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    Arquivo: Edição de 31-03-2021

    SECÇÃO: Destaque


    EDIÇÃO 1000 D’ A VOZ DE ERMESINDE

    Recordando os anteriores diretores de “A Voz de Ermesinde”

    Chegados ao n.º 1000 de “A Voz de Ermesinde” achámos que seria interessante evocar aqui e agora o nome de todos os diretores deste jornal, a quem, em boa parte, se deve a sua longevidade ao serviço da vila/cidade que lhe dá o nome.

    Este periódico com 63 anos de existência é uma referência da imprensa no município de Valongo, uma vez que mais nenhum título, até hoje, conseguiu durar tanto. Mas, para além da sua durabilidade, o nosso orgulho está sobretudo no trabalho, que mês a mês, ano a ano, vimos realizando, sempre norteados por transmitir a verdade e dar voz às instituições, coletividades e ao povo de Ermesinde, tanto no que respeita às suas realizações, como no que toca às suas naturais reivindicações.

    O primeiro número veio a público em 1958, com o título “Sopa dos Pobres”, igual ao nome da instituição de que era órgão oficial, e, dois anos depois, passou para o nome que ainda hoje ostenta no cabeçalho.

    “A Voz de Ermesinde” é hoje o periódico com mais história e prestígio no concelho de Valongo. Mensário até dezembro de 1990, “A Voz de Ermesinde” passou a quinzenário a partir dessa data, tendo, em janeiro de 2012, passado novamente a mensário, contando com várias “edições na net” a que vem juntando publicações regulares no seu site e nas redes sociais, nomeadamente no facebook.

    Desde a edição de 30 de setembro de 2018, “A Voz de Ermesinde” apresenta todas as suas páginas a cores, tendo aumentado também o seu número de páginas, de 28 para 32.

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    MANUEL FERREIRA RIBEIRO

    O seu primeiro Diretor-Fundador foi Manuel Ferreira Ribeiro, um homem bom e prestigiado da nossa terra, que durante cinco anos – 1958-1963 – orientou este jornal, 1.º com o título “Sopa dos Pobres”, e dois anos depois, “A Voz de Ermesinde”.

    Após uma interrupção de cerca de 3 anos, isto é, em fevereiro de 1966, voltou novamente a ser seu Diretor, Manuel Ribeiro, mantendo-se, desta vez, no desempenho destas funções até novembro de 1971.

    Manuel Ferreira Ribeiro, natural de Ermesinde, foi, no seu tempo, uma das mais insignes figuras de Ermesinde, tendo evidenciado elevadas qualidades de trabalho e de inteligência.

    O Clube de Propaganda da Natação, que ajudou a fundar (foi o seu sócio n.º 2, e muitas das reuniões do inicial Grupo de Propaganda da Natação de Ermesinde tiveram lugar em sua casa) e de que foi dirigente durante muitos anos, foi uma coletividade que lhe roubou muito do seu tempo e, por isso, a Juventude do seu tempo ficou a dever-lhe muito, pois como seu presidente (foi eleito presidente da Direção do CPN, em 1955, 1957 e 1974) sempre tentou dar-lhe as melhores condições para que física e espiritualmente esses jovens saíssem revigorados e tivessem melhor futuro.

    O CPN também não o esqueceu e mostrou-se grato para com tanta dedicação: em janeiro de 1960, a respetiva Assembleia Geral declara-o Sócio Honorário; em julho de 1976 presta-lhe singela homenagem, com a Inauguração, na antiga sede, da “Sala-Convívio Manuel Ferreira Ribeiro”; e em outubro de 1976, a Direção, no contexto das comemorações dos 35 anos do Clube, atribuiu-lhe um louvor.

    Manuel Ferreira Ribeiro, no entanto, não se dedicou apenas ao CPN, ele foi, também, como acima se viu, o fundador e primeiro diretor do jornal desta cidade, A Voz de Ermesinde. Foi ainda dirigente de outras coletividades ermesindenses, e, no campo político, foi Vereador da Câmara Municipal de Valongo de que chegou a ser, também, vice-presidente.

