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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-09-2020

    SECÇÃO: Crónicas


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    PASSEIOS DE BICICLETA À DESCOBERTA DO PORTUGAL REAL...

    “Da escuridão da garagem recuperei a bicicleta”

    Tempos estranhos estes que estamos a viver. A nossa maneira de estar na sociedade mudou a partir de 02 de março de 2020. O que se passava lá longe, pelo Oriente, depressa chegou ao nosso País. A chegada foi rápida e silenciosa. Os seus tentáculos depressa tomaram cidades, vilas, aldeias. As ruas quedaram-se em silêncio. As janelas desceram os estores. As portas foram encerradas. Campainhas eram tocadas e falas eram ouvidas dos queixumes dos afetos. Pais que não viam os filhos, avôs com saudades do calor do afeto dos netos.

    Mas de tempos a tempos alguém assumia à varanda e libertava a voz, dedos dedilhavam guitarras. Clarinetes reclamavam liberdade, foram batidas e ouvidas palmas de gratidão para quem tinha de missão tentar salvar quem mal ficava. As janelas entreabriram-se. Corriam velozes notícias que nem tudo era mau. O planeta estava a auto regenerar. O céu era bem mais azul, a água do mar tinha outra tonalidade e espanto, as cidades ouviam o belo canto das aves. As portas foram-se abrindo. O distanciamento social era necessário. Os cumprimentos ficaram-se por toques de cotovelo, pela troca de olhares, pelo não reconhecimento do amigo por usar uma máscara. As ruas, essas estavam mais limpas. Os corpos amoleceram por falta de atividade física.

    PONTE DUARTE PACHECO (ENTRE-OS-RIOS)
    PONTE DUARTE PACHECO (ENTRE-OS-RIOS)
    Da escuridão da garagem recuperei a bicicleta, espanei o pó, subi para o selim e dei as primeiras pedaladas de meses de inatividade. Em Alfena deu-me vontade de voltar para trás. Cansado. Esgotado. Decidido continuei. A volta incluía Santo Tirso, serra da Agrela, Lordelo e Valongo. Algo estava errado. A estrada era a mesma que tantas vezes percorro mas parecia-me diferente. Só quase a terminar me apercebi.

    As bermas estavam limpas, nada se via, parecendo até que tinha sido acabada de ser aberta e eu o seu primeiro utilizador. Sim, Sim. A nossa maneira de ser tinha ou estava a mudar. Mas passadas umas semanas fui desmentido pela realidade. Não há melhor campo de estudo de mercado do que as bermas de estrada. Lá estavam garrafas de água de diversos tamanhos e marcas. Iogurtes aos montes, em garrafa, em copos, cremosos, com pedaços, bebíveis de todas as marcas e feitios. Garrafões. Sim, também. Claro até com as tampinhas. O meu, os nossos carros é que têm de estar limpos, somos pessoas asseadas, por isso o lixo é janela fora.

    (...)

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    Por: Manuel Fernandes

     

     

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