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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2020

    SECÇÃO: Desporto


    ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DO ERMESINDE 1936, RUI FERNANDES ALMEIDA

    «Não se esqueçam do Ermesinde 1936, e que ainda que de uma forma distante continuem a gostar de nós, a apoiar-nos, porque somos uma das bandeiras da cidade»

    Há sensivelmente 16 meses no comando dos destinos do Ermesinde Sport Clube 1936, Rui Fernandes Almeida recebeu-nos no Estádio de Sonhos para abordar aquilo que tem sido o trabalho desenvolvido por si e pelos seus pares diretivos ao longo deste tempo. Um trabalho de reconstrução e de reorganização numa primeira fase do atual mandato que numa etapa posterior foi, e está a ser, afetado pela pandemia que assola o Mundo. Passemos pois a palavra ao presidente da Direção do Ermesinde 1936.

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    A Voz de Ermesinde (AVE): O Rui Fernandes Almeida está na presidência do Ermesinde 1936 há pouco mais de um ano, e por isso começamos por perguntar-lhe que balanço faz deste primeiro ano de mandado?

    Rui Fernandes Almeida (RFA): Isto é um balanço que tem necessariamente de ser dividido em dois momentos. Um momento inicial em que nós chegamos aqui e deparamo-nos com um clube que estava com algumas dificuldades, como acho que é público na cidade, e desenvolvemos todo um trabalho de reorganização e de estruturação daquilo que era o clube e a sua atividade, e que foi algo que nos deu algum trabalho, mas que com o passar do tempo fomos vendo que esse nosso trabalho, essa nossa dedicação, de toda esta equipa, estava a dar os seus frutos. O clube começava a ser mais organizado, mais disciplinado em todos os aspetos, nomeadamente o aspeto financeiro, passou pela diminuição da despesa e um incremento da receita, e no fundo preparar o clube para aquilo o que era o futuro. Essa primeira parte, apesar de todas as dificuldades, foi-nos dando bastante alento, porque íamos notando que com o passar do tempo íamos resolvendo os problemas que estavam para trás. O clube continuava o seu caminho e começava a largar um bocado do lastro negativo em todos os aspetos. Depois dá-se o momento do aparecimento da pandemia, com a suspensão e posterior finalização dos campeonatos, e depois tivemos de governar o clube, de março para cá, numa primeira fase, com as naturais dificuldades mas também com alguma serenidade até porque com o fim das atividades se as receitas não eram muitas também não havia grandes despesas, portanto, acabava por estar minimamente equilibrado. Depois deu-se o início da época desportiva no âmbito desta situação em que vivemos e que de facto começa a ser muito difícil dirigir o clube nesta fase. É muito difícil porque como toda a gente percebe as receitas continuam as mesmas que eram em março, em abril e em maio, só que as despesas são muito maiores, e tudo aquilo que nós pensávamos e que nos tinha sido também dito aquando da planificação da época e da decisão da Associação de Futebol do Porto (AFP) em iniciar os campeonatos seniores, e que nos foi dando se calhar alguma esperança percebemos que tudo se estava a desvanecer, que tão cedo não iríamos ter adeptos nos estádios, que não iria haver qualquer benesse nos pagamentos que temos de fazer à AFP, portanto, acaba por ser muito difícil. A formação, por exemplo, não arranca, e esse facto acaba por trazer muitas limitações, porque os pais percebendo que os campeonatos tão cedo não se vão iniciar obviamente acabam por ter algum desconforto, e os próprios miúdos, acabam por não sentir grande motivação em vir treinar porque sabem que tão cedo não vão competir. E nós temos toda uma estrutura montada, a nível de treinadores, de massagistas, e temos de suportar esses custos e gradualmente nestes primeiros tempos temos vindo a perceber que cada vez mais temos menos miúdos. Se numa primeira parte deste mandato as coisas dentro das dificuldades todas que nós tínhamos íamos vendo que a coisa estava a evoluir e até pensávamos que estaríamos em condições de elevar o clube para outro tipo de patamares a nível desportivo, não só a nível da equipa sénior mas também com a criação dos sub-23 e uma maior aposta na formação, porque tínhamos conseguido subir três equipas para a 1.ª divisão da AFP, fruto da pandemia está agora estagnado, e portanto é muito difícil.