    Na sua vida profissional, depois de escalar, passo a passo, a carreira de funcionário público, com inúmeros louvores, chegou a Inspetor do Instituto Nacional do Trabalho, cargo que exerceu até à sua aposentação.

    Manuel Ferreira Ribeiro foi, efetivamente, um ilustre ermesindense a quem a nossa urbe muito ficou a dever, pelo seu abnegado trabalho e dedicação e pelo muito que lutou para a dignificar e engrandecer.

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    JOSÉ RIBEIRO PEREIRA

    Em janeiro de 1963, assumiu a direção do jornal, aquele que seria o seu 2.º Diretor – José Ribeiro Pereira, que se manteve no cargo até 1966, quando era presidente do Centro Social Domingos Moutinho, e que vinha, nos últimos anos a orientar o jornal interinamente.

    Ermesindense ilustre, José Ribeiro Pereira foi, também, uma das figuras mais destacadas da nossa urbe, notabilizando-se não apenas por ser vice-presidente e presidente da Câmara Municipal de Valongo mas, especialmente, pela sua atividade marcante em Ermesinde.

    Com o Eng.º Armando Magalhães, que assumiu a liderança da edilidade valonguense, Ribeiro Pereira fez trabalho relevante como autarca, além de ter sido preponderante a sua ação, como dirigente, nos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, no Centro de Assistência Social e noutras coletividades locais, a que ficou ligado, mesmo depois de ter ido residir para o Porto, onde exercia a sua atividade profissional, no Instituto do Vinho do Porto.

    Ainda em Ermesinde, José Ribeiro Pereira presidiu à Junta da Freguesia entre janeiro de 1955 e agosto de 1957, tendo-se preocupado particularmente com a segurança dos residentes na vila. Assim, depois de ver indeferido o seu pedido de instalação de um Posto da Polícia de Segurança Pública em Ermesinde, conseguiu a garantia da vinda da Guarda Nacional Republicana, conforme Portaria de 13 de julho de 1956 (publicada no Diário do Governo de 18 de julho de 1956).

    De personalidade multifacetada e dotado de grande inteligência, Ribeiro Pereira foi um dedicado amigo de Ermesinde, como ele próprio confessou, quando foi homenageado pelo jornal “A Voz de Ermesinde”.

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    EDUARDO COSTA GASPAR

    Após pequeno interregno de cerca de um ano, torna-se seu 3.º Diretor, em dezembro de 1972, Eduardo da Costa Gaspar e mantém-se no cargo até 1977.

    Homem seriamente interessado pelos problemas de Ermesinde, dirigente de algumas das coletividades mais representativas da urbe, o novo Diretor de “A Voz de Ermesinde” deixou o nome ligado a muitas iniciativas de ordem cultural, recreativa, desportiva e formativa, desenvolvendo nesta cidade, que ele tanto estimava, um trabalho precioso e relevante.

    A morte surpreendeu Costa Gaspar em outubro de 1994, aos 67 anos de idade, quando dele ainda tanto havia a esperar.

    Pessoa cordial e aberta, inteligente e compreensiva, que facilmente fomentava laços de amizade, a sua morte foi imensamente sentida na cidade, onde o extinto era muito estimado e querido.

    Antigo funcionário superior da Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro, Costa Gaspar gozava de grande prestígio no nosso meio, pugnando sempre pelo progresso e renovação de Ermesinde, que procurou servir e engrandecer.

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    MANUEL DA CONCEIÇÃO PEREIRA

    Em 1978, publica-se apenas o número do mês de outubro, e em janeiro de 1979 assume a Direção de “A Voz de Ermesinde”, impedindo a sua morte prematura, Manuel da Conceição Pereira – é o seu 4.º Diretor. Jornalista, ligado a este periódico desde praticamente o seu nascimento até quase à sua morte, manteve-se no desempenho do cargo até 30 de maio de 1990. Foi até agora o que mais tempo exerceu o cargo de Diretor deste jornal.

