Nos primórdios da fotografia
Continuamos hoje a conversa sobre a fotografia, como prometido.
A ideia de a trazer a toda a parte apareceu cedo entre a comunidade dos fotógrafos. Em meados do século XIX começaram a usar-se laboratórios portáteis. Fechados, podiam levar-se facilmente para qualquer lugar, transportando consigo as emulsões, devidamente acondicionadas e os instrumentos necessários.
São dessa altura algumas histórias curiosas, como as experiências sofridas pelos fotógrafos em deslocação por paragens exóticas, quando, para sua surpresa, as emulsões não respondiam da forma que eles esperavam. Isso aconteceu com o paisagista inglês Francis Frith que preparando-se para fazer fotografias, no Egipto, reparou que o colódio, preparação à base de éter, sob as altas temperaturas verificadas, começava a ferver.
No extremo oposto, outros pioneiros como o também inglês Samuel Bourne, nos Himalaias, tinha dificuldade em encontrar a água necessária para o tratamento das placas, precisando de fazer fundir a neve, depois de ter carregado até ao cimo com a sua máquina-laboratório bem pesada.
Elementos recolhidos em “L’Appareil Photo” – Les Premiers Appareils Photographiques, AB Nordbook, 1978.
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