    AVE: Aquando da sua candidatura disse que a sua Direção iria tentar aproveitar tudo o que de bom havia sido feito pelos anteriores corpos gerentes e tentar corrigir aquilo que na vossa ótica foi menos conseguido. Nesse sentido perguntamos-lhe o que já foi corrigido por si e pelos seus pares nestes 16 meses de mandato?

    RFA: Apesar de nós termos encontrado o clube com dificuldades, sobretudo estava desorganizado, mas tudo o resto que foi construído houve coisas boas, coisas positivas, tanto é que eu enquanto anterior presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) também fui acompanhando a evolução do clube desde o “momento zero”, em julho de 2013, e houve de facto aqui uma ascensão, nomeadamente a nível desportivo pela equipa sénior que conseguiu subir da 2.ª divisão distrital até à Divisão de Elite e ter três títulos de campeão distrital, tendo havido também uma final da taça da associação nesse caminho. Mas havia coisas com as quais eu não concordava e achava que tínhamos de ter aqui um acrescento, tínhamos de organizar de forma diferente, mais concretamente, e essa foi claramente uma das minhas bandeiras e que acabou até por correr relativamente bem, que foi a questão de uma maior aposta na formação. Eu entendia que a formação no Ermesinde 1936 estava muito desorganizada, que era preciso parar para pensar, era preciso reorganizar, era preciso conseguir dar mais competitividade aos escalões de formação, porque os clubes da dimensão do Ermesinde 1936 para conseguirem ter alguma estabilidade têm de aproveitar mais a sua formação, fazer com que mais atletas da sua formação consigam ascender ao patamar sénior. E isso é mais facilitado se os escalões de formação estiverem inseridos em campeonatos competitivos, o que até à data da minha entrada isso praticamente não existia. Por exemplo, quando havia um escalão que conseguia subir de divisão imediatamente no ano a seguir descia. Não havia estabilidade. E de facto isso foi logo uma das coisas que entendemos que devíamos corrigir, e que a meu ver é um processo que não está concluído, mas é um processo que começou já a dar frutos e na época passada foi por uma unha negra que não conseguimos ter quatro escalões a subir de divisão, o que demonstra que de facto é esse o caminho e também por isso é que este ano para permitir no fundo a transição da formação para a equipa sénior criámos o escalão de sub-23. É muito premente para os clubes da dimensão do Ermesinde 1936 aproveitarem os talentos da formação.

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    AVE: Ainda no que toca à formação, outra das suas metas passava pelo aproveitamento do Complexo Desportivo dos Montes da Costa, mais concretamente perceber junto da Câmara quando aquele equipamento iria ser requalificado para dessa forma colocar ao serviço da formação de modo a ter mais equipamentos e mais tempo para treinar. Em que ponto de situação está esse processo?

