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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-07-2022

    SECÇÃO: Património


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    ACONTECEU N’A VOZ DE ERMESINDE (7)

    Festas a S. Lourenço de 1966

    As festividades em honra de São Lourenço, padroeiro da cidade de Ermesinde, acontecem em agosto. Apesar de termos dedicado, no ano passado, um artigo às “Recordações da Festa de São Lourenço na década de 60”, na edição número 1005, d’A Voz de Ermesinde (AVE), retomamos o mesmo, este ano, para abordar, em particular, o ano de 1966.

    Sobre a romaria de 1966 encontramos vários artigos n’AVE, todos eles sem autor, um antes da festa (edição n.º 104) e três depois dos acontecimentos (edição n.º 105-106).

    Comecemos pelo anterior. Como já tínhamos dado nota, no nosso artigo do ano passado, em 1966, dava-se notícia de que a festa atravessaria novas artérias da então vila de Ermesinde. Decorreu entre os dias 13 e 15 de agosto e prometia-se um «cartaz movimentado e vivo que ficará a enriquecer a história das Romarias Portuguesas». Destacavam-se os grupos musicais, o fogo de artifício, as barracas, carroceis e as procissões, descritas como aquelas que se revestiam de particular imponência, que «enche[m] de jubilo toda a população da Vila que se orgulha e se emociona de os ver passar aprumados e garbosos nas suas fardas que irradiam respeito e simpatia».

    Particular é, ainda, o registo fotográfico que acompanha esta notícia e que incluímos a ilustrar o nosso artigo. Sabemos que a antiga Igreja Matriz de Ermesinde começou a ser demolida cerca de dois anos depois deste artigo, em abril de 1968, incluindo-se n’AVE um registo das amplas avenidas, em vista aérea, incluindo o adro da igreja, onde decorreriam as festividades. Permite-nos este registo compreender, em particular, a diferença em altura da nossa terra, onde não existiam os prédios particulares, que atualmente enchem todas estas avenidas, assim como a imponente igreja de betão construída a posteriori, sobre o local da primitiva.

    Antiga Igreja Matriz, local das Festividades de S. Lourenço em 1966
    Antiga Igreja Matriz, local das Festividades de S. Lourenço em 1966
    Além do registo da festividade, consideramos mais curiosos os reparos ou considerações, título do artigo escrito após a festividade decorrida: “Festas a S. Lourenço – Considerações” (n.º 105-106, p. 12). O artigo começa por nos dar nota que a romaria foi animadíssima e que «O Sol brilhou como nunca neste mês de Agosto, como que a dizer das suas boas relações com o povo desta vila». Descreve-se que todos os ermesindenses e forasteiros que se deslocaram até à vila se tinham divertido, existindo entretenimentos, comes e bebes, doces e barracas para todos os gostos, agradecendo-se o empenho da Comissão de Festas. Começa de seguida, dentro do mesmo artigo, o rol de “Sugestões” do que deveria mudar ou ser acrescentado à romaria. Em primeiro lugar, é realizada uma escusa dizendo-se que: «Trabalhar há pouco quem. Daí, o nosso apreço. Nós estamos com os que trabalham e como sabemos que é dos seus desejos trabalharem em comunhão de entusiasmo e ideias com todos os Ermesindenses, procuramos ouvir a opinião pública».

    A primeira sugestão que é feita, é de que se deveria aumentar o recinto das festas, considerando-se que a festa ficava afunilada ou estrangulada pelas barracas na Rua D. António de Castro Meireles, havendo muitos arruamentos pelos quais se poderia proporcionar uma digressão mais agradável «sem apertos nem encontrões». Segue-se a iluminação, aqui a sugestão já não é direcionada à Comissão de Festas, mas sim, aos moradores das artérias por onde passava a romaria. Esta sugestão é uma visão que se torna mais dificultada, atualmente, tendo em conta a construção em altura que aconteceu em Ermesinde. Mas a sugestão era de que, nesta zona que anteriormente possuía moradias que percorriam as avenidas da romaria, os proprietários colocassem iluminações nos seus jardins particulares, de modo que se complementasse de uma forma harmoniosa a extensão das suas casas que se passariam a incluir na paisagem festiva.

    Destaca-se a colocação de altifalantes nas barracas e apela-se ao respeito entre todos os vizinhos, referindo de forma satírica que se o som «estiver a ser abafado por outro instalado na barraca do vizinho, o proprietário do primeiro vai a ele e abre-lhe as guelas o mais possível. Daí, um berreiro infernal». Recordemo-nos que, atualmente, são poucas as barracas que passam música própria, nas festas em honra de S. Lourenço, sendo instalado um equipamento de som com altifalantes nas artérias principais de Ermesinde, podendo este ser um dos poucos pontos que, atualmente, encontra uma resolução visível. Passamos depois para o fogo de artifício, sugerindo-se n’AVE que este ocorra apenas durante a noite, diz-se nestas linhas que não é Ermesinde, uma «aldeola situada na encosta duma serra» que só tem festividades uma vez ao ano e que, por isso, não precisa de «bombardeamento às primeiras horas da manhã» perturbando o descanso de quem dele necessita.

    Passamos, depois, na mesma página, para os outros dois artigos, num âmbito mais diferenciado e elogioso. O primeiro sobre a Feira de Sementes, incluída

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    Bibliografia:

    - A Voz de Ermesinde, julho

    de 1966, n.º 104

    - A Voz de Ermesinde, agosto

    e setembro de 1966, n.º 105-106

    - A Voz de Ermesinde, setembro

    de 2021, n.º 1005

    Por: Mariana Filipa Lemos

     

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