    Manuel da Imaculada Conceição Moreira Pereira, de seu nome completo, nasceu em 29 de novembro de 1927, na freguesia de Água Longa, concelho de Santo Tirso. Aí fez a instrução primária. Depois de concluído o Curso Secundário iniciou a profissão de gravador-químico, no Porto. Ingressou, a seguir no Exército Português, como Sargento Miliciano, prestando serviço em Queluz e Penafiel. No dia 8 de abril de 1956, casou, em Ermesinde, com a Sr.ª D.ª Maria Amélia Martins da Silva, passando, pouco tempo depois, a residir em S. Paio - Ermesinde.

    Findo o serviço militar, entrou para O Comércio do Porto, onde, nos seus cerca de 40 anos de bom serviço, chegou a exercer lugares de chefia. Cumulativamente, dedicou-se ao ensino, tendo iniciado a carreira docente na Escola Preparatória de Ermesinde, feito estágio na Escola Carneiro Pacheco (Trofa), e terminado na Escola Básica e Secundária de S. Mamede Infesta.

    Prestigiado jornalista, deu vida durante muitos anos a A Voz de Ermesinde, de que foi Redator, Chefe de Redação e Diretor. Colaborou, em vários jornais nacionais e estrangeiros, nomeadamente Voz de Portugal (Rio de Janeiro - Brasil), O Emigrante e Voz de Portugal (Venezuela), Gazeta do Sul, Ecos de Portugal, O Penafidelense, O Tempo, Diário do Sul, Voz da Trofa e Ecos do Marco.

    Ainda no campo cultural, Manuel da Conceição Pereira é autor de várias publicações em verso - Flores de Primavera (1966), Flores de Outono (1968; esta obra mereceu uma distinção do S.N.I) e Canções do Entardecer (1995), e em prosa - Diário do Meu Filho (1995), Água Longa - Esboço Monográfico (1997), Viagens no Tempo (2001) e em coautoria com Manuel Augusto Dias, Ermesinde / Registos Monográficos, 2 volumes (2001). Venceu alguns primeiros prémios em concursos de poesia e integrou o Júri de vários concursos de Jogos Florais. Foi sócio efetivo da Associação de Jornalistas e Homens de Letras.

    No campo desportivo e associativo, foi Fundador e presidente da Direção das seguintes coletividades: S. Julião e Agrela Sport Clube, Grupo Columbófilo Asas de Água Longa, Água Longa Sport Clube, Grupo Desportivo de O Comércio do Porto e Grupo Desportivo da Casa do Povo de Ermesinde. Foi ainda Presidente do Estrelas de S. Paio Futebol Clube e da União Columbófila Vencedores de Ermesinde; Presidente e Tesoureiro do Sindicato das Artes Gráficas do Porto; Diretor e Fundador do Centro de Recreio e Convívio dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (de que foi também Secretário de Direção), do Centro de Recreio Popular de Água Longa, da Feira Popular de Ermesinde, do Rancho Folclórico de Ermesinde; e dirigente do Grupo Teatral e Beneficente Flor de S. Paio. Colaborou com o Centro Social de Ermesinde em várias valências, nomeadamente no Rancho Folclórico de Ermesinde.

    Na vida política foi, vários anos, membro da Assembleia de Freguesia de Ermesinde. O seu dinamismo cultural, associativo e recreativo está na origem da homenagem pública que lhe foi feita pela Câmara Municipal de Valongo, no dia 10 de junho de 1997.

    Faleceu, após doença prolongada, no dia 11 de agosto de 2018, com 90 anos de idade.

