realidade.
OBJETIVOS
É claro que com base em muito do que atrás fica escrito, qualquer um dos que leem esta crónica dirá que nada de novo é acrescentado ao que já sabemos. Ainda bem. O objetivo é mesmo esse. Aproveitar o que cada um de nós já conhece da sua coletividade, na identificação dos seus problemas, estes e outros assinalados, assumindo-os, e pensar ao mesmo tempo, quais as medidas que se encontram a cada momento, para se poder dar passos mais assertivos, com a firmeza necessária para a criação das melhores condições de sustentabilidade de cada uma.
Daí a necessidade em pensarmos quais as dificuldades reais, caso a caso e sem tabus de qualquer espécie, sem os esconder dos intervenientes mais responsáveis, os dirigentes de todos os órgãos sociais.
Se existem coletividades que se organizam com dificuldades, existem muitas outras que ao longo do seu trajeto, sempre souberam identificar as suas necessidades e dificuldades, resolvendo os seus problemas.
Assinale-se que os dirigentes da coletividade, não são sempre os mesmos. E o bom trabalho de hoje, trará com certeza, benefícios para quem vier a seguir. Deve ser essa uma preocupação fundamental de cada direção. E o facto de sermos voluntários e benévolos, responsabiliza-nos pela transmissão aos outros que nos seguirão.
(...)
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Adelino Soares*
*Confederação Portuguesa das Coletividades
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