Verão é tempo de Cultura
Nestas alturas em que o calor convida à saída de casa, os eventos culturais multiplicam-se. Ermesinde não é exceção e promove nesta ocasião várias iniciativas de índole cultural e económico patrocinadas por entidades oficiais, designadamente o Município a que pertencemos.
Desde logo temos a Feira do Livro, que convida a um passeio tranquilo pelo Parque da Cidade, onde se observam os mais variados autores, para as diversas categorias de interesses. É pacato e tranquilizante passar de stand em stand, desfolhar um ou outro livro que nos toque de alguma forma, num processo de prazer e de reencontro connosco próprios.
É pretexto para outras iniciativas culturais onde grupos podem apresentar os seus trabalhos, quer de natureza dramática ou musical. É também nesta altura que o desporto ao ar livre apetece, até porque as férias e a praia estão aí, e impõe-se manter a forma neste ciclo anual em que no Outono se retoma o trabalho.
Também o evento que ocorre de dois em dois anos na nossa cidade: Expoval, irá ter lugar neste verão, desta vez no Parque da Cidade e acontece de 15 a 18 de setembro, sendo um foco de atração e promoção de muitas atividades que atuam no nosso concelho, funcionando como um pretexto para múltiplas manifestações culturais, desde o artesanato à música ou outras formas de expressão.
Ermesinde é rico nestas manifestações culturais, não podendo deixar em claro uma Associação - a Associação Académica e Cultural de Ermesinde - que muito tem contribuído para este desenvolvimento, que toca todas as classes etárias, num processo virtuoso de aprendizagem e criação.
Desta vez, foi o grupo Voz Ligeira que, no passado dia 2 de julho fez uma apresentação intitulada Festa de Verão que, para além do seu reportório de músicas ligeiras, integra também um instrumental acústico, abrindo desta forma uma maior variedade de interpretações. A sala da Junta de Freguesia foi pequena para tanta gente que fez questão de assistir à primeira apresentação principal deste jovem grupo e de um grupo convidado de música tradicional, oriundo de terras do Douro, mais propriamente da Régua.
A critica foi unânime reconhecendo a alegria contagiante que aqueles grupos proporcionaram a um público comprometido e envolvido num espetáculo único e memorável.
O papel da Cultura como elemento pedagógico e de desenvolvimento social de uma comunidade nunca é por demais promover, para além do intercâmbio de experiências e a ocupação da sociedade em processos de enriquecimento interior e de formação da própria identidade. Esta é indubitavelmente uma alternativa ao novo estilo de vida que os centros comerciais ou as grandes superfícies promovem com o consumismo, a comida de plástico e estilos de vida artificiais.
Por:
José Quintanilha
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