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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-07-2022

    SECÇÃO: Destaque


    Inaugurado o símbolo (locomotiva a vapor) que liga Ermesinde à história da ferrovia nacional

    «O nome de Ermesinde é indissociável da história da ferrovia nacional». Foi com estas palavras que na manhã de 16 de julho passado se deu início à cerimónia de inauguração da locomotiva histórica a vapor, um monumento colocado junto à Estação da nossa cidade, e que pretende perpetuar a história da ferrovia e dos ferroviários nesta terra. A profunda ligação entre Ermesinde e este setor foi, aliás, evocada nas várias intervenções das personalidades presentes neste momento solene, o qual contou igualmente com a presença de muitos ferroviários, entre estes cinco dos seis antigos profissionais da ferrovia que tiveram a ideia de colocar aqui este monumento que simboliza uma das marcas identitárias, se não a mais identitária, de uma freguesia que se desenvolveu em torno do comboio, como ali foi dito.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Foram muitos aqueles que quiseram testemunhar a inauguração desta locomotiva histórica a vapor, a E201, para sermos mais precisos, um monumento que passa agora a fazer parte do património da nossa terra na sequência de um desafio lançado por antigos ferroviários à Câmara Municipal de Valongo (CMV), no sentido de homenagear todos aqueles que a partir desta terra ajudaram a escrever a história dos caminhos-de-ferro em Portugal.

    Desafio aceite pela autarquia, que juntamente com a colaboração da CP – Comboios de Portugal e da IP – Infraestruturas de Portugal, reabilitou esta locomotiva, que passa a ser um ex-libris de uma terra que desde 1875, com a inauguração da estação ferroviária, passou a ser um ponto de passagem de milhares de passageiros e mercadorias que todos os dias se deslocam nas linhas do Minho, do Douro e de Leixões, e que levou a que ao longo dos tempos muitos ferroviários optassem por se fixar com as suas famílias no nosso concelho, sobretudo aqui, em Ermesinde, conforme foi recordado no início desta cerimónia.

    No ato do descerramento da placa evocativa deste monumento, o presidente da CMV, José Manuel Ribeiro, chamou os ex-ferroviários que estiveram na origem desta ideia, nomeadamente, Amândio Silva, António Monteiro, eng. Leão, Fernando Ferraz, João Fernandes, e Artur Pais, sendo que apenas cinco deles se encontravam presentes, para participar neste momento simbólico.

    JOÃO MORGADO AGRADECEU A QUEM NO SÉCULO XIX

    TROUXE O COMBOIO PARA ERMESINDE

    João Morgado, presidente da JFE, agradeceu a quem no século XIX teve a ideia de fazer passar o comboio nesta terra, ajudando a que Ermesinde seja hoje uma cidade de referência
    João Morgado, presidente da JFE, agradeceu a quem no século XIX teve a ideia de fazer passar o comboio nesta terra, ajudando a que Ermesinde seja hoje uma cidade de referência
    De seguida usaria da palavra o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, João Morgado, que começaria por endereçar um agradecimento a quem no século XIX teve a ideia de fazer passar o comboio nesta terra, criando aqui três grandes nós, o do Douro, o do Minho, e o de Leixões, sendo que este último, nas suas palavras, é por vezes esquecido, vincando em seguida o seu desejo de que esta linha volte um dia a ser reativada no transporte de passageiros até Matosinhos. Agradeceu também a todos os ferroviários que residem, ou residiram, nesta freguesia, ressalvando que a vinda do comboio, com a vinda dos trabalhadores para Ermesinde e com a fixação desses trabalhadores nesta freguesia, Ermesinde é hoje a cidade com mais população no concelho, com cerca de 39.200 habitantes. «E efetivamente com a cultura que essas pessoas foram trazendo das suas terras natais, trouxeram para cá uma diversidade que só nos engrandece, mesmo em termos de identidade, o que nos torna numa cidade de referência», frisou o autarca que endereçou ainda um agradecimento ao grupo de antigos ferroviários que teve a ideia de trazer este elemento de homenagem ao ferroviário.

