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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2019

    SECÇÃO: Opinião


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    Prédio do Coutinho em Viana do Castelo

    É da época em que Portugal viveu a “bebedeira” dos fundos comunitários, com a União Europeia a aconselhar os governos a gastarem o que tinham e não tinham para disfarçar os efeitos da crise financeira que espreitava, a decisão de demolir o Prédio do Coutinho em Viana do Castelo, que seria acompanhado pela demolição das torres em Ofir. Sobre estas não tem havido notícias, talvez que o bom senso tenha predominado sobre as tontices que na capital do distrito se mantêm.

    Estamos aproximarmo-nos do que consideramos ser um inqualificável rombo nas depauperadas finanças públicas, sem que vejamos os responsáveis políticos, com especial destaque para o ministro das Finanças, a intervirem para evitar o desperdício de largos milhões de euros que serão afetos à demolição do imóvel e ao pagamento de indemnizações aos proprietários que resistem à teimosia danosa de quem persiste em 2019, concretizar políticas de 2005, época das vacas gordas.

    Não é menos preocupante assistirmos ao ensurdecedor silêncio dos ministros da Administração Interna e da Educação que diariamente se debatem com falta de espaços habitacionais para alojar pessoas carentes e estudantes que, podendo, não gritam parem com o processo de demolição que os apartamentos fazem falta para cumprirmos as obrigações que o desempenho das funções nos impõem.

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    É confrangedor e intrigante assistir, também, à passividade do ministro das Finanças que, certamente podendo, não intervém para evitar aos contribuintes, que estão esmagados com impostos, esta desnecessária despesa pública, encaminhando os recursos para atenuar os problemas que angustiam os utentes dos serviços de Saúde.

    Este dramático episódio é tão estranho que leva a pensar: o que aconteceu à inteligência dos vianenses que não se indignam com o despautério que lhes bateu à porta e lhes consumirá milhões de euros do orçamento municipal que poderiam e deveriam ser encaminhados para outras iniciativas de interesse efetivo para a qualidade das suas vidas? Enfim, parece que iremos mesmo assistir ao desastre para gáudio de uns poucos e tristeza de muitos outros, a começar por quem hipotecou as economias de uma longa vida de trabalho, para agora ser posto na rua de qualquer maneira.

    Confrontados com a passividade dos governantes, resta-nos apelar ao PAN para, na proposta que esperam ver aprovada na Assembleia da República impedindo as corridas de cães, incluam a proibição, também, dos proprietários do Prédio do Coutinho serem corridos do que é seu.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

     

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