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Edição de 30-09-2024
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    Arquivo: Edição de 25-06-2024

    SECÇÃO: Destaque


    Bombeiros ermesindenses celebram 103 anos de vida

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (AHBVE) completou neste mês junho mais um ano de vida. Já são 103 os anos que os bombeiros da nossa terra levam, uma data que à semelhança de anos anteriores foi assinalada com um conjunto de apontamentos distribuídos pelos dias 31 de maio, 1 e 8 de junho últimos. Nestes três dias de festa repetiu-se um pouco o cerimonial habitual, sendo, talvez, somente de realçar o facto de este ano a sessão solene ter acontecido em Alfena, contrariamente ao que é habitual, em que o salão nobre do quartel dos bombeiros é o cenário para a receção aos convidados. Ora, pela primeira vez desde que Jorge Videira é o presidente da direção da AHBVE a sessão solene decorreu fora do seu local habitual, tendo a receção às entidades convidadas acontecido no Polo II do Centro Social e Paroquial de Alfena, no dia 1 de junho. Presentes, e além dos corpos sociais dos bombeiros ermesindenses, de elementos afetos ao comando, e de muitos “soldados da paz”, naturalmente, figurou o presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), José Manuel Ribeiro; bem como os presidentes das Juntas de Freguesia de Ermesinde e de Alfena, respetivamente, Miguel de Oliveira e Luís Miguel Caetano. O presidente do Conselho Fiscal da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Luís Elias; e o comandante Regional Operacional de Bombeiros do Norte, José Luís Morais, também se encontravam entre as entidades convidadas.

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    Luís Elias que, aliás, proporcionou um dos momentos mais marcantes desta sessão, quando condecorou o padre Manuel Fernando (pároco de Alfena) com uma medalha atribuída pela LBP como reconhecimento e agradecimento pelo trabalho que o sacerdote desenvolveu no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude, as quais decorreram no verão passado no nosso país. E já que falamos em condecorações há a sublinhar de igual forma a entrega de medalhas de assiduidade por parte da AHBVE a 40 dos seus bombeiros, que se encontram ao serviço do corpo ativo há 5, 10, 15, 20, 25 e 30 anos. Ainda no capítulo das condecorações, registou-se a entrega de 17 medalhas de agradecimento a bombeiros, bem como a atribuição de dois Crachás de Ouro (a bombeiros com 35 ou mais anos de efetividade), tendo sido distinguidos com este último galardão o Segundo Comandante, Francisco Pereira; e o Chefe João Paulo Barbosa Ferreira.

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    Chegada a hora dos discursos, o presidente da autarquia valonguense além de ter parabenizado a associação humanitária aniversariante, vincou que iria propor em sede de executivo um aumento no apoio monetário que a CMV atribuí às duas corporações do concelho. De entre os restantes discursos da sessão saliente-se o do presidente da direção da AHBVE, que começaria por deixar um reconhecimento e apreço a todos o(a)s bombeiro(a)s que ao longo destes 103 anos serviram – ou servem – a associação, bem como os parabéns a todos os bombeiros e bombeiras que naquele dia receberam as medalhas de assiduidade pelo tempo de serviço prestado. «Não se está a dar nada a ninguém, apenas o justo reconhecimento pelo cumprimento da honrosa missão que cada um de vós sabe interpretar e cumprir enquanto bombeiro. Ao longo de 10 anos, tantos quantos tenho enquanto bombeiro sem farda, tenho refletido inúmeras vezes para pensar os bombeiros. Homens e Mulheres, ambos com letra grande, servem a causa pública com risco da própria vida e sem direito a nada. Mesmo nada!», sublinhou Jorge Videira. E pegando nestas palavras, voltou a pegar num tema que tantas vezes tem abordado em cerimónias públicas ao longo dos últimos anos, ou seja, a inexistência do Estatuto do Bombeiro aos olhos do Estado. Nas palavras do dirigente, «o Estado, representado pelos sucessivos governos, torna os bombeiros e as associações que os suportam nos parentes pobres da Proteção Civil. A aquisição de viaturas, equipamentos, fardamentos, matérias-primas e outros, são suportados pelo orçamento das associações sem que o Estado comparticipe nessas despesas ou reduza os valores das taxas e impostos, tal como o IVA ou a TSU», lamentou Jorge Videira, que mais adiante deu alguns exemplos do esforço financeiro que é feito pelas associações humanitárias, entre outros, o pagamento do combustível e da energia ao preço das empresas ou de qualquer cidadão. «A Autoridade Nacional de Proteção Civil impõe deveres às associações a troco de uns míseros euros (sensivelmente 9.000 euros/mês), que mal chega para pagar o gasóleo de um mês. Impõe-nos os deveres, mas não concede o devido apoio às reais necessidades das associações. Se considerarmos o valor do nosso orçamento anual que é de 1.200.000 euros, suportamos mensalmente cerca de 91.000 euros. É obra!», sublinhou o presidente da direção que recordou ainda que perante este cenário a AHBVE vai subsistindo com os subsídios da CMV e das Juntas de Freguesia, das quotas dos associados, dos serviços prestados e… «mão estendida à caridade. É penoso, mas é real!».