    RFA: Uma das primeiras coisas que eu fiz enquanto presidente da direção do Ermesinde 1936 foi contactar com o engenheiro Paulo Ferreira, vereador do desporto da Câmara Municipal de Valongo (CMV), e dar-lhe nota de que seria de todo importante avançar com a requalificação do Complexo Desportivo dos Montes da Costa e ao mesmo tempo garantir tempos para a formação do clube. Porquê? Porque neste momento só temos o Estádio de Sonhos para poder ser utilizado, e que utilizamos desde as 19h00 até às 22h30. E embora seja permitido utilizar o estádio até às 23h30 a câmara entendeu que outras coletividades da freguesia possam ter acesso a tempos (de utilização) neste estádio, das 22h30 às 23h30. Ora, o estádio já era exíguo para todas as equipas que nós tínhamos, para todos os miúdos que tínhamos, e tínhamos a consciência de que se fizéssemos um bom trabalho na formação, se conseguíssemos esse impute de conseguirmos subir de divisão, obviamente que iríamos ter mais crianças a vir querer jogar no Ermesinde 1936. Aliás, deixe-me dizer-lhe que quando cheguei aqui e íamos trabalhando a formação com as pessoas responsáveis, nunca me passou pela ideia subir três escalões, o que eu disse às pessoas foi que pelo menos um escalão tínhamos de conseguir subir. E tínhamos essa consciência, de se já era exíguo com um número pequeno de atletas, tínhamos a consciência de que se fizéssemos esse trabalho de casa que este equipamento não iria chegar, e antecipadamente apresentando ao Eng. Paulo Ferreira o nosso projeto, demos a entender que necessitávamos (de mais espaço) e ele de facto percebeu isso e foi-nos garantido de imediato que assim que a requalificação do complexo fosse efetuada nós iríamos ter lá tempos para conseguir deslocar parte da formação e permitir que os miúdos pudessem treinar mais tempo, mais vezes por semana, porque depois obviamente se o nível competitivo é superior os miúdos também têm de ser trabalhados com mais rigor e mais tempo, tem de haver mais qualidade no treino e portanto é preciso mais espaço e mais tempo. E de facto a Câmara entendeu e desde logo validou isso. Depois, o que me foi transmitido é que iria ser efetuado um concurso para a requalificação, e que previsivelmente no primeiro trimestre, a correr um bocadinho menos bem no segundo trimestre de 2020, que as obras deveriam arrancar e que a requalificação estaria pronta provavelmente por esta altura. Obviamente com a pandemia ficou sem efeito, e a Câmara ao que sabemos reiniciou um novo processo, um novo concurso para a requalificação, e é o projeto por força da situação que vivemos acabou também por ficar um bocadinho para trás.

    AVE: Outro dos seus objetivos foi o de aproximar mais o clube da Cidade, diminuir o distanciamento entre os ermesindenses e o clube. Trazer mais pessoas para o clube. Tem sido um objetivo conseguido?

    RFA: É uma situação que também nós conseguimos, e acho que na cidade isso acaba por ser reconhecido, hoje o clube tem uma postura, uma credibilidade e uma imagem diferente, para melhor do que aquilo que tinha no passado. E hoje em dia o Ermesinde 1936 em todas as instâncias, seja a nível da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), seja a nível da CMV, seja a nível da AFP, seja perante os seus adeptos, associados e simpatizantes, perante os habitantes da cidade, perante os patrocinadores, tem uma imagem diferente, para melhor. E no fundo esse trabalho de aproximação foi conseguido. Foi também conseguido por exemplo que pessoas que eram associadas do clube e que por este ou por aquele motivo se tinham desligado regressassem. Agora, tudo o resto, tudo o que envolvia a aproximação às pessoas, tudo o que envolvia uma conjugação entre o clube e a cidade, aos seus habitantes, isso acabou por ser muito prejudicado por força da pandemia. Por exemplo, uma das coisas que fizemos logo no início do meu mandato foi criar um evento no centro da cidade para apresentar não só a equipa sénior mas também toda a formação, a equipa de veteranos, porque de facto temos de trazer o Ermesinde 1936 para o centro da cidade, e isso foi logo digamos que o arranque dessa tentativa de aproximar o clube da cidade. Havia outras coisas que estariam idealizadas, mas lá está, este ano não fizemos apresentação de atletas, não fizemos apresentação dos escalões de formação, acabámos por não fazer outras coisas que tínhamos idealizado porque com todas estas restrições acaba por ser impossível.

    AVE: Voltando um pouco atrás, como é hoje a relação do clube com as autarquias (Junta e Câmara)? É uma boa relação?

    RFA: Sim. A Junta sempre foi uma relação próxima, até porque está aqui ao lado. Já no passado a Junta tinha um papel de colaboração e de aproximação ao clube que se mantém, e acho até que neste momento está reforçado, e de facto existe uma grande aproximação e proximidade entre a JFE e o clube. Relativamente à Câmara eu acho que neste momento existe uma relação mais próxima do que no passado. Sinceramente acho que neste momento entre Ermesinde 1936 e Câmara, até por força de nós sermos aqui os inquilinos e a Câmara ser o senhorio, tem havido uma sinergia bastante grande, uma parceira bastante grande, e de facto temos tido sempre grande abertura por parte da Câmara naquilo que são as nossas preocupações, naquilo que são os nossos anseios. Aquilo que necessitamos, normalmente, a CMV tem sempre disponibilidade para nos ajudar. Embora entenda, e gostaria, que a Câmara pudesse de alguma forma incrementar os valores para os protocolos de formação desportiva, pois acho que infelizmente esse valor não é suficiente, e não falo só por nós, falo pelas associações todas do concelho de Valongo em geral. Acho que deveria e nós merecíamos, as associações mereciam, que esses contratos fossem revistos e que fosse atribuída uma verba superior. Quanto ao mais temos relações normais, boas, e de facto não há qualquer problema, antes pelo contrário.

