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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-01-2016

    SECÇÃO: Destaque


    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Novos órgãos sociais do Centro Social de Ermesinde tomaram posse

    Em cerimónia realizada na noite de 12 de janeiro passado no Salão Nobre da instituição, tomaram posse os corpos sociais do Centro Social de Ermesinde (CSE) para o quadriénio 2016 - 2019. Estiveram presentes diversas individualidades, com destaque para o vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, Sobral Pires, para a representante da Junta de Freguesia de Ermesinde, Sónia Silva, para o novo diretor de A Voz de Ermesinde, Casimiro Sousa, e para os presidentes de Direção da Casa do Povo de Ermesinde e da ADICE (Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde), respetivamente, António Vasques e Maria Trindade do Vale. O ato de posse, dada a ausência do presidente da Assembleia Geral cessante, Ferreira dos Santos, por motivo de doença, foi dirigido pelo novo presidente daquele órgão, José Manuel Ribeiro, atualmente presidente da autarquia valonguense, e que à semelhança da esmagadora maioria dos restantes membros dos órgãos sociais repete o seu mandato no Centro.

    Após o ato de posse, Henrique Rodrigues, que volta a ser presidente da Direção, usaria da palavra para não só recordar o passado, sublinhar o presente e projetar o futuro, mas acima de tudo para vincar o prazer e o orgulho que tem tido ao longo das quase duas décadas que leva no exercício das funções de dirigente da instituição.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    No Salão Nobre, onde além das referidas individualidades figuravam inúmeros funcionários e colaboradores da instituição, os membros dos órgãos sociais do CSE foram, um a um, tomando posse. Primeiro, a Mesa da Assembleia Geral que, a partir de agora, é dirigida por José Manuel Ribeiro, que no mandato anterior desempenhava as funções de vice-presidente deste órgão. Fazem ainda parte deste órgão, Manuel Vilaça - que permanece no cargo de secretário e o regressado Raul Santos, que volta a assumir a vice-presidência. Posteriormente, foi a vez dos elementos da Direção tomarem posse, que na sua esmagadora maioria transitam do anterior mandato. São exceções Maria Augusta Moura, que volta a exercer funções diretivas, após um mandato de interregno, e Maria de Fátima Pinto que no mandato anterior exerceu funções de relator do Conselho Fiscal. Por último, tomou posse precisamente o Conselho Fiscal, que volta a ser presidido por Artur Carneiro e a ter como secretário Joaquim Silva. O relator, Adão Lopes, é a "novidade" nos órgãos sociais do Centro.

    Recorde-se que as eleições para os órgãos sociais do CSE (cuja composição apresentamos em anexo) referentes ao quadriénio 2016-2019 decorreram no passado dia 30 de dezembro, sendo que a sufrágio apresentou-se uma única lista.

    OS ELOGIOS

    DA CÂMARA

    E DA JUNTA

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    Terminado o ato de posse, o presidente da Assembleia Geral (AG) passou a palavra aos representantes da Câmara de Valongo e da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE) ali presentes, respetivamente Sobral Pires e Sónia Silva. Para o vice-presidente da edilidade - que ali estava na qualidade de representante máximo da Câmara, em virtude do presidente deste organismo, José Manuel Ribeiro, desempenhar também funções de dirigente no Centro - o CSE é uma instituição de referência, «é a instituição mais importante de Ermesinde. É um "casaco" de proteção para as pessoas mais necessitadas desta cidade», disse. Mostrando-se um profundo conhecedor do trajeto de vida do CSE ao longo dos seus 60 anos de existência, Sobral Pires sublinharia ainda que a instituição soube sempre transmitir uma mensagem de esperança para os lares das famílias ermesindenses mais carenciadas, concluindo a sua breve intervenção com o compromisso de que a Câmara tudo fará para auxiliar a Direção do Centro na missão de continuar a dar a mão aos mais carenciados.

    Por sua vez, Sónia Silva, membro do Executivo da JFE que substituía o presidente desta autarquia, Luís Ramalho, que nesse dia se encontrava em Lisboa, começou por desejar felicidades aos recém empossados órgãos sociais e que nesta nova etapa pudessem cumprir bem a sua missão. Recordou a importância do CSE e a sua longa tradição na cidade. Em nome da junta de freguesia, endereçou um agradecimento ao Centro pelo trabalho desenvolvido ao longo da sua existência, em prol da própria freguesia.

