NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE
Estabilidade e prudência marcam o Plano de Atividades e Orçamento do Centro Social de Ermesinde para 2018
Foi unanimemente aprovado na noite de 24 de novembro passado o Plano de Atividades e Orçamento do Centro Social de Ermesinde (CSE) para o ano de 2018, que assenta num registo de estabilidade e prudência.
Após ter dado início à sessão, o presidente da Assembleia Geral do Centro, José Manuel Ribeiro, passou a palavra ao presidente da Direção da instituição, Henrique Rodrigues, que teceu então algumas explicações aos associados sobre o documento ali em análise e votação. Uma das primeiras notas a salientar é o facto de o Orçamento para o próximo ano registar um agravamento de gastos em cerca de 3,9 por cento, sendo que em termos precisos passa de 2.484.845,87 euros para 2.557.326,72 euros, ficando esta subida a dever-se essencialmente às despesas com o pessoal, despesas essas que registam um aumento de cerca de 20.000 euros anuais, o que corresponde a uma percentagem de apenas 1,2 por cento, significando isto que a instituição pretende manter em 2018 a política que vem sendo seguida ao longo dos últimos anos, isto é, de racionalização de recursos humanos, conforme vincou o dirigente.
De realçar que este aumento de gastos com o pessoal - que representam cerca de 66 por cento da despesa total do CSE - advêm da atualização do salário mínimo nacional, política que vem sendo seguida de há quatro anos a esta parte à razão de 5 por cento ao ano, com previsão de idêntica atualização em 2018 e 2019, até perfazer o salário mínimo de 600.00 euros. O CSE sublinha, no entanto, que não está em causa a justiça desta medida, mas «o facto é que o aumento da produtividade não se traduz, no setor social, em aumento de receitas, não sendo possível, nem desejável, fazer repercutir no preço dos serviços prestados o agravamento dos custos de produção», podia ler-se no documento apresentado.
Para o total de despesa, o CSE estima um valor de receitas de 2.609.277,95 euros, correspondendo este valor a um saldo positivo de 51.951,23 euros.
O Centro espera ainda que no próximo ano os valores relativos aos acordos de cooperação com a Segurança Social sejam atualizados de acordo com a inflação e o aumento do salário mínimo, «de forma a que a gestão durante o próximo ano não tenha sobressaltos».
Foi ainda referido que esta política de estabilidade e prudência irá condicionar o Plano de Atividades da instituição, que assim no próximo ano vai privilegiar iniciativas que não representem risco de défice de exploração.
Entre as iniciativas previstas, foi mencionada a continuidade da reabilitação física e social do largo da antiga feira, continuando o processo de recuperação de espaços que pertencem à instituição, associando-os à qualificação das respostas sociais desenvolvidas, como é o caso da Casa das Palavras e das Coisas e do programa de intercâmbio juvenil Erasmus+. Neste documento está ainda expresso que o CSE pretende no próximo ano, e à semelhança do que fez em 2017, associar a componente da economia social e solidária a projetos de interesse municipal de largo espectro, como é o caso do Parque das Serras do Porto, no qual o Centro pretende participar na afirmação externa e interna através do Programa Escolhas; bem como na continuidade dos trabalhos, em parceria com o Município de Valongo, com vista à criação de uma incubadora de empresas sociais. Qualificar e enriquecer a resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário; alargar e enriquecer a resposta do ATL; remodelar o parque de viaturas e melhorar as instalações da Creche e do Jardim de Infância são igualmente pontos que fazem parte do Plano de Atividades do CSE para 2018.
Após a leitura do parecer favorável do Conselho Fiscal, o documento foi colocado à votação, tendo sido então aprovado por unanimidade.
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