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    JACINTO SOARES

    Em junho de 1990, a Direção do Centro Social de Ermesinde nomeia Diretor de “A Voz de Ermesinde”, Jacinto Soares – é o 5.º Diretor, que se manterá no exercício dessas funções até maio de 1997. O jornal conheceu então uma grande expansão. Atualmente ainda é nosso colaborador.

    Jacinto Araújo Correia Soares nasceu em Ermesinde, no dia 12 de maio de 1945. Depois de ter concluído o Curso do Magistério Primário de Braga, em 1964, tirou a Licenciatura em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

    Cumpriu o serviço militar no GACA3, em Espinho, entre 1968-1970, tendo desempenhado, na sua unidade, o cargo de Oficial Coordenador da Educação de Adultos da Região Militar Norte.

    Colocado na Escola Secundária de Ermesinde, como professor de História aí se manteve até à aposentação. Neste estabelecimento de ensino desempenhou diversos cargos, quer eminentemente pedagógicos, como orientador de estágio e delegado de grupo (vários anos), quer outras funções escolares mais administrativas como “Coadjuvador do Encarregado de Direção” (1975/76), Presidente do Conselho Diretivo (1984/85) e, finalmente, Presidente da Assembleia de Escola entre 1999 e 2001.

    Jacinto Soares, exerceu, também, alguns cargos públicos de relevância social e política, como sejam os de Redator e Diretor do jornal “A Voz de Ermesinde” (1989-1997); Coordenador dos Serviços da Cultura da Câmara Municipal de Valongo (1983-1985); Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Valongo (1985-1989); Vereador, sem pelouro, da Câmara Municipal de Valongo (eleito em 1997).

    No campo literário, Jacinto Soares foi responsável por várias publicações de carácter monográfico, e autor de diversos artigos em jornais e revistas sobre História Local, Património, Ambiente e Educação, tendo participado também em vários colóquios em Escolas e Associações, onde debateu estes temas. A sua obra mais recente, de carácter monográfico, vai já no III volume, todos editados pela Junta da Freguesia de Ermesinde: o 1.º em 2008, intitulado “Memórias da nossa Gente” (com uma 2.ª edição em 2014); em 2016 surgiu o 2.º volume, “Património da Nossa Gente” e, no final de 2020, o 3.º volume, “Episódios da História da Nossa Cidade / Avanços e Recuos”. Nos últimos anos, ainda no campo do ensino, vem lecionando a disciplina de “História Local e Regional” na Universidade Sénior de Ermesinde.

    Em termos de associativismo, Jacinto Soares é uma figura prestigiada da cidade, tendo integrado os Corpos Gerentes de algumas Associações a que pertence, designadamente: Ermesinde Sport Clube, Águias da Palmilheira e Magriços de Ermesinde.

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    CARLOS FARIA

    A partir de 15 de junho de 1997, foi Diretor-Interino de “A Voz de Ermesinde”, Manuel Augusto Dias, ligado ao jornal desde 1986, primeiro, como elemento do seu Corpo de Redação e Administração, depois de 15 de julho de 1991, como seu Chefe de Redação, cargo que acumulou com o de Diretor Interino, entre junho de 1997 e 30 de julho de 1998. Depois dessa data até março de 2003, foi nomeado Diretor deste jornal, Carlos Faria. Seria o 6.º Diretor de “A Voz de Ermesinde”.

    Carlos José Saraiva Faria, de seu nome completo, nasceu no dia 27 de agosto de 1934, na Figueira da Foz. Cursou o Magistério Primário, na Escola do Magistério Primário da Guarda, que concluiu em agosto de 1954. Mais tarde cursaria Letras na Universidade do Porto, com frequência do 3.º ano, do Curso de História.

    Entre 1 de abril de 1955 e 23 de fevereiro de 1957 prestou o serviço militar obrigatório. Foi professor efetivo da Escola Masculina de Loivos da Ribeira (Baião), da Escola da Igreja (em Alfena) e na Escola da Gandra (Ermesinde).

