Concertos de Páscoa em Ermesinde
Este ano a Quadra Pascal em Ermesinde foi celebrada com dois concertos: um na Igreja Matriz, outro na Igreja de Santa Rita.
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Fotos CMV |
Concerto na Igreja Matriz
O concerto da Igreja Matriz de Ermesinde ocorreu na segunda-feira, dia 3 de abril, às 21h30 e proporcionou, a quem assistiu, um excelente espetáculo, protagonizado pela atuação do grupo Ensemble da Orquestra Clássica do Centro – Coro Coimbra VOCAL que trouxe a Ermesinde a Soprano, Tânia Ralha e as Maestrinas do Coro, Isilda Margarida e Carla Pais.
A Orquestra Clássica do Centro, enquanto orquestra profissional apresentou-se pela 1.ª vez em dezembro de 2001, há quase 22 anos, e, desde então, tem editado vários CD’s e livros, com o objetivo de fomentar a cultura musical. Tem a responsabilidade da gestão cultural do Pavilhão Centro de Portugal e protocolos com várias câmaras municipais, escolas de música e instituições como a Universidade de Coimbra, o IPC, o ISEC ou o Instituto Piaget.
O Coro Coimbra VOCAL é constituído por 50 vozes adultas mistas, integrado na associação “Pauta e Reflexos” com o objetivo de ser um grupo versátil, preparado para um repertório eclético, capaz de contribuir para a educação e para a arte de estimular a criação artística.
A soprano Tânia Ralha nasceu em Lisboa e é formada em Música e Medicina. A sua formação musical remonta à frequência do Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra, prosseguindo no Conservatório de Música de Coimbra, onde completou o Curso de Canto. É licenciada em Ensino da Música. Entre muitas formações destaque-se a pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-Teatrais pela ESMAE do Porto.
O Programa deste concerto na Igreja de S. Lourenço de Ermesinde, que não teve o público que se esperava, talvez por ter falhado uma divulgação mais eficaz, constou da excelente interpretação de “Tantum Ergo”, de Carlos Seixas; “Salve Regina”, de Pergolesi (com a soprano Tânia Ralha); e “Stabat mater op. 138” de J. G. Rheinberger.
Antes do espetáculo interveio um representante da Câmara Municipal para justificar estes concertos que o município leva a todas as igrejas paroquiais do concelho e o Cónego João Peixoto que se congratulou com a realização deste concerto na Igreja Matriz de Ermesinde e teceu alguns comentários quanto à qualidade dos compositores, dos séculos XVIII (o conimbricense Carlos Seixas e o italiano Pergolesi) e XIX (o alemão Rheinberger) cuja música escutámos.
Concerto na Igreja de Santa Rita
Dois dias depois, quarta-feira, 5 de abril, também às 21h30, foi o Concerto de Páscoa na Igreja do Santuário de Santa Rita, em Ermesinde. Ouviu-se a Banda Musical de São Martinho de Campo, em conjunto com o Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes. Estiveram presentes a Soprano, Filipa Teixeira e os Maestros, Marco Araújo e Ricardo Teixeira de Sousa.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, alguns vereadores e pessoas ligadas à divisão da cultura, membros do executivo da Junta de Freguesia de Ermesinde e, entre outros, o Reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Bom Despacho e da Mão Poderosa e de Santa Rita, Padre Joaquim Samuel Guedes, bem como muito povo, que encheu por completo o templo, assistiram a este notável Concerto.
A Banda Musical de São Martinho de Campo, que já é bem conhecida do público ermesindense, nasceu em 1929 e, em 1950, surgiu o seu grupo coral para participar nas celebrações religiosas. A sua filiação notarial aconteceu só em 1978. Esta Banda é formada, atualmente, por cerca de 60 elementos, que animam festividades e romarias e realizam concertos tendo atuado já em diversos pontos do país.
O Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes foi criado em 2016 e tem objetivos culturais ligados à música coral procurando a excelência a nível da qualidade artística. O seu repertório é diversificado e contempla obras de carácter sacro, desde o século XVI. Integra diversas atividades dentro do contexto escolar do Conservatório de Música e tem promovido Concertos de Música Coral nos concelhos vizinhos e participado, com assinalável êxito, em competições de Música Coral. Desde a sua fundação, este Coro é dirigido pelo Maestro Ricardo Sousa e tem como pianista acompanhadora a Prof.ª Ana Freijo e o Prof. Pedro Cunha.
A Soprano Filipa Teixeira é licenciada em Canto Teatral pelo Conservatório de Música de Gaia e frequentou o Curso de Pós-graduação em Canto e Interpretação, no mesmo Conservatório. É também licenciada em Filosofia, pela Universidade do Porto. Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino da Música. Ganhou em 2016 o Prémio Laureado no Concurso de Execução Musical.
O Maestro Marco Apolinário de Araújo é natural da Maia e para além da aprendizagem musical inicial no seio da sua família frequentou o Conservatório de Música do Porto e é licenciado em Música e diplomado com o Curso de Direção de Banda, concluído em Itália, e, entre outras formações, é Mestre em Direção de Orquestra pela Universidade de Aveiro. É o Diretor Pedagógico da Escola de Música de Banda Musical de S. Martinho de Campo, que conta com 180 formandos.
O Maestro Ricardo Miguel Teixeira de Sousa iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos, com o Prof. Pedro Cunha. É licenciado em Direção, Teoria e Formação Musical e Mestre em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro. É professor da área de música na Academia de Música de Castelo de Paiva e no Conservatório de Música de Paredes. Tem participado em diversos festivais, competições internacionais e concertos e criou, em 2016, o Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes.
O Programa executado neste Concerto de Páscoa da Santa Rita foi o seguinte: pela Banda de S. Martinho - “St. Thomaz Choralle”, de Pavel Stanek, “Fate of the Gods”, de Steven Reineke e “Arioso”, de J. S. Bach; e com a Soprano Filipa Teixeira: “Avé Verum”, de Mozart e “Avé Maria”, de G. Caccini; pelo Coro Feminino do Conservatório de Música de Paredes - “Agnus Dei”, de Ivo Antognini; “O Salutaris Hostia”, de Eriks Esenvalds; e “Revelation”, de Randakk Stroope; por ambos (Banda Musical e Coro Feminino) – “The Seal Lullaby”, de Eric Whitacre; “Pie Jesu Domine”, de A. Weber e “O Messias: Hallelujah”, de Haendel.
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