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Edição de 30-09-2024
Jornal Online

SECÇÃO: Local


Reabertura da Linha de Leixões a passageiros não contempla ligação a Ermesinde: o ponto da situação

Foto ARQUIVO
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O anúncio de que a Linha de Leixões iria ser reaberta a passageiros até final de 2024 surgiu em finais do primeiro trimestre do corrente ano, sendo que de lá para cá veio igualmente a público, em finais de julho último, que a Infra-Estruturas de Portugal (IP) anunciava que as obras para reabrir a linha teriam início em agosto. Obras essas que passavam pela construção de plataformas provisórias nos dois novos apeadeiros, mais concretamente no Hospital de São João e na Arroteia, dois locais onde nunca existiu paragem de comboio; bem como dotar as restantes estações e apeadeiros da linha de sinalética, abrigos, mobiliário urbano, iluminação e expositores para informação ao público. Segundo ainda a IP, as obras deveriam estar concluídas até ao próximo mês de dezembro. Recorde-se que a Linha de Leixões se encontra encerrada a passageiros desde 2011 – após ter sido reaberta em 2009, mas encerrada dois anos volvidos por falta de procura –, sendo que de lá para cá tem sido utilizada para transporte de mercadorias. No entanto, e para descontentamento da comunidade ermesindense, a reabertura da linha a passageiros não contempla uma ligação a Ermesinde. Isto é, no total a linha terá seis estações, nomeadamente, Contumil, Sangemil, Hospital de S. João, S. Mamede de Infesta, Arroteia, e Leça do Balio. Ora, sendo esta uma linha tão importante para a nossa cidade, não apenas sob o ponto de vista histórico – pois é aqui que ela começa em direção ao mar –, mas também, e sobretudo, porque uma ligação da linha à nossa cidade iria permitir a largas centenas de nossos concidadãos que diariamente utilizam o autocarro para se deslocar para o Hospital de S. João, por exemplo, terem mais uma opção de transporte para aquele centro hospitalar. Até porque, e segundo uma reportagem do Jornal de Notícias de 22 de agosto passado, a nova estação do Hospital de S. João ficará localizada a 350 metros deste centro hospitalar.

Nesse sentido, em meados deste mês de setembro questionámos precisamente a IP sobre a razão de Ermesinde ter ficado de fora, por assim dizer, da reabertura da linha, e se haveria algum plano para que no futuro a linha pudesse abranger a nossa cidade.

Na resposta ao nosso contacto, a IP começaria por recordar aquilo que publicamente já é conhecido, isto é, que em conjunto, o Município de Matosinhos e a CP, «celebraram um protocolo de colaboração para a concretização da primeira fase da reativação do serviço comercial de passageiros nesta linha, entre Porto-Campanhã e Leça do Balio, com criação de duas novas paragens (Hospital de São João e Arroteia) para além das existentes: Contumil, Sangemil e São Mamede de Infesta». A empresa pública voltou ainda a explicar que está prevista uma segunda fase «que contemplará os estudos necessários para a concretização do prolongamento do serviço de passageiros até à zona de Leixões/Senhor de Matosinhos, conforme preconizado no PNI 2030, sendo estes estudos objeto de novo protocolo que será celebrado entre a IP, CP, Área Metropolitana do Porto e todos os municípios interessados». Ao que dá a entender, não está assim clara a contemplação de uma ligação a Ermesinde, sendo que a IP apenas refere que o acesso à Linha de Leixões a partir da nossa cidade «será possível através de transbordo na estação de Contumil».

A reabertura da linha com ligação a Ermesinde não é apenas um desejo antigo da nossa comunidade, mas de igual modo um tema recorrente na agenda política de autarcas da freguesia e do concelho. Nesse sentido, também contactámos a Câmara de Valongo para se pronunciar sobre o facto de a nossa cidade não fazer parte das “contas” da reabertura da linha. A autarquia começaria por lembrar que esta decisão da CP da reabertura da Linha de Leixões a passageiros não era nova, e que tinha sido precisamente em Ermesinde, na conferência do EntreLinhas, que a CP tornou pública a intensão de reabrir a Linha de Leixões aos passageiros. A autarquia acrescenta que então «obviamente, não ficámos satisfeitos com a reabertura parcial de um dos ramais e, logo nesse momento, manifestámos a nossa preocupação e demonstrámos a importância da ligação ao ramal de Ermesinde. Lamentamos que a CP não tenha, nesta fase, tomado a decisão de reabrir o ramal que liga a Ermesinde». Questionada sobre quais as diligências que tem feito no sentido de reverter este cenário, a Câmara recorda que

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