    A INTERVENÇÃO

    DO PRESIDENTE

    DA DIREÇÃO

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    Por último, usou da palavra o presidente (reeleito) da Direção da instituição, Henrique Rodrigues, que começou por agradecer a presença de todos os que ali se encontravam. Em seguida, deixou uma saudação muito especial a Ferreira dos Santos, o presidente da AG cessante, uma figura de referência na cidade, e com uma longa ligação ao Centro, onde desempenhou com relevo diversos cargos. Desejou-lhe rápidas melhoras para poder acompanhar a Direção neste novo mandato. Agradeceu ainda aos membros que fizeram parte da anterior Direção, mas que decidiram não integrar este novo elenco diretivo, tendo realçado a fidelidade e empenho com que exerceram as suas funções. Posto isto, fez uma viagem no tempo até 1997, para recordar o ano em que tomou posse pela primeira vez, como presidente da Direção do Centro. Lembrou duas conhecidas personalidades locais, João Bastos e Cardoso do Vale, dois «parceiros de muitas lutas», a quem endereçou um agradecimento muito pessoal, pois foram eles que em 1997 convenceram o atual líder do CSE a apresentar uma candidatura à presidência desta instituição. «Devo-lhes a oportunidade que tive de estar ligado ao CSE ao longo destes 19 anos, o que tem sido uma experiência gratificante para mim». Manifestou, ainda, grande satisfação por sempre ter contado, ao longo de quase duas décadas, com a colaboração de colegas de Direção e funcionários da instituição. Vincando a satisfação diária que tem sentido em assumir a presidência do Centro, Henrique Rodrigues voltou a olhar para o passado, recordando as muitas mudanças que a instituição sofreu ao longo dos anos, destacando o Lar de S. Lourenço e o Centro de Formação, as duas respostas sociais mais recentes na sexagenária história do CSE. Frisou, ainda, um aspeto que permanece intocável ao longo do tempo, o da independência do Centro. Neste ponto, Henrique Rodrigues afirmou que volta a ser objetivo da Direção manter o CSE independente e ao serviço dos mais desfavorecidos, contando com a colaboração dos vários quadrantes políticos locais, mas sem depender deles. Por outras palavras, «pretendemos continuar a levar a cabo a nossa missão de forma autónoma, mantendo a instituição no caminho da auto-sustentabilidade sem depender de outros. Queremos que o CSE continue a caminhar pelos seus próprios passos, como tem feito até aqui», frisou.

    Posteriormente, fez um retrato daquilo o que é hoje o setor das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) em Portugal. Um setor que também sofreu alterações nos últimos anos, desde logo sob o ponto de vista da visibilidade e da importância. Recordou que foi o Governo liderado por António Guterres que primeiro colocou as instituições no centro do discurso político nacional. Mais recentemente, o Governo de Passos Coelho reconheceu o importante papel das IPSS's no trabalho de desenvolvimento social do país, sublinhou Henrique Rodrigues. «Com este enfoque dado pelos dois governos referidos, nós, IPSS's, não queremos colocar-nos em bicos de pé, mas achamos que é importante realçar o trabalho que por nós é feito em prol dos mais desfavorecidos», disse. Sustentou esta sua visão com alguns dados estatísticos curiosos, entre outros o facto de a nível nacional 580.000 cidadãos estarem atualmente a ser apoiados pela rede de IPSS's, sendo que estas empregam, também no plano nacional, cerca de 250.000 trabalhadores, números que atestam bem a importância atual do setor.

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    Voltando ao CSE, Henrique Rodrigues traçou depois algumas das metas que a Direção por si presidida pretende atingir no próximo mandato. Entre elas está a dinamização do largo da feira velha, um espaço onde o Centro tem tentado ao longo dos últimos anos aumentar o seu papel interventivo, no sentido de que o citado largo volte a ser uma das âncoras do crescimento humanizado da zona em que se encontra inserido. Outra das metas da recém empossada Direção passa pela criação de um novo polo do CSE no centro da cidade, o qual se projeta para o antigo Cinema de Ermesinde, edifício este que o Centro Social pretende reabilitar com a colaboração da autarquia.

    A terminar a sua intervenção o dirigente mostrou o orgulho que sente pela forma como o CSE é visto por quem "está de fora". «Sempre que ando por fora no exercício de outras funções, o Centro Social é identificado como uma instituição onde as "coisas" se fazem bem, e eu sinto orgulho quando ouço dizer que somos uma instituição qualificada em prol dos mais desfavorecidos», vincou.

    Orgulho seria igualmente a palavra usada pelo novo presidente da AG, José Manuel Ribeiro, para encerrar esta cerimónia. «Um grande orgulho é aquilo que também sinto em fazer parte dos órgãos sociais desta instituição, e espero estar à altura da importância que o CSE tem», referiu poucos antes de convidar todos os presentes para um Porto de Honra.

    Por: Miguel Barros

     

     

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