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Edição de 31-01-2025
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    Arquivo: Edição de 30-06-2023

    SECÇÃO: Local


    Começou a intervenção nas margens do Rio Leça

    Fotos CMV
    Fotos CMV
    A Associação de Municípios Corredor do Rio Leça (AMCRL), em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), assinalou o Dia Mundial do Ambiente no passado dia 5 de junho, com a cerimónia de consignação da empreitada no âmbito da candidatura REACT – EU para a intervenção que começou nas margens do Rio Leça e alguns dos seus afluentes.

    A cerimónia contou com a presença dos quatro presidentes de Câmara que integram a associação – Alberto Costa (Santo Tirso), José Manuel Ribeiro (Valongo), António Silva Tiago (Maia) e Luísa Salgueiro (Matosinhos), que se fizeram acompanhar do vice-presidente da APA, Pimenta Machado e do Secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires.

    De acordo com a AMCRL, «no local escolhido, junto à Lipor II, vai ser construído um viveiro de plantas aquáticas e um charco de grandes dimensões para a promoção da biodiversidade, diminuir cheias e acelerar a recuperação ecológica do rio».

    «Transformar o Leça num rio “com boa qualidade da água. É essa a meta da Associação de Municípios», afirmou o seu presidente da associação intermunicipal, António Silva Tiago. «Para isso, precisamos de 40 milhões de euros, nos próximos anos, para que cada município possa desenvolver o corredor do rio Leça». Foi esse apoio que pediu ao Secretário de Estado e ao vice-presidente da APA porque «sei que estão de alma e coração com este projeto».

    «Nós vamos limpar o rio e colocá-lo a nu para que se veja, com a ajuda dos guarda-rios, onde estão os prevaricadores e pôr ordem neste recurso hídrico». E isso vai ser feito agora com quatro frentes de obra, uma em cada concelho», vincou o presidente da AMCRL.

    Com uma agenda preenchida por se tratar do Dia Mundial do Ambiente, o Secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires, congratulou-se por começar bem o dia de trabalho, com um projeto positivo. «Os autarcas tiveram a visão de criar a associação e é o projeto com mais força que tenho visto».

    Mas agora, salientou Hugo Polido Pires, «é preciso apostar na massa de água, até porque nesta altura do ano, Portugal já consumiu os recursos disponíveis para este ano. Daí que para garantir o futuro tenhamos que avançar já para o tratamento dos nossos recursos», afirmou.

    Centrando a sua intervenção na necessidade de melhorar a qualidade da água, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, salientou a necessidade de melhorar as Estações de Tratamento de Águas Residuais que existem ao longo do rio Leça. «É preciso melhorá-las para melhorar a qualidade da água. Há uma grande expectativa por parte da população em relação a este projeto, que tem sido um exemplo para outros municípios e outros países».

    O PROJETO...

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    A face mais impactante do projeto é a intervenção nos 71 km de toda a extensão do rio Leça, nas duas margens e principais afluentes que iniciou. O apoio financeiro, vai ser aplicado diretamente em intervenções em cada propriedade marginal, sem quaisquer custos para os proprietários.

    Esta componente do projeto vai recolher resíduos, retirar a vegetação exótica invasora, intervir nas margens através de engenharia natural, protegendo-as da erosão e das cheias, beneficiar a paisagem e biodiversidade, replantar as margens, aumentar a qualidade da água e a sua abundância nos períodos mais secos.

    Vão ser recuperados 20 açudes, mantendo a sua continuidade ecológica com rampas para os peixes já existentes e outros, que chegarão no futuro.

    Vão ser ainda criadas 20 micro reservas, cada uma com um guia de gestão para promoção da biodiversidade em diversos contextos: urbano, florestal, agrícolas e infraestruturas viárias.

    O projeto contempla também a criação de um viveiro de plantas aquáticas e peixes autóctones para reprodução e posterior recolonização de locais afetados por décadas de poluição que erradicaram plantas e peixes autóctones.

    Através do REACT vão ser criadas duas zonas húmidas de grande dimensão em terrenos cedidos pela Lipor e APDL para a promoção da biodiversidade e acelerar a recuperação ecológica do rio.

    O Corredor do Rio Leça tem 2100 hectares de zona de intervenção prioritária. Nos seus quatro municípios vive 1⁄2 milhão de habitantes e pretende ser um eixo de mobilidade descarbonizada, uma infraestrutura azul e verde para servir a área metropolitana.

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