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    AVE: Terminou a sua tomada de posse em julho de 2019 dizendo que esperava que um dia o Ermesinde Sport Clube 1936 pudesse vir a ser de novo o Ermesinde Sport Clube, e nesse sentido perguntava-lhe se tem informações sobre o processo do antigo clube.

    RFA: Acho que todas as pessoas na cidade esperam um dia que isso venha a acontecer, porque de facto quando perguntam a alguém que venha aqui, que seja adepto, esse alguém não vem ver o Ermesinde 1936, vem ver o Ermesinde. Continua a haver essa identidade, que eu acho que é positiva. As cores são as mesmas, o símbolo é o mesmo, a única coisa que altera é o 1936. Portanto, eu acho que conseguimos manter a identidade, e isso é um trabalho que se deve sem sombras de dúvidas às anteriores direções, que conseguiram fazer essa transição mantendo a identidade. Eu tenho a certeza de que isso (o Ermesinde 1936 passar a ser o Ermesinde SC) é algo que vai ser conseguido no futuro, agora não lhe sei dizer quando. Mas isso é um processo normal que já ocorreu noutros clubes, e que aqui também espero que aconteça, que possa ser na minha gestão. Mas se não for, quem vier a seguir terá a aura de ser o responsável por fazer cair o 1936. Isso é algo que sucederá com naturalidade, é uma questão de tempo.

    AVE: Falando agora de resultados desportivos, mais em concreto, é visível que a equipa principal do clube está a fazer um bom início de temporada. Perante isto os ermesindistas podem esperar apenas a manutenção ou algo mais, sabendo que ainda estamos numa fase muito embrionária do campeonato (?).

    RFA: É uma pergunta difícil de responder neste momento. Se a pergunta fosse feita em agosto, quando começámos os trabalhos, eu se calhar responderia de uma forma e aliás se calhar é isso que o jornal quer saber, isto é, qual foi em agosto o objetivo que foi traçado. Quando finalizou a época anterior começámos a idealizar a presente época desportiva entre mim e o treinador principal, o mister Jorge Lopes, e entendemos os dois que existia uma base muito boa de trabalho, que a equipa era muito competente, tinha qualidade, e que se calhar com três ou quatro contratações cirúrgicas iríamos conseguir elevar o Ermesinde 1936 para outros patamares. De facto, conseguimos contratar quem queríamos, fomos perspicazes e conseguimos identificar quem eram os alvos e conseguimos contratá-los, e o objetivo era de facto fazer um campeonato no primeiro terço da tabela. Mas isso era em agosto. Agora, neste momento é muito difícil perceber o que é o dia de amanhã. Aliás, nós hoje estamos aqui a ter esta conversa naquilo que seria a antevéspera de um jogo (nota: com o Avintes) para o campeonato e recebemos hoje de manhã a informação que o encontro teria de ser adiado porque a equipa adversária tem uma série de atletas que deram positivo à Covid. Portanto, nós já vimos de dois jogos que tivemos de adiar, já vimos de uma jornada que também foi adiada por força da inibição de circulação entre concelhos, e percebemos que a pandemia, os números pelo menos, começam a ser mais preocupantes do que o que eram, e que provavelmente haverá medidas de maior restrição e que essas medidas também afetarão o futebol distrital. E neste momento acho que temos de viver o dia a dia, e aqueles jogos que conseguirmos disputar obviamente que o objetivo será ganhar. E depois no final, se houver final, fazem-se as contas. Obviamente acho que toda a gente que gosta de futebol, e que neste caso que gosta do nosso clube, percebe que a equipa foi construída para ter outro tipo de resultados do que o que tinha no passado e que é uma equipa ambiciosa, com muita qualidade e que se calhar com um bocadinho de sorte pode fazer coisas bonitas. Mas neste momento é muito difícil responder a isso, nem faz muito sentido estar a fazê-lo, porque é uma incerteza muito grande.

