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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 31-01-2018

    SECÇÃO: Especial


    O meu testemunho… Parabéns, “A Voz de Ermesinde”

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    Ao entrar no clube dos sexagenários, "A Voz de Ermesinde" é o exemplo vivo da persistência, confiança, doação e capacidades dos Homens e Mulheres que, ao leme, a têm conduzido através dos tempos, nem sempre bonançosos, que a imprensa regional vem atravessando nestes últimos anos.

    Quando falamos de imprensa regional, falamos daqueles jornais que conhecem, como ninguém, as realidades socioeconómicas das regiões onde se inserem e servem, por isso mesmo, de arautos combativos das mais legítimas aspirações dos públicos que servem, sem cedências ao poder,

    Quantas vezes não são estes jornais a denunciarem as irregularidades, as prepotências, as marginalizações, os compadrios, que pesam sobre populações indefesas e sem voz? Vezes sem conta!...

    Por isso mesmo, frequentemente são ostracizados, esquecidos, vilipendiados, banidos mesmo pelos órgãos do poder, como qualquer "persona non grata"!

    Em muitas ocasiões, são estes jornais a fazer a ponte entre as populações emigradas e o rincão natal, continuando assim a manter bem viva a sua ligação a Portugal, que acrisoladamente amam e nunca esquecem!

    Quando a saudade dói mais, organizam-se em associações, onde cultivam com amor e desvelo as tradições mais puras e genuínas da cultura popular que beberam em terras de seus avoengos!

    Eu próprio vi, com estes olhos que a terra um dia há-de comer, a milhares de quilómetros daqui, na cidade de Escobar, na área metropolitana de Buenos Aires, a prova real do que aqui digo, depois de, como Secretário-Geral da União Portuguesa de Imprensa Regional (UNIR), ter podido viver, emocionado, numa associação portuguesa daquela cidade, uma tarde inolvidável de portuguesismo puro!

    É verdade que os tempos são outros, que a revolução tecnológica e a internet vieram roubar muitíssimo espaço à imprensa escrita. Mas não é a mesma coisa: falta àqueles meios e recursos tecnológicos o "calor" de quem, com alma e coração, leva as notícias da sua terra às mãos ávidas de quem, longe da Pátria, impacientemente, as espera!

    Daí que, neste entrar nos seus sessenta anos de publicação regular, eu deseje, do mais íntimo do meu ser, as maiores prosperidades e uma longa e profícua vida à "A Voz de Ermesinde". Muitos parabéns, pois!

    Ermesinde tem, todavia, que acordar do marasmo em que por vezes se deixa cair. Como já há largos anos aqui escrevi, no dia em que em cada casa houver um assinante de "A Voz de Ermesinde" este poderá então suspirar de alívio, pois, contra ventos e marés, a sua continuidade estará garantida.

    P.S.Abro aqui este parágrafo para lhe manifestar o meu regozijo pela sua recente nomeação para Director de "A Voz de Ermesinde".

    O seu vastíssimo e rico curriculum como investigador e historiador de inegáveis e firmados méritos, há muito o apontam como uma das personalidades mais respeitadas no domínio cultural. Aqui se pode aplicar em toda a sua plenitude a máxima que diz "the right man in the right place". Com votos de muitas felicidades no desempenho das suas novas funções, e um enorme abraço de profunda consideração e amizade.

    Nota: O autor não escreve de acordo com as novas normas do Acordo Ortográfico.

    Por: Carlos Faria*

    *(Antigo Diretor de "A Voz de Ermesinde”)

     

     

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