SECÇÃO: Educação

Aluna ermesindense integra equipa finalista do concurso nacional CanSat

Em jeito de explicação, diga-se que o CanSat é uma competição pedagógica que desafia estudantes a construir um microsatélite do tamanho de uma lata de refrigerante, projetado para ser lançado até mil metros de altura. Durante a descida, o satélite deve medir diversos parâmetros atmosféricos, como pressão, temperatura e altitude, cumprindo missões científicas e tecnológicas.

A equipa Xanthoria, composta pelos seis referidos estudantes do Colégio Ribadouro, aceitou o desafio proposto pela professora Paula Costa para desenvolver e lançar este satélite. Inspirados pela curiosidade científica e pelas políticas ecológicas da Cidade do Porto, os estudantes decidiram investigar a capacidade de fotoproteção dos líquenes — organismos simbióticos formados por fungos e algas — com o apoio da Universidade do Porto.

O objetivo passa por explorar soluções sustentáveis para mitigar os impactos dos detritos espaciais, contribuindo assim para um setor aeroespacial mais verde.

Ao longo do projeto, os jovens desenvolvem competências essenciais para o futuro, como cooperação, determinação e inteligência emocional. Além disso, aprendem na prática programação, modelagem 3D, eletrónica, marketing e propaganda, ferramentas fundamentais para atingir o seu objetivo.

O empenho e o profissionalismo destes jovens descobridores é verdadeiramente inspirador. Após três meses de dedicação, tiveram de apresentar a sua missão através de um vídeo e de um relatório detalhado. Entre as 42 equipas de todo o país, a Xanthoria foi uma das 15 finalistas que competirá entre os dias 1 e 4 de maio, na ilha de Santa Maria, Açores.

No entanto, como destacou a gestora do projeto, Maria Teresa Martins, «receber a notícia da aprovação para a final foi incrível, mas é agora que o verdadeiro trabalho começa. Estamos ansiosos por representar o Porto da melhor maneira possível e inspirar outros jovens a ultrapassar os seus limites».