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Edição de 30-06-2025
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    Arquivo: Edição de 30-04-2024

    SECÇÃO: Destaque


    50 ANOS DO 25 DE ABRIL

    A Fita-do-Tempo da Revolução: As movimentações militares na Revolução dos Cravos

    Foto ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL
    Foto ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL
    José Campos Garcia (médico e colaborador do nosso jornal)

    Sabe que unidade militar afeta às movimentações do 25 de Abril iniciou primeiro as suas manobras? E a segunda?

    Sabe qual foi a primeira entidade ligada ao Governo que se apercebeu dessas movimentações? E o que fez e quem avisou?

    Sabe a que horas a PIDE-DGS soube das movimentações militares?

    Sabe porque é que Marcelo Caetano se refugiou o Quartel do Carmo, Comando Geral da GNR, e não no bunker do Comando da 1.ª Região Aérea em Monsanto, como mandava o procedimento em caso de crise político-militar grave? E quem o recebeu à porta do quartel?

    Sabe porque é que a fragata Almirante Gago Coutinho não abriu fogo sobre as tropas de Salgueiro Maia postadas no Terreiro do Paço, em Lisboa, apesar de ter recebido ordem nesse sentido por parte do Comando Naval?

    Sabe qual foi a atitude tomada pelo Coronel Gouveia Pessanha, comandante do Destacamento Territorial do Porto da GNR, ante as movimentações militares?

    Sabe porque é que não houve fogo de carro de combate ao Quartel do Carmo, em Lisboa, apesar da ordem ter sido dada?

    O autor desde texto tinha 18 anos quando se deu o 25 de Abril. Viveu aquele dia apaixonadamente e quis estudar a fundo a história das movimentações militares sob o ângulo estritamente militar. E decidiu escrever uma Fita-do-Tempo baseada exclusivamente em fontes bibliográficas seguras, nomeadamente os relatórios das diferentes Unidades intervenientes e o testemunho dos militares envolvidos. Deu a esse trabalho o título com que começa este texto.

    Por várias razões suspendeu o trabalho, mas assume perante os leitores d’ A Voz de Ermesinde e a Sociedade em geral o compromisso de o terminar até ao Verão do presente ano.

    Responde às questões com que começou o texto.

    A primeira unidade militar afeta às movimentações do 25 de Abril que iniciou as suas manobras foi o Regimento de Engenharia n.º 1, à Pontinha, onde seria instalado o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas, tendo-o feito às 17:30 horas do dia 24 de abril. A segunda unidade a iniciar as manobras foi o Batalhão de Caçadores 5, localizado em Campolide (Lisboa) cerca da 23:30 horas do dia 24 de abril. E iniciou muito cedo as suas manobras porque tinha como missão a conquista e ocupação do Quartel-general da Região Militar de Lisboa, que teria de ser ocupado e inativado antes que as outras unidades iniciassem elas próprias, as suas movimentações, missão essa programada para cerca das 03:30 horas do dia 25 de abril.

    A primeira entidade ligada ao Governo que se apercebeu destas movimentações, cerca das 02:00 horas de 25 de abril, foi a Guarda Nacional Republicana, através dos guardas da Penitenciária de Lisboa, no alto do Parque Eduardo VII, paredes meias com o Batalhão de Caçadores 5. Apercebeu-se “de movimentações suspeitas” no quartel e avisou, de imediato o comando da GNR. Este ordenou a entrada em Prevenção a todo o dispositivo, do norte ao sul do país, mas não avisou ninguém.

    A PIDE-DGS soube das movimentações militares cerca das 04:30 horas do dia 25 de abril, quando já vários objetivos militares haviam sido tomados e praticamente todo o dispositivo militar revolucionário se deslocava para as suas missões.

    Marcelo Caetano refugiou-se no Quartel do Carmo, Comando Geral da GNR, e não no bunker do Comando da 1ª Região Aérea, em Monsanto, como mandava o procedimento em caso de crise político-militar grave, por instrução da PIDE-DGS, justificando o facto pela dúvida “para que lado iria cair a Força Aérea. A GNR estava fixe”. E quem o recebeu à porta do quartel cerca das 06:00 horas de 25 de abril foi o seu comandante, Tenente-General Adriano Augusto Pires à paisana, não se tendo fardado durante toda a jornada. Mais tarde Marcelo Caetano diria que afinal se tinha refugiado numa ratoeira…

    A fragata Almirante Gago Coutinho passou em frente ao Terreiro do Paço cerca das 08:00 horas do dia 25 de abril, quando este espaço já estava ocupado pelas tropas da Escola Prática de Cavalaria comandadas pelo capitão Salgueiro Maia. A fragata integrava a força da NATO StaNavForlant em missão de soberania no Atlântico. E recebeu ordem do Comando Naval para abandonar a Força e abrir fogo sobre as tropas amotinadas. Era comandada pelo Comandante-de-Fragata

    (...)

    leia este testemunho na íntegra na edição impressa.

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