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    Aproveitando a presença do representante da LBP, Jorge Videira endereçou um agradecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo executivo desta confederação no sentido de “bater o pé” ao Poder Central e em alguns avanços alcançados pela Liga no que respeita às comparticipações do Ministério da Saúde e, com menos significado, com a Autoridade de Proteção Civil. «Espero que o Executivo da Liga continue com a sua determinação no que respeita à melhoria na negociação das comparticipações financeiras para as associações, mas também no que respeita à melhoria das condições dos bombeiros e à aprovação de um estatuto digno para estes homens e mulheres», expressou Videira.

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    Aliás, no decorrer da sua intervenção, o presidente do Conselho Fiscal da LBP, Luís Elias, destacou precisamente o facto desta pretender continuar a batalha com o Estado para que seja efetivamente criado o Estatuto do Bombeiro.

    Mas voltando à intervenção de Jorge Videira, para destacar o facto de o dirigente também ter endereçado um agradecimento à CMV, na pessoa do seu presidente, José Manuel Ribeiro, por todo o apoio que este tem dado aos bombeiros, regozijando-se pelo novo aumento mensal que o autarca prometeu dar às corporações do concelho. Uma palavra de gratidão ainda dirigida aos bombeiros e bombeiras da corporação, «homens e mulheres de corpo inteiro», bem como às respetivas famílias, ao comando, aos associados, funcionários da associação, às várias entidades/organizações locais e concelhias, e aos órgãos sociais que o acompanharam ao longo destes últimos 10 anos numa caminhada que está próxima de chegar ao fim, tendo em conta que, e como frisou nesta sua intervenção, este será o último aniversário da AHBVE em que estaria presente na qualidade de presidente da direção, visto ser este o seu último mandato.

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    Voltando ao programa deste 103.º aniversário dos bombeiros ermesindenses, para dar conta de algum do restante cerimonial comemorativo, o qual teve como ponto alto esta sessão solene, como já vimos, mas que foi antecedido do tradicional hasteamento das bandeiras (junto ao quartel), da homenagem ao Bombeiro (na Rotunda do Bombeiro, em Ermesinde), da romagem aos cemitérios de Ermesinde, Águas Santas e de Alfena, do cortejo motorizado realizado de Ermesinde até Alfena, e da missa celebrada pelo pároco desta última cidade. Após a sessão solene decorreu no Polo II do Centro Social e Paroquial de Alfena um almoço com 160 convivas. Os festejos terminariam no dia 8, altura em que foram entregues os emblemas e diplomas a 92 associados com 50 anos de filiação na associação humanitária.

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