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Edição de 30-09-2024
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    Arquivo: Edição de 25-06-2024

    SECÇÃO: Local


    NOTÍCIAS DA AGORÁRTE/UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE

    Visita cultural ao Alto Minho

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    No âmbito da disciplina de História Contemporânea da USE, lecionada pelo Dr. Manuel Dias, e em jeito de viagem de fim de ano, houve visita cultural no dia 13 de junho, à região mais setentrional de Portugal, concretamente aos municípios de Melgaço e de Monção que são vilas raianas (e, por isso mesmo, tiveram envolvimento direto nos momentos cruciais da História de Portugal), visitando 3 museus e um palácio.

    O Museu do Cinema Jean-Loup Passek (1936-2016), 1.º espaço visitado, alberga a preciosa coleção do famoso cineasta. Este museu foi alojado no edifício da antiga guarda-fiscal, adquirido por Passek e por si doado ao Município que aí instalou este excelente espaço museológico. O outro Museu, “Espaço, Memória e Fronteira”, inaugurado em 2007, ocupa o edifício onde funcionou o antigo matadouro municipal, e o seu espólio é dedicado à preservação da história recente do concelho, relacionada com o contrabando e a emigração.

    Já em Monção, e depois de saboreada ao almoço a especialidade local, o “Naco grelhado no Pote”, estivemos no Museu Alvarinho, com prova do conhecido néctar regional, seguindo para a visita ao grandioso Palácio da Brejoeira, após a qual, se fez o regresso a casa. Localizado na Casa do Curro, inaugurado em 2015, dá a conhecer o “Berço do Alvarinho”, o seu território e as suas gentes. Trata-se de um vinho verde único, que divulga a marca da Sub-região de Monção e Melgaço, através da mostra do património construído, deste produto de elevada qualidade. O Palácio da Brejoeira, monumento nacional desde 1910, é um edifício do início do séc. XIX, em estilo Barroco e Neoclássico, com 30 hectares de área total. A casa integra-se numa quinta senhorial murada, composto por 18ha de vinha, oito de bosque e três de jardim e edifício. Palácio sumptuoso, autêntico ex-libris da região, representa o auge das moradias fidalgas portuguesas. Acredita-se que parte da casa-mãe dos morgados da Brejoeira, fosse formada por terras alagadiças (o nome “Brejo” significa matagal ou terras pantanosas), e daí o nome de Brejoeira dado à antiga Quinta do Vale da Rosa, propriedade de Luís Pereira Velho de Moscoso (1767-1837). O Palácio foi local de encontros e de festas palacianas, desde 1903, e a sua sumptuosidade era exemplo do modo de vida da burguesia rural portuguesa da época. Trata-se, efetivamente, como o grupo da USE pôde constatar nesta visita guiada, de um conjunto notável - palácio, bosque, jardins e vinhas cultivadas com esmero, desde 1964, da casta Alvarinho, que D. Hermínia Paes e o seu companheiro, transformaram num dos emblemáticos vinhos da Sub-Região de Monção. Uma adega moderna produz este vinho de qualidade, denominado PALÁCIO DA BREJOEIRA, desde 1976, e também as famosas aguardentes vínica e bagaceira, com o mesmo nome.

    Em suma, nesta visita ficaram a conhecer-se melhor espaços e instituições de elevado interesse cultural, associados à história desta região e do país, muito significativos para as gentes nortenhas, dos tempos do início do séc. XX.

    Joaquim Almeida

     

     

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