    Desde finais da década de 1960 até à década de 1980 esteve ligado à Telescola, tendo desempenhado diversos cargos, nomeadamente, Encarregado do Posto e Professor-Monitor, Professor Assistente, Coordenador do Curso de Formação de Monitores, Orientador Pedagógico, Coordenador de Zona, funções específicas das áreas inspetivas, administrativas e pedagógicas dos Postos de Receção do CPTV, nos distritos de Porto, Bragança e Vila Real e Coordenador do setor administrativo da Telescola em Vila Nova de Gaia.

    Em termos políticos, foi Vereador da Câmara Municipal de Baião, e, depois do “25 de Abril”, esteve ligado ao Partido Socialista, desempenhando, entre outros, os cargos de deputado e de presidente da Assembleia Municipal de Baião. Cumpriu, também, funções de assessoria, no Governo Civil do Porto, no tempo em que foi Governador Civil, o Dr. Mário Cal Brandão.

    No que respeita ao jornalismo foi, então, Diretor do jornal “A Voz de Ermesinde”, entre 1998 e 2003, tendo sido também secretário da Direção da UNIR (União Portuguesa da Imprensa Regional).

    Já quanto ao associativismo, foi secretário da Direção da Obra do Bem-Estar Rural de Baião, presidente da Assembleia Geral do Centro Cultural Alberto Taborda (CECAT) e fundador e dirigente da Ágorarte, onde desempenhou vários anos as funções de presidente da Direção. É, atualmente, Reitor e Professor da Universidade Sénior de Ermesinde.

    Durante a 33.ª reunião do ano rotário do Rotary Club de Ermesinde, no dia 18 de fevereiro de 2019, Carlos Faria foi homenageado, como o profissional do ano, tendo em consideração o facto de se tratar de um nome grande do associativismo e da cultura na cidade de Ermesinde.

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    FERNANDA LAGE

    Em 2003 seria nomeada Diretora de “A Voz de Ermesinde”, Fernanda Lage. Foi a primeira mulher a exercer o cargo e a 7.ª pessoa a dirigir este jornal. Manteve-se na direção deste periódico até julho de 2014, altura em que o Presidente da Direção do Centro Social de Ermesinde, Henrique Rodrigues, assumiu, interinamente a sua Direção.

    Maria Fernanda Martins de Ascensão Carvalho Lage, de seu nome completo, é natural de Ermesinde. Fez o Curso Superior de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, exercendo a profissão de Professora efetiva do 5 º grupo do ensino secundário.

    Foi autora de programas e especialista dos cursos tecnológicos de Design; Formadora de professores na área dos cursos tecnológicos Design; Professora convidada da ESAP; Autora e coautora dos programas das disciplinas de projeto e tecnologias dos cursos das escolas artísticas Soares dos Reis do Porto e António Arroio Lisboa.

    Como profissional liberal participou na qualidade de autora e coautora em diversos projetos de arquitetura.

    No que respeita à atividade cultural, Fernanda Lage foi sócia fundadora do club Capa, sócia fundadora da Associação de Defesa do Património de Valongo, sócia fundadora da Cooperativa Cultural Gesto Porto, sócia fundadora da “OFICINA - Cooperativa Cultural de Ermesinde”, sócia da Cooperativa Árvore e Diretora do jornal “A Voz de Ermesinde” entre 2003 e 2014.

    A marca que pretendeu deixar no jornal prendeu-se muito com a sua formação, pautada por um grande empenho social e cultural.

    Filha da terra sempre valorizou os costumes e as tradições de Ermesinde, não numa perspetiva saudosista, mas lendo no passado para construir o futuro.

    Como afirmou na hora da despedida, sentia-se satisfeita «por ter partilhado com os leitores do jornal diferentes formas de ver e olhar o mundo, mas sempre com uma grande preocupação de liberdade, de justiça social, de fraternidade universal, de enriquecimento cultural.»