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    AVE: Ainda voltando um pouco atrás, tal como tantos outros clubes nacionais e internacionais o Ermesinde 1936 tem sido uma vítima da pandemia que assola o Mundo por estes dias. Pergunto-lhe como é que o clube tem vivido ao longo destes meses e que consequências concretas a Covid-19 vos trouxe ou está a trazer?

    RFA: Com o aparecimento da pandemia, com a suspensão da atividade do clube, obviamente que acaba por trazer consequências gravosas a todos os níveis. Numa primeira fase deixamos de ter jogos, depois, entretanto, foram cancelados todos os campeonatos, e obviamente nessa altura dispensamos toda a gente, seja treinadores da formação, massagistas, atletas da equipa sénior, toda a gente que tinha aqui algo de benefício do clube deixou de obter esse benefício. Aquelas despesas que estão mais relacionadas com os jogos, como o policiamento, as taxas de jogo, obviamente que isso também deixou de existir. Agora, havia todo um plano de amortização do passivo que deixou de poder ser efetuado porque deixou de haver receitas, e causou não diria uma dificuldade mas levou a uma reformulação desse plano. E depois aquilo que nós tentamos combater quando aqui chegamos, que foi o distanciamento das pessoas para com o clube isso voltou outra vez a existir, porque as pessoas deixaram de vir ver o Ermesinde 1936, deixou de se falar no Ermesinde 1936, as pessoas deixaram de poder sair de casa primeiramente, depois começaram a sair com algumas restrições, deixaram de pagar as suas quotas, e portanto tudo isto acaba por trazer aqui complicações. Depois veio o verão, e toda a gente ficou com a expectativa de que as coisas iriam melhorar, iria haver uma segunda vaga (da pandemia) mas que não seria nada especial. A coisa correu muito bem na primeira vaga, fomos exemplares, deu-se aqui um milagre e portanto toda a gente foi atrás do milagre na segunda vaga, incluindo as instâncias ligadas ao futebol. E depois quando temos as instâncias ligadas ao futebol, nomeadamente a AFP a dizer que vai tudo correr bem, obviamente achamos que vai tudo correr bem e planeamos toda uma época 2020/21 a pensar que as coisas iam de facto correr bem. Todo o orçamento foi pensado com a época a decorrer na normalidade, e hoje em dia isso não sucede, porque as pessoas não vêm ao estádio, não compram o bilhete para o futebol, não pagam as suas quotas, os patrocinadores muitos deles por força da situação também têm eles próprios dificuldades, e para além dessas dificuldades não existe o retorno da imagem, porque as pessoas ao patrocinar o clube esperam algum retorno da sua imagem, e neste momento essa divulgação não existe. E portanto, tivemos aqui também uma machadada muito grande ao nível desses apoios. É difícil, temos de nos reinventar, arranjar outras soluções, tentar levar o barco a bom porto no meio desta tempestade, porque também temos a consciência por força daquele trabalho que fizemos nos primeiros 7 ou 8 meses de mandato que se conseguirmos passar por esta fase muito difícil depois com o nosso empenho, com o trabalho de toda a gente, as coisas irão correr pelo melhor. Agora, neste momento em concreto estamos muito preocupados, como é óbvio. E quando digo nós digo todos os dirigentes associativos, seja da freguesia, do concelho ou do país, todos vivem com esta angústia de não perceber como vai ser o dia do amanhã. Neste momento todas as nossas preocupações giram em torno da pandemia, porque ela condiciona o clube no seu geral. Neste momento há uma única dor de cabeça gigante que é a pandemia. Acho que a partir do momento em que as coisas possam normalizar isto será tudo muito mais fácil. Obviamente vamos ter de ir atrás do prejuízo, mas no fundo o que nos dá alento é que enquanto não houve pandemia as coisas correram muito bem, fizemos as escolhas acertadas, fizemos o caminho certo, não estávamos contudo à espera que isto acontecesse e quando aconteceu não estávamos à espera que chegasse a este ponto. Pensávamos que nesta fase as coisas já estariam mais normais.

    (...)

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    Por: MB

     

     

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