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    Arquivo: Edição de 20-10-2017

    SECÇÃO: Local


    Obras de requalificação da Escola Secundária de Ermesinde vão ser uma realidade... por fim

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    Depois de uma década de luta e reivindicações, eis que as obras de requalificação da Escola Secundária de Ermesinde (ESE) são por fim uma realidade. A consignação da empreitada de reformulação e modernização das instalações da Escola Básica e Secundária de Ermesinde - 1ª fase foi assinada no passado dia 16 de outubro, no polivalente do estabelecimento de ensino.

    Esta obra tem o preço contratual de 3.111.232,39 euros. O investimento é comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários, sendo o remanescente financiado pelo Governo (7,5 por cento) e pelo Município de Valongo (outros 7,5 por cento). O prazo de execução das obras é de 395 dias.

    O projeto foi elaborado em articulação com a comunidade escolar, designadamente com a Direção do Agrupamento e a Associação de Pais. Entre outras intervenções, a empreitada inclui a requalificação total interior e exterior dos três blocos de aulas; a ampliação do refeitório e a requalificação da cantina; o tratamento exterior total do edifício administrativo; a construção de uma nova portaria; arranjos exteriores; e a reformulação dos balneários do Pavilhão desportivo.

    «Este é o primeiro passo para que se corrija uma injustiça que já se arrastava há demasiado tempo, pois Valongo é o único concelho da Área Metropolitana do Porto cujas escolas da responsabilidade do Governo nunca foram intervencionadas pela empresa Parque Escolar», lembra o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, que já manifestou abertura para no âmbito da reprogramação dos fundos comunitários ser o Município a assumir a comparticipação dos 15 por cento, em vez dos 7,5 por cento, se dessa forma se garantir o dinheiro para a segunda fase da intervenção na Secundária de Ermesinde, mas também para as obras na Escola Secundária de Valongo e na Escola Básica Vallis Longus que são igualmente urgentes.

    DIA HISTÓRICO PARA A ESE

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    Para além de José Manuel Ribeiro, marcaram presença neste ato de consignação diversas figuras públicas locais, entre outros o recém eleito presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, João Morgado, o então ainda presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde, Raul Santos, os vereadores do novo Executivo camarário, Orlando Rodrigues, Manuela Duarte e Paulo Esteves Ferreira, bem como o Diretor do Agrupamento de Escolas de Ermesinde, Álvaro Pereira, última personalidade esta que era naturalmente um homem feliz. Recorde-se que esta é uma das obras mais reivindicadas e ansiadas pela comunidade local, que nos últimos anos, como foi dito no início, lutou incansavelmente pela renovação daquele degradado estabelecimento de ensino frequentado por mais de 1500 alunos. «O dia 16 de outubro irá ser recordado para sempre por esta escola, porque é o dia em que foi reposta alguma justiça relativamente à ESE», começou por salientar o dirigente escolar.

    Lembrou ainda que o concelho de Valongo foi o único que nunca teve nenhuma escola intervencionada por parte do Estado, acrescentando que «os nossos alunos estavam a ser discriminados, porque nem sequer havia igualdade de oportunidades. Com esta desigualdade de oportunidades nós estávamos a ver anualmente os nossos melhores alunos saírem para outras escolas que lhes davam melhores condições ao nível de conforto, de trabalho e de condições materiais. Doía muito não podermos oferecer outras condições aos nossos alunos, que no inverno tinham de trazer mantas para as aulas por causa do frio e no verão tinham aulas em salas com mais de 30 graus lá dentro!». Ao nosso jornal, o Diretor sublinhou ainda que este é pois um dia histórico para a ESE, e para ele muito em particular, já que acompanhou todo este processo desde o início, recordando, com algum sentimento de mágoa para com a tutela, que em 2008 «começámos com o projeto de requalificação e em 2010 estava tudo pronto a avançar, estava tudo assinado e de repente houve um silêncio de abandono a que fomos vetados, nem sequer houve uma comunicação por parte da tutela. Foi terrível, acho que fomos muito mal tratados», disse. Diante de um polivalente repleto de alunos, professores e funcionários do estabelecimento de ensino, Álvaro Pereira aproveitou a presença do presidente da Câmara para lembrar ao autarca que esta é apenas a primeira fase da requalificação da ESE, e como tal terá de haver uma segunda fase onde a escola pretende criar novas valências que neste momento não existem, como por exemplo uma biblioteca que sirva os interesses da comunidade escolar, pois a atual biblioteca da escola não reúne as melhores condições para servir a comunidade da ESE. De referir ainda que face às obras, alunos e professores utilizarão nos próximos 13 meses três dezenas de contentores para terem aulas.

    Por: MB

     

     

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