    PEDRO MOREIRA: «FALTAVA ESTE SÍMBOLO PARA DAR A ERMESINDE

    O DESTAQUE QUE TEM NA HISTÓRIA DA FERROVIA»

    O presidente do Conselho de Administração da CP, Pedro Moreira, no uso da palavra
    O presidente do Conselho de Administração da CP, Pedro Moreira, no uso da palavra
    Uma das personalidades presentes foi o presidente do Conselho de Administração da CP, Pedro Moreira, também ele alguém que há 27 anos faz de Ermesinde a sua casa por via da sua atividade de ferroviário, conforme mencionou no início da sua intervenção, destacando a importância que a ferrovia sempre teve para a nossa freguesia. «Faltava este símbolo a Ermesinde, que tinha as pessoas, tinha a importância ferroviária com estas ligações ao Minho, ao Douro, mas faltava aqui algum símbolo, neste caso uma locomotiva, para lhe dar esse destaque, essa importância na história da ferrovia», referiu o presidente da CP, que em nome desta empresa agradeceu a iniciativa e assegurou que a entidade pública que dirige irá apoiar e participar no evento anual, designado de “Entrelinhas – Festa do Ferroviário”, que a CMV em conjunto com a JFE irá levar a cabo com o objetivo de reunir ferroviários de todo o país na nossa cidade durante quatro dias, e cuja primeira edição irá acontecer já este ano, conforme anunciaria mais à frente o presidente da Câmara.

    PRESIDENTE DA CMV ALUDE À FERROVIA COMO O GRANDE RESPONSÁVEL

    PELO DESENVOLVIMENTO DE ERMESINDE

    José Manuel Ribeiro destacou a ferrovia como a grande responsável pelo desenvolvimento de Ermesinde
    José Manuel Ribeiro destacou a ferrovia como a grande responsável pelo desenvolvimento de Ermesinde
    E foi precisamente de José Manuel Ribeiro a última intervenção da cerimónia, ele que começaria por contar que a ideia de trazer uma locomotiva para Ermesinde não foi ideia sua, pois «o meu único mérito foi ter escutado» o grupo de seis ex-ferroviários que ainda antes da pandemia comunicaram ao edil a vontade de trazer para esta terra uma carruagem que pudesse simbolizar, digamos assim, a união da ferrovia a Ermesinde.

    Feitos os contactos com a CP o autarca recordou seguidamente a viagem que fez com o grupo de ex-ferroviários a estações como o Pocinho, e à Régua, onde estava localizado um “cemitério” de material ferroviário parado, entre outros uma locomotiva pela qual os seis ex-profissionais do setor se encantaram de imediato, segundo as palavras de José Manuel Ribeiro. Assim, ao invés de uma carruagem optou-se por uma locomotiva, tendo esta sido transportada para a nossa região, sido aqui reabilitada e agora inaugurada.

    Fazer esta homenagem aos ferroviários e à ferrovia é importante, nas palavras do autarca, porque Ermesinde «tem uma ligação profunda à ferrovia. A ferrovia é a grande responsável pelo desenvolvimento desta cidade e sem a ferrovia tenho muitas dúvidas que Ermesinde tivesse a dimensão que tem hoje», disse. Para sustentar esta sua opinião, recordaria mais à frente que segundo os registos dos serviços da cultura da Câmara, existem em Ermesinde cerca de 400 famílias de ferroviários, que vivem ou que viveram aqui. «Acho que o Entroncamento não tem tantas pessoas, e portanto a confirmar-se esta informação eu faço o apelo a todos os ferroviários que estão aqui para que nos passem informação, tragam-nos histórias, fotografias antigas, documentos, antes que se percam, e vamos provar que esta é a principal cidade de ferroviários em Portugal», apelou José Manuel Ribeiro.

    CRIAR UM EVENTO QUE TRAGA FERROVIÁRIOS DE TODO O PAÍS A ERMESINDE

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    Por: Miguel Barros

     

     

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