“Talvez estas fortes chuvas tragam vida nova, tanto à fauna como à flora”
Com a depressão Aline a fustigar a minha janela da sala sem qualquer cerimónia, vou juntando simples letras para formar palavras. Com o prolongar do verão e da antecipação de quase um mês da colheita das uvas, pensava eu que no “verão” de São Martinho as castanhas teriam outro refrão. “Castanhas frescas e boas”. Mas não. Tudo leva a crer que se manterá o ditado dos pregadores de “Castanhas quentes e boas”.
Algumas ruas desta cidade tornaram-se autênticas levadas, encaminhando as águas para algures até encontrarem caixas de saneamento desobstruídas. As depressões atmosféricas sucederão. Depois de alguma água começamos a ansiar pelo bom tempo. Os guarda-chuvas sobreviventes do inverno passado, passaram definitivamente para os ecopontos, com as varas partidas. Ganha a economia, perde o bolso de cada um. A economia de mercado a funcionar, valha-nos ao menos isso. Deixando a chuva lavar as estradas, lembrei-me do último trilho que fiz. Não, não foi as Serras do Porto. Como bom filho, fui percorrer o do vizinho. Andei pela serra da Freita.
Dista desta cidade cerca de 45 Km. Por ali andou o fogo há alguns anos. O arvoredo quase desapareceu, aqui e ali uns troncos resilientes, outros permanecem, mas já sem vida. No solo pobre, floresce o tojo, as urzes e carqueja. Nos pontos mais altos, florescem amontoados de rochas de xistos e graníticas. Junto de um desses afloramentos, no trilho, uma pequeníssima cobra com aspeto de uma víbora cornuda, lá seguiu o seu caminho. Mais à frente, junto de uma levada de água e a banhar-se ao sol uma adulta. Ao pressentir os meus passos, refugiou-se entre as pedras de um muro.
No miradouro do
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Por:
Manuel Fernandes
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