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Edição de 30-04-2025
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    SECÇÃO: Destaque


    50 ANOS DO 25 DE ABRIL

    25 de Abril - LIBERTAÇÃO

    MANUEL VALDREZ NO CLUBE LITERÁRIO PORTUENSE, NUM SARAU DE POESIA
    MANUEL VALDREZ NO CLUBE LITERÁRIO PORTUENSE, NUM SARAU DE POESIA
    Manuel Valdrez (fotojornalista d' A Voz de Ermesinde)

    Para mim o 25 de Abril foi o dia da liberdade há muito esperada, o dia mais importante da minha vida. Terminara o tormento.

    Em abril de 1974, estava eu na Guiné/Mansabá, no cumprimento do serviço militar, na Guerra Colonial. Já há muito tinha consciência do regime salazarento existente. Estive mesmo para desertar, por ter conhecimento da injustiça daquela guerra. A família foi decisiva para não o fazer.

    Quando se deu o 25 de Abril de 1974, em Mansabá, apercebemo-nos logo pela manhã, que algo importante estava a acontecer na “Metrópole”. A Emissora Nacional e a rádio Conakry - Guiné francesa, que ouvíamos à noite, às escondidas (conhecida pejorativamente por “Maria Turra”, jornalista portuguesa, de Braga, que difundia mensagens para a tropa (pisco)), divulgava música da resistência. Como estava a dizer, algo se passava, difundiam as rádios da “capital do império”. Movimentações militares, revolução? Essas notícias redundaram em imensa alegria para todos nós militares da sofrida companhia CART 3567. Íamos finalmente regressar à “Metrópole”. Chegámos a fazer um levantamento militar. Fomos a Mansoa – onde estava o comando do sector, para exigirmos o regresso a casa. Na Guiné, a comissão era de 18 meses, por ser duro o clima e intensa a guerra e nós já lá estávamos há 25 meses. Nas outras colónias eram 24 meses. A guerra, poucos dias passados, teve o seu fim. Regressámos ainda só passados 28 meses e meio, reduzidos quase a metade da companhia, entre mortos, feridos, e alguns estropiados.

    Desde jovem, 15, 16 anos, despertei para as injustiças deste país. Foi no conhecido “Portão dos Intelectuais”, como era denominado aquele recanto, pela gente que passava, onde se reuniam algumas dezenas de jovens, convivendo, tocando viola, declamando poesia, etc. Horas bem passadas à noite e aos fins-de-semana, a trinar viola (alguns a aprender) músicas de José Afonso, Adriano, Manuel Freire, Sérgio Godinho, Bob Dylan, Beatles, Janis Joplin, etc.

    Foi um local de aprendizagem, de “formação” política, que não esquecerei. Dali partíamos para as dezenas de serenatas que fazíamos às jovens de Ermesinde e arredores. Muitas vezes a polícia, a GNR, nos importunava, alegando que fazíamos barulho. Outras vezes tínhamos que fugir para não sermos incomodados pelas autoridades da época.

    Outro momento importante, já depois do 25 de Abril, em 75, foi a criação do Núcleo de Dinamização Cultural de Ermesinde, instalado numa casa cedida graciosamente pela Fernanda Lage, junto ao café Torres. Ali promovemos cursos de

    (...)

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