CORREIO DO LEITOR
Profanação de lugar santo?
 |
Resolveram as edilidades municipais, muito recentemente, introduzir alterações nas entradas do cemitério nº1 (apenas o que conheço): Retirar a placa de proibição da entrada com cães no referido cemitério e autorizar assim os visitantes a fazerem-se acompanhar com o seu cão. Estranha ideia, bizarra e revoltante. Nada contra os animais, mas pelas sequelas e consequências adjacentes colaterais talvez fosse uma ideia a estudar. Todas as pessoas com um mínimo de bom senso conhecem que estes animais são imprevisíveis nos momentos de se aliviarem das fezes e urina. Tal como qualquer cidadão, mesmo os menos atentos, pode comprovar a imundície que reina nesta cidade, imundície provocada pelos animais que os donos incivilizados passeiam e exibem, deixando os animais conspurcar tudo o que são passeios públicos, muros residenciais, portas e portões, equipamentos públicos (em especial as bases do poste de iluminação pública), relva dos parques e jardins, etc. Com a agravante de muita desta gentinha já ter os seus animais treinados para se aliviarem nos locais certos. Não acredita? Esteja atento. Deixo algumas dicas: jardim da igreja, ajardinamento circundante do Cemitério nº1, parque urbano. Pela amostra, como é que as edilidades tiveram tão luminosa ideia da entrada dos canídeos num local que sempre me ensinaram desde os bisavós a ser um campo santo? Estes seres inteligentes e bem formados como é que garantem que o animal não defeca, mesmo que os donos limpem? Mas pior, urinam de surpresa, que pode até ou não atingir as campas periféricas. Talvez? Se os donos trouxerem um penico de emergência, poderiam evitar a conspurcação do campo onde repousam os nossos entes queridos recentes ou de longa data. Haja vergonha e respeito pelos falecidos, familiares e amigos que ali têm o seu repouso espiritual.
Nota pessoal: os animais são os primeiros a não ter culpa, nem tão pouco os donos civilizados que nem os animais deixam pisar os relvados e atempadamente apanharem os dejetos. Já as urinas, o mínimo é não os deixam conspurcar propriedade alheia.
Alguém me contou este episódio. O dono de canídeo, que ao passear este leva sempre um frasquito de desinfetante, logo que o animal se alivia limpa e desinfeta o local da urina ou dejetos com um pincel. Isto é real e cívico. É uma enorme lição para a nossa comunidade municipal.
João Dias Carrilho - C.C. 45 45 02
|