SECÇÃO: Desporto

«O nome de Ermesinde já começa a ser falado internacionalmente...»

Após a cerimónia de entrega dos troféus, “A Voz de Ermesinde” ouviu algumas personalidades que marcaram presença nesta 4ª edição do “Cidade de Ermesinde”.

O presidente do CPN, Raúl Santos, era um homem feliz pela forma como tudo havia decorrido: «Estamos todos de parabéns, o torneio foi mais uma vez um sucesso, quer a nível desportivo, quer a nível de organização. Atingimos claramente os objectivos a que nos propusemos antes de começar esta prova, ou seja, em primeiro lugar divulgar a modalidade em Ermesinde, quer junto da comunidade, quer junto dos atletas dos vários escalões do polo aquático do CPN, que vêem neste tipo de competições um estímulo para atingir patamares mais elevados nas suas carreiras desportivas. O outro objectivo que foi concretizado foi o facto de termos conseguido levar o nome da nossa cidade além fronteiras. Hoje em dia, o nome de Ermesinde já começa a ser muito falado a nível internacional, precisamente pela realização deste torneio, que conta com a participação de algumas das melhores equipas europeias. De maneira que, gostaria de agradecer publicamente à FPN pela confiança que tem depositado em nós para organizar esta prova. Queria igualmente agradecer à CMV pelo apoio que nos deu para trazermos, mais um ano, até à nossa cidade, este importante e prestigiado evento. Espero que esta ajuda continue a ser dada nos próximos anos, pois é sinal que o Torneio “Cidade de Ermesinde” continua a ser uma realidade».

Não menos feliz estava também Paulo Ramos, vice--presidente da FPN, que sublinhou que a cidade de Ermesinde foi palco de uma prova bastante interessante, com jogos extremamente competitivos e onde se pôde visionar polo aquático de elevada qualidade.

O dirigente federativo ressalvou igualmente o facto deste torneio ter servido como uma importante motivação para a equipa nacional, uma vez que Ermesinde foi o ponto de partida de um projecto que visa levar a Selecção a alcançar outras vitórias no polo aquático internacional. Ainda sobre o torneio, Paulo Ramos frisou que é do total interesse da FPN manter esta prova em Ermesinde e, quem sabe, se em próximas edições não fará parte do calendário oficial da LEN. Uma situação que o vice-presidente da Federação vai colocar junto da entidade máxima do polo aquático europeu, sendo que o único senão para realizar esse objectivo prende-se com o facto da piscina do CPN apenas ter 25 metros de comprimento, enquanto que as provas efectuadas a nível internacional são realizadas em piscinas de 30 metros.

No entanto, a FPN vai fazer de tudo para que esse obstáculo não impeça Ermesinde de no futuro acolher uma prova oficial da LEN.

Quem também marcou presença na piscina do CPN foi o antigo seleccionador nacional, Nuno Lobo, que destacou como facto positivo a forma excelente como o torneio foi organizado.

Pela negativa, o ex-seleccionador aponto o baixo nível competitivo apresentado por algumas equipas. «A Dinamarca não é nada do que mostrou aqui durante estes três dias. Normalmente é uma equipa muito poderosa, muito melhor que Portugal, mas neste torneio optou por jogar com os juvenis, que não tiveram hipóteses contra atletas de nível sénior, acabando por ser goleados em todos os jogos. Os bascos, por sua vez, também não trouxeram a esta prova os seus melhores jogadores, a equipa era composta por um misto de titulares e de reservas. Já os suíços, penso que se apresentaram na sua máxima força, com a sua equipa principal, e acabaram por ser um bom teste para Portugal. Selecção Nacional que no geral esteve bem, acho que o seleccionador que me sucedeu, o húngaro Lajos Lorincz, está a fazer um bom trabalho, e certamente que vai obter resultados bastante positivos no futuro.

Em relação aos atletas internacionais do CPN presentes na prova, acho que o Rui Coelho esteve muitíssimo bem, tendo sido aliás umas das grandes revelações do torneio. Quanto ao Jorge Coelho, não teve oportunidades para mostrar o seu real valor, uma vez que jogou pouco tempo». Por: MB