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FEIRA DO LIVRO E DAS ARTES DO CONCELHO DE VALONGO 2018
Um olhar sobre uma feira onde a animação voltou a triunfar (ante o livro)
Decorreu entre os dias 12 e 15 de julho mais uma edição da Feira do Livro e das Artes do Concelho de Valongo. Se separamos as "águas" verificamos que estivemos perante a 25.ª edição da Feira do Livro e a 5.ª edição em que as artes se juntaram a esta iniciativa da Câmara Municipal de Valongo que mais uma vez teve como palco o Parque Urbano de Ermesinde.
Ao olharmos para aquilo o que foram os quatro dias do certame podemos dizer que eles não foram muito diferentes de recentes edições anteriores, isto é, estivemos perante uma feira cada vez mais multicultural em que o livro passou quase despercebido ao número massivo de populares que ali se deslocaram. E assim foi não pela ausência de bons livros, não pela inexistência de interessantes diálogos com escritores, mas sim pela vasta e diversificada oferta ao nível de animação e gastronomia que o certame um ano mais ofereceu. Na realidade quer o anfiteatro do parque, quer o espaço dedicado à gastronomia registaram lotações praticamente esgotadas ao longo do evento, numa clara indicação de que o foco dos transeuntes estava na oferta musical e nos "comes e bebes" e não tanto na leitura.
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Facto que pudemos testemunhar in loco, já que pelo 15.º ano consecutivo o nosso jornal teve um stand próprio na feira, no espaço dedicado ao livro, que não juntou somente empresas livreiras, mas de igual modo associações e entidades locais, como a Associação Cuca Macuca (Valongo), a Ágorarte - Associação Cultural e Artística (que regressou à feira após um ano de ausência), ou o Centro de Acolhimento Mãe d' Água (Valongo).
Aliás, e quanto a nós uma nota muito positiva, é que o cartaz (global) do evento foi preenchido na sua esmagadora maioria pela "prata da casa", numa clara aposta da autarquia no tecido associativo concelhio, que mais uma vez se mostrou à altura de uma iniciativa desta dimensão. Na parte da animação, por exemplo, não podemos esquecer os Filhos da Pauta (Alfena); as atuações de folclore da Associação Desportiva e Recreativa da Gandra; o Grupo de Bombos e Grupo de Música Tradicional Toca a Tocar (da Associação Académica e Cultural de Ermesinde); o Cante Alentejano, Adufeiras e Cantigas d' Ouvido da Ágorarte; o Rancho Folclórico de Santo André de Sobrado, o folclore das Padeirinhas de Valongo; o concerto acústico da Banda Musical de S. Martinho de Campo, com a presença de Tozé Santos - Per7ume; os cavaquinhos do Teatro Amador Susanense, ou a performance teatral do grupo Sabor a Teatro (Ermesinde), que ao final da tarde do dia 13, o Dia da Cidade, levou à cena pelo parque uma leitura dramatizada de textos sobre Ermesinde, onde uma equipa de reportagem fazia perguntas aos transeuntes sobre factos da cidade, numa espécie de "Quem quer ser Milionário?".
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A parte superior do recinto esteve não só dedicada à gastronomia como também ao artesanato, não só local - há a destacar a presença do projeto Feira Venda de Sabores do Centro Social de Ermesinde -, mas também de outros concelhos vizinhos.
O programa desta edição ajustou-se a diferentes públicos e faixas etárias, sendo aqui de realçar a programação infantil, que incluiu apresentações de livros, espetáculos musicais, oficinas temáticas, jogos tradicionais (destacando aqui mais uma vez o papel fundamental da Associação das Coletividades do Concelho de Valongo) e animação infantil. Bom, mas e quanto a livros e conferências? Aqui destacamos não só a apresentação do livro da escritora local Lídia Alves (ver texto de baixo), mas igualmente a conferência alusiva ao 60.º aniversário do nosso jornal (ver página anterior), mas sobretudo a presença do conceituado escritor Gonçalo M. Tavares, que atraiu alguns curiosos à volta da mesa no último dia do certame, mesmo quando em simultâneo decorria a final do Campeonato do Mundo de futebol.
Por:
MB
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