    Para além do seu papel primordial de informação, dirigiu este jornal considerando-o, também, um «veículo cultural e promotor de atividades culturais: colóquios, debates, concursos, lançamento de livros, exposições», sendo de salientar o debate sobre o ensino realizado no Fórum Cultural de Ermesinde, por ocasião das comemorações dos 50 anos do Jornal, as diferentes atividades realizadas e as participações na Feira do Livro.

    Particularmente importante foi o Seminário que tratou o tema “Imprensa Regional, que Futuro?” e os seus Painéis, que se ocuparam do “Ensino e a Imprensa Regional”, “Vivências e Perspetivas na Imprensa Regional” e “Jornais e Jornalistas”, em que foram escutadas conceituadas individualidades do mundo da comunicação, a nível nacional, como foi o caso de Manuel Pinto, Fernando Paulouro Neves, José Marquitos, Leite Pereira, Manuel Carvalho, Luís Costa, e, entre outros, Alfredo Maia.

    Também as Feiras do Livro dos anos 2003, 2004, 2005, 2006, 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013 proporcionaram a “A Voz de Ermesinde” um grande dinamismo em termos de manifestações culturais, com a promoção de comunicações, debates e apresentações de livros.

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    CASIMIRO DE SOUSA

    Em janeiro de 2016 foi nomeado Diretor, Casimiro de Sousa – foi o 8.º Diretor de “A Voz de Ermesinde, cargo em que se manteve até julho de 2016, altura em que o presidente da Direção do Centro Social de Ermesinde, Henrique Rodrigues voltou a assumir interinamente a sua Direção até dezembro de 2017.

    Casimiro de Sousa nasceu no dia 3 de agosto de 1943, na freguesia de Meinedo, concelho de Lousada, distrito do Porto. É casado, tem uma filha e uma neta. Presentemente, está aposentado.

    Fez a 4.ª classe do ensino primário, na sua terra natal, em Meinedo, e o antigo 5.º ano do liceu em Santo Tirso. Vive em Ermesinde desde 1963. Começou a trabalhar na CP – Caminhos-de-ferro Portugueses em 1962. Em maio de 1965, assentou praça no Regimento de Infantaria 5, nas Caldas da Rainha. Três meses depois, foi transferido para a Escola Prática de Cavalaria, em Santarém. Concluída aí a especialidade, foi para o Centro de Condução Auto n.º 1 (CICA 1), junto ao Palácio de Cristal, no Porto, onde esteve três anos. Em novembro de 1968 regressou à CP e recomeçou a estudar. Concluiu o curso de Contabilidade e Administração no antigo Instituto Comercial do Porto (atual ISCAP) a que se seguiu um período de três anos na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Como não era aí que se sentia realizado, mudou para Direito. Fez uma pós-graduação em Jornalismo na Universidade Moderna e outra em Direito da Comunicação na Universidade de Coimbra. No início do atual século, fez o Mestrado em Ciências Jurídico-Económicas na Universidade de Coimbra.

    Em termos associativos, colaborou, entre 1985 e 2006, com a Associação de Socorros Mútuos Ferroviários do Norte de Portugal; fez parte da Direção da Associação dos Lares Ferroviários durante nove anos, onde foi vogal, vice-presidente e presidente; na Direção do Centro Social de Ermesinde foi Secretário, Vice-presidente e desempenhou as funções de Presidente da Direção durante um curto período de quatro meses, em substituição do Dr. Alberto Carvalho. Presentemente, é sócio efetivo da Associação Cultural Amigos do Porto, onde participa na elaboração do respetivo Boletim e faz a cobertura “jornalística” de algumas iniciativas promovidas pela Instituição.

    Em termos políticos, foi autarca durante vários mandatos na Assembleia Municipal de Valongo.

    A sua colaboração em “A Voz de Ermesinde”, antes de ser Diretor, teve início em 1993 e terminou quando Jacinto Soares deixou o Jornal. Colaborou noutros jornais da imprensa regional e em revistas.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

     

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