Agrupamento de Escolas de Ermesinde organiza a 3.ª Mostra do Ensino Profissional
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Fotos MIGUEL BARROS |
O Agrupamento de Escolas de Ermesinde organizou no passado dia 21 de março a 3.ª Mostra do Ensino Profissional (AEE). Ao longo de todo o dia, na escola sede do agrupamento, isto é a Escola Secundária de Ermesinde (ESE), foi possível ver na prática a essência de cada um dos quatros cursos profissionais disponibilizados naquele estabelecimento de ensino. Toda a comunidade educativa, quer desta, quer de outras escolas vizinhas, puderam ver in loco não só o conhecimento adquirido pelos alunos destes cursos, mas também, e sobretudo, a importância da formação profissional na atualidade.
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O nosso jornal trocou algumas palavras com coordenadores, professores e alunos que deram vida a uma mostra que, nas palavras do coordenador do Ensino Profissional do AEE, Sandro Castro, tem crescido de edição para edição. A prova disso é que há alunos que no passado recente se inscreveram nos cursos profissionais da ESE porque estiveram em edições passadas e gostaram do que viram, como nos deu nota o coordenador. Inclusive, na edição deste ano marcaram presença alunos de agrupamentos vizinhos, entre eles o Agrupamento de Escolas de S. Lourenço, bem como de escolas de Valongo. Este é no fundo um dos objetivos da mostra, dar a conhecer não só aos alunos do AEE como de outros agrupamentos em volta a oferta formativa que ali existe no ensino profissional, tentar cativá-los e dar-lhes a conhecer as saídas profissionais desses cursos, conforme explicou Sandro Castro. Em termos precisos, a mostra é direcionada mais para os alunos do 9.ºano, pois esta é uma altura do ano letivo em que estes fazem as suas opções, ou seja, ou prosseguem os estudos pela via do ensino secundário, ou optam pelo ensino profissional, como explicou a professora Júlia Silva, a coordenadora do EQAVET do AEE. Explique-se que o EQAVET é o sistema de qualidade do ensino profissional, é digamos que um selo de qualidade, sendo que qualquer escola a nível nacional que pretenda abrir um curso profissional tem de ter este selo que garanta à comunidade educativa essa mesma qualidade ao nível do ensino profissional. «A sociedade civil ainda tem algum preconceito em relação ao ensino profissional, e daí este selo que garante a qualidade desta via ensino», como explica a professora Júlia Silva. Esta docente diz-nos ainda que apesar deste preconceito social o que se tem notado quer a nível profissional, quer na própria comunidade da ESE, é que cada vez mais são os alunos que procuram a via profissionalizante do ensino. «O que cada vez mais estamos a ver é que há um excesso de formação ao nível de ensino superior e há cada vez menos técnicos. E o que constatamos é que a sociedade hoje em dia precisa mais de técnicos do que licenciados, seja de que área for», diz a coordenadora. Dá nota ainda que o Ministério da Educação criou nos institutos politécnicos do ensino superior vagas exclusivas para os alunos provenientes do ensino profissional. Ou seja, os alunos desta via de ensino que queriam prosseguir estudos no ensino superior, não precisam de fazer os exames tradicionais que os alunos do ensino secundário realizam para tentar aceder às universidades. Somente, fazem um exame de acordo com os programas dados no ensino profissional e têm garantida a entrada direta para os institutos politécnicos. Por outras palavras, o ensino profissional pode levar um aluno para o ensino superior pela via técnica.
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Júlia Silva explica igualmente que o ensino profissional privilegia todos os alunos, e quando dizemos todos aludimos a todos os estudantes, inclusive os do ensino especial. Pois dada a característica do ensino profissional ser mais prático e modelar, permite que alunos do ensino especial, por exemplo, desenvolvam melhor as suas capacidades, que eventualmente não iriam conseguir desenvolver pela vertente mais teórica do ensino.
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Como já referimos no início, a oferta formativa profissional da ESE assenta em quatro cursos: Curso Profissional Técnico/a de Eletrónica Médica, Curso Profissional Técnico/a de Design de Comunicação Gráfica, Curso Profissional Técnico/a de Gestão de Equipamentos Informáticos, e Curso Profissional Técnico/a de Ação Educativa. Sobre este último curso, a professora Ana Maria, coordenadora do mesmo, explicou-nos que esta é uma formação que capacita os alunos a trabalharem em escolas do 1.º ciclo, jardins de infância, ou ATL’s, no sentido de apoiarem o trabalho de educadores em contextos escolares e não escolares, contribuindo para o desenvolvimento de crianças e jovens. Em termos práticos, os alunos desta formação aprendem conceitos que vão desde a ética e a deontologia da profissão até à parte da higiene, alimentação, jogos lúdicos e didáticos, etc. Leonor e Iara são duas dos 57 alunos – repartidos pelos três anos do curso – que frequentam a formação. «É um curso divertido e muito prático, em que interagimos bastante com as crianças, proporcionando-lhes um bom ambiente», foram alguns dos argumentos que estas jovens nos deram para justificar a adesão a esta formação.
Glória Neiva é a coordenadora do Curso Profissional Técnico/a de Design de Comunicação Gráfica, uma formação que neste momento nos três anos de escolaridade (10.º 11.º e 12.º ano) conta com cerca de 80 alunos. Este curso desenvolve competências em design, ilustração e produção gráfica. É uma formação com
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Por:
Miguel Barros
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