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Edição de 31-01-2025
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    Arquivo: Edição de 31-10-2024

    SECÇÃO: História


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    Os Ermesindenses que contribuíram, para a construção da “Rua Nova” na cidade do Porto no tempo de D. João I (1395)

    Como vamos verificar, S. Lourenço de Asmes (hoje, Ermesinde), já existe integrado nas Terras da Maia, pleno de direitos muito antes da atribuição do foral por D. Manuel I, em 15 de dezembro de 1519.

    O BURGO E O SEU TEMPO

    O burgo do Porto foi, durante muitos anos, mais propriamente do início do Condado Portucalense posse do Bispo do Porto, pois foi doado por D. Teresa ao bispo D. Hugo, pelo ano de 1120.

    A RUA NOVA NO SÉCULO XIX
    A RUA NOVA NO SÉCULO XIX
    A cidade foi crescendo até atingir a importância significativa, as lutas regulares, entre os que pretendiam autonomia do governo da cidade contra os Bispos, que se tinham feito sentir por várias vezes, pois estes detinham a jurisdição sobre a cidade, vinham do desejo de emancipação de uma autoridade sentida como um entrave ao seu natural crescimento. As populações vizinhas seriam atraídas por essa prosperidade e permitiriam um aumento da população, foi construída uma nova cerca no séc. XIV começando no reinado de D. Afonso IV e sendo terminada no reinado de D. Fernando. Mesmo a tempo da guerra com Castela.

    Depois de muitos anos de controvérsia entre a igreja e os cidadãos do burgo, pela imposição de regras e limites ao seu crescimento, “… sendo bispo do Porto D. Fernando Ramires, os burgueses elevaram a sua voz até el-Rei, queixando-se de agravos de que tinham sido vítimas por parte do bispo e do cabido. E D. Dinis ouviu-os, sentenciando-a a seu favor por carta de 13 de maio de 1316.”, transcrição de um extrato do livro “História da Cidade do Porto” de Damião Peres, Portucalense Editora.

    Tomando o partido do Mestre de Avis, o Porto forneceu barcos e dinheiro para a causa nacional na luta contra o invasor, D. João I iria reconhecer esse apoio recompensando a ajuda dada com o alargamento do termo do concelho. O burgo iria sofrer grandes alterações após as estadias de D. João I, uma das quais para celebrar o seu casamento que foi realizado na cidade, a qual, se apresentou em festa para receber os monarcas. O Infante D. Henrique nasceu no Porto em 1394 e foi batizado na Sé. Pouco tempo depois da sua terceira e muito longa estadia, em 1394 (já tínhamos referido as estadias do rei D. João I noutras crónicas já publicadas), o monarca deu início à construção da Rua Nova nos terrenos que alguns investigadores consideram “subtraídos à jurisdição Episcopal”. Para além de querer retribuir à cidade do Porto o quanto ela fez e apoiou para que o Mestre de Avis chegasse onde chegou, o monarca pretendia construir na zona uma rua que fosse digna de ser designada como património régio e que fosse palco de uma crescente vivacidade e atividade que se fazia notar, portanto, seria uma rua larga, comprida e arejada.

    PAINÉIS DE AZULEJOS NA ESTAÇÃO DE S. BENTO, DA FESTA DADA PELOS PORTUENSES AO REI D. JOÃO I PELO SEU CASAMENTO
    PAINÉIS DE AZULEJOS NA ESTAÇÃO DE S. BENTO, DA FESTA DADA PELOS PORTUENSES AO REI D. JOÃO I PELO SEU CASAMENTO
    Foi construída entre 1395 e 1405, por iniciativa de D. João I, para enobrecimento da cidade a que o rei muito queria e relativamente perto do local onde, segundo antiga tradição, nasceria seu filho, o infante D. Henrique. “Rua Formosa” foi o nome que aquele monarca deu à rua que mandou rasgar: ” …a minha rua Formosa “, como carinhosamente o rei se referia à nova artéria que era “toda d’el Rei” – como referem documentos daquele tempo.

    Começava, como ainda hoje, junto à entrada da rua dos Mercadores e terminava à sombra do imponente edifício do mosteiro de S. Francisco de que apenas resta a igreja. No sítio onde esteve o convento está agora o Palácio da Bolsa, sede da prestigiada Associação Comercial do Porto. Quando ficou completamente urbanizada a nova artéria tomou o nome de rua Nova, que pertencia a uma outra que ficava nas imediações da Sé e à qual deram o nome de rua Escura.

    Com o desenvolvimento comercial, que existia na cidade, com todos os portos do norte da Europa, esta oferecia já um movimento acentuado de pessoas e mercadorias, nesta altura existiam já colónias de mercadores de várias regiões, principalmente ingleses.

    Por estas razões viu a sua área aumentar

    (...)

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    Por: Carlos Marques

     

     

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