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    Arquivo: Edição de 30-09-2020

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    D. Maria Amélia já comemorou 100 anos

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    Tem o nome da última rainha consorte de Portugal, mas já superou muito a sua idade, aquela morreu com 86 anos, mas a senhora de quem falamos hoje, Maria Amélia Monteiro de Carvalho, festejou ainda com muito dinamismo e alegria os seus 100 anos, no passado dia 8 de setembro, junto de alguns familiares e amigos, na cidade de Ermesinde, onde vive com a única filha e genro, há cerca de 10 anos.

    Nasceu no Lugar de Cimo de Vila, Freguesia de Ancêde, concelho de Baião, onde sempre viveu até 2010 (ano do falecimento do marido, Tarcísio Domingues). A D.ª Maria Amélia tem um neto e três bisnetos que a adoram.

    Como muitas outras mulheres da sua região a D.ª Amélia foi trabalhadora e doméstica, nunca tendo frequentado a escola, já que seu pai nunca o permitiu, por isso, não sabe ler nem escrever. Contudo, tinha um cálculo mental notável, nas contas ninguém a enganava e foi ela que chamou a si o governo da sua casa, depois de ter casado, em 1944, tempo da 2.ª guerra mundial. Nunca se interessou pela política mas lembra-se bem do racionamento que levou o seu pai a esconder no (sótão), milho, feijão e azeite, para poder alimentar os 7 filhos sem que ninguém tivesse de passar fome.

    Teve um excelente marido, amigo e companheiro com quem frequentava festas, romarias e bailes, encontrando a felicidade na valorização dessas pequenas coisas da vida.

    O segredo da sua longevidade acha que pode ter estado no trabalho, apesar de duro, era honesto e sempre em contacto com a natureza. Mas provavelmente a alimentação à base dos produtos que a terra dava, sem herbicidas nem pesticidas também ajudou. O ginásio era a enxada na mão, sem poluição, sem stress, tendo o sol como relógio. Deitar cedo (sem pesadelos, sem preocupações e de consciência tranquila) e cedo erguer, tomando bem cedo o pequeno-almoço, que era uma boa “malga de caldo”.

    Em 2013, a D.ª Amélia passou a frequentar o Centro de Dia do CSPA, onde encontrou grande camaradagem, convívio e interessantes atividades que, num excelente ambiente, lhe prolongaram a vida. Contudo, desde fevereiro último, uma demência fez com que tivesse de ficar em casa da filha, sendo mais difícil ocupar o seu tempo, embora a ajude muito a música tradicional portuguesa e, concretamente, o último CD dos TocAtocar.

    À D. Amélia endereçamos os nossos parabéns pelo bonito número de “verões” que já conta.

     

     

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