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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-07-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Do Macaco ao Homem? Talvez não

    Estamos em plena Era Cenozoica. Estamos no início do chamado período Eocénico, há cerca de cinquenta milhões de anos. Nessa altura deambulava pela frondosa floresta do que é hoje a China um primata verdadeiro a que os estudiosos chamariam de Teilhardina asiática. Será este animal que dará origem aos diferentes ramos evolutivos que nos trouxeram até nós.

    E sem entrar em muitos pormenores evolutivos, enumeram-se os diferentes ramos desta majestosa árvore que nos trouxe até hoje:

    - haplorrinos

    - catarrinos

    - hominídeos

    - género Homo

    Esta sequência mostra que não existe nenhuma relação entre o que chamamos “macaco” e o Homem, a não ser que somos descendentes dum mesmo antepassado comum. E, como curiosidade, o ADN humano é semelhante em 96% a 98% ao do chimpanzé. Pelo que pode ter interesse estudar com um pouco mais de pormenor a evolução a partir dos haplorrinos.

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    Os haplorrinos caraterizam-se por não possuírem rinário. O rinário é uma superfície húmida à volta das narinas que existe, por exemplo, no cão ou no gato. Os haplorrinos não têm esta superfície húmida, sendo que a pele em torno das narinas é igual à do resto do corpo. Além desta caraterística, têm outras que perduram até ao presente:

    - têm um cérebro relativamente maior que os outros mamíferos:

    - têm uma visão desenvolvida, o que leva a supor que seriam todos animais diurnos

    - têm um útero de câmara única

    - concebem, por regra, uma única cria e a infância desta é longa, sob proteção parental

    Os haplorrinos deram origem a três ramos distintos:

    - os tarsiformes, que deram origem ao atual társio

    - os platirrinos (nariz achatado), que deram origem a vários géneros dos chamados ”macacos do Novo Mundo”.

    - os catarrinos (nariz estreito com narinas viradas para baixo) que deram origem a dois grandes grupos:

    - cercopitecoides - género cercopithecus com várias espécies, mas todas elas com a caraterística cauda longa e preênsil

    - hominídeos, que deram origem a vários géneros (de acordo com o que se supõe a sequência da divisão):

    - gorillae – gorilas, duas espécies atuais

    - hylobatidae (gibão)

    - pan – chimpanzés, duas espécies atuais

    - pongidae – orangotangos, três espécies atuais

    - australopithecus – já extintos

    - homo – várias espécies, todas elas consideradas humanas, só uma sobrevive

    Assim, já chegámos ao nosso género, do qual houve várias espécies, mas só a nossa, Homo sapiens, sobrevive.

    Quem afirma que o Homem descende do macaco, terá de recuar muitos milhões de anos para encontrar um antepassado comum a que possa chamar macaco. Mas não devemos ficar perturbados com isso. Esse ser há muito desapareceu. E acreditando, como a maioria dos estudiosos acredita, que qualquer ser vivo proveio doutro que lhe deu origem, se pensarmos que antes de haver Homens havia dinossauros, algo deve ter evoluído a partir daí. E não foi uma evolução abrupta, do tipo dum ovo de dinossauro nasceu uma pessoa. Desde o último ovo de dinossauro até ao primeiro Ser Humano passaram-se sessenta e cinco milhões de anos. Muito aconteceu, entretanto.

    Apresenta-se um esquema evolutivo:

    Bem vindos ao género Homo, o último género da família Hominidae a aparecer.

    Uma das principais caraterísticas do género Homo é o bipedismo estrito. Mas para que os indivíduos do género Homo tivessem conquistado o bipedismo, tiveram de passar por importantes transformações do seu esqueleto, sendo as principais:

    (...)

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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