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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 12-11-2013

    SECÇÃO: Saúde


    Os doentes idosos e a sua dor

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    A dor é ainda um problema demasiado frequente na prática clínica, constituindo-se ainda num dos principais motivos determinantes da procura de cuidados médicos.

    O avançar da idade é um aliado, que por si só favorece a multiplicação de queixas dolorosas, mas são muitas as causas que protagonizam o inerente sofrimento.

    Os médicos de família, a par dos ortopedistas e dos reumatologistas, são os especialistas mais solicitados pelos doentes com queixas de dor. Caso considerem adequado, estes especialistas podem referenciar o doente para uma das Unidades de Dor existentes nos hospitais públicos.

    Na retaguarda de uma dor podem esconder-se vários tipos de doenças, como por exemplo as artroses, a artrite reumatóide, a osteoporose, a artrite gotosa, os cancros invasivos dos ossos, como é o caso dos tumores da próstata ou o mieloma múltiplo.

    O enfraquecimento da estrutura dos ossos favorece o risco de ocorrência de fraturas.

    O alívio da dor é um imperativo ético, extensível a todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas), mas nem sempre a dor é bem tratada e controlada.

    Existem vários tipos de medicamentos que ajudam a controlar as dores.

    As doses dos medicamentos devem ser ajustadas de acordo com o tamanho, o peso e o estado geral dos doentes, podendo ser preciso iniciar tratamentos com doses mais baixas, aumentando-as depois de modo progressivo, para evitar efeitos secundários previsíveis.

    A causa da dor deve ser explicada ao doente e cuidador para evitar especulações preocupantes.

    No tratamento da dor podem utilizar-se os medicamentos anti-inflamatórios, que ajudam a aliviar a dor breve/momentânea, e os medicamentos analgésicos, onde se encontram os medicamentos opióides, que são eficazes no alívio da dor prolongada e crónica.

    A investigação clínica na área dos opióides conduziu à síntese e comercialização de um novo fármaco denominado tapentadol, que de acordo com o resultado de estudos clínicos, poderá representar um avanço promissor na terapêutica da dor.

    Os tratamentos da dor devem ser bem explicados aos doentes, e aos seus acompanhantes, sendo útil o fornecimento de um suporte escrito, para que não haja equívocos.

    É muito importante saber prever o risco de possíveis interações com outros medicamentos, que o doente possa estar a tomar.

    A lei portuguesa estabelece a medição da dor como um dever.

    Existem vários tipos de escalas, que visam a possibilidade de objetivar a intensidade da dor e assim orientar as melhores escolhas dos tratamentos a realizar e a respetiva evolução.

    Por isso, se sente uma dor persistente há mais de três meses, procure o seu médico de família ou especialista para o ajudar a controlá-la. Se a dor não for adequadamente tratada pode afetar gravemente a sua qualidade de vida.

    Por: João Amoedo

     

     

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