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Edição de 30-04-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Local


Mais acidentes e atropelamentos num mês onde o apagão ibérico não causou alarmismo a nível local

Foto ARQUIVO
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Mais acidentes rodoviários e mais atropelamentos, são dados a retirar da retrospetiva mensal da atividade operacional dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE) ao longo do último mês. De forma mais precisa, no período temporal entre os dias 27 de março e 26 de abril, e ao nível de acidentes rodoviários, registaram-se 14 serviços, mais 7 do que no mês anterior; ao passo que no que diz respeito a atropelamentos os bombeiros tiveram quatro serviços, enquanto que no mês anterior tinham tido apenas um. Os serviços de emergência médica pré-hospitalar continua a ser de longe a maior fatia de serviços dos BVE, sendo que no período temporal a que fazemos referência registaram-se 621 serviços. A atividade operacional do último mês reporta ainda 7 incêndios estruturais, 2 incêndios em transportes, 2 incêndios em detritos, 1 incêndio rural, e 1 acidente aéreo. Registaram-se ainda 8 aberturas de porta com vítimas. Os BVE tiveram também 45 atividades de proteção civil, percorreram um total de 28.263 km, efetuaram 1870 horas de serviço operacional e 2720 horas de piquete.

A reta final deste mês fica marcada pelo apagão ibérico que no dia 28 de abril deixou sem eletricidade Portugal e a vizinha Espanha durante um longo período. Esta situação foi abordada pelo comandante dos BVE, Emanuel Santos, no decorrer desta nossa retrospetiva operacional. Na voz do comandante esta situação fez-nos aprender alguma coisa, desde logo que olhássemos mais para o “nós” e não apenas para o “eu”. Ou seja, fez realçar o lado mais social do ser humano, pois vimos pais com tempo para brincar com os filhos ao ar livre sem estarem agarrados a telemóveis ou televisões, pessoas nos passeios a conversar, mas de igual forma colocou vizinhos a falarem uns com os outros, a passarem informações sobre a ocorrência entre eles. O apagão não teve só este lado positivo na voz do comandante, já que a situação colocou em evidência a vulnerabilidade e fragilidade da nossa sociedade, isto é, vivemos na era digital, mas notou-se que sem internet ou sem telemóveis não sabemos muito bem quase como comunicar entre nós, já que também a vertente das comunicações foi afetada. «Esta situação acabou por mostrar que nós não estamos assim tão preparados para a era digital como parece. Nós estamos agarrados ao digital, mas se alguma coisa quebrar nós não sabemos nada, quase não sabemos viver, porque não sabemos comunicar», opinou o comandante.

A nível local houve, porém, um pormenor que importa realçar: as pessoas puderam confiar nos bombeiros da nossa cidade. Emanuel Santos deu nota de que os BVE conseguiram manter as comunicações a funcionar, conseguiram dar resposta às solicitações que lhes chegaram, fossem situações de socorro “normais” ou situações de pessoas que ficaram presas em elevadores devido ao corte geral de energia. «Ou seja, a parte operacional associada à parte social dos BVE, isto é, apoiar as pessoas que aqui vinham pedir alguma ajuda, correu tudo bem», frisou o comandante. Destacou ainda a atitude da parte a Câmara Municipal de Valongo em não encerrar as escolas no referido dia do apagão, contrariamente ao que fizeram outras autarquias vizinhas. «A nossa câmara tomou a atitude correta em manter as crianças nas escolas, pois elas estavam num local seguro, tinham alimentação, estavam acompanhadas. Penso que não havia necessidade de fechar as escolas e dessa forma criar um ambiente de alarmismo. A proteção civil a nível de bombeiros e das forças de segurança conseguiu articular-se bem, cumprimos as nossas missões. Felizmente nós não tivemos situações de grande relevo no nosso município, e o que foi feito conseguiu ser feito de uma forma correta. Não houve grande alarmismo. A população também colaborou, não entrou em alarmismos, nem em pânicos, aguentou-se. Acho que só temos de louvar a atitude da nossa população e que se mantenha sempre assim, calma, cooperante, e tentar estar atenta aos vizinhos, em falar com eles», concluiu o comandante Emanuel Santos.

Por